Capítulo V - O PASSEIO SOMBRIO

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AURORA






Harvey e eu cavalgavamos lado a lado, passamos pela colinas invernais e descemos em direção à cidade.

Se à noite Ahrenan era deslumbrante, durante o dia não havia palavras para descreve-la. A casas eram de pedras polidas e pareciam imitações de chalés, só quem bem maiores e mais sofisticados.

Elas ladeavam o centro da cidade, onde prédios modernos e imponentes se erguiam refletindo o sol de maneira encantadora dando à Ahrenan um aspecto misterioso.

Aquela cidade era fabulosa.

Glicínias foram plantadas em lugares estratégicos da cidade, misturando-se com a metrópole.
As flores violetas estavam cobertas de geada e as pétalas que caíam no chão recoberto de neve, ficavam ainda mais púrpuras em contraste com a palidez da capital inverniana.
Crianças brincavam nas ruas e pessoas andavam apressadas pelas calçadas de lojas e estabelecimentos. Cavalgavamos pelas ruas sem sermos notados. Harvey achou melhor irmos disfarçados para não alardear o povo quanto a minha chegada no reino.

O local onde faríamos o piquenique ainda era uma surpresa pra mim. Tanto a rainha quanto Harvey haviam dito que eu gostaria do lugar, pois lembrava muito Summerville.

Entretanto lembrar do meu reino me deixou melancólica, principalmente a falta que a rainha fazia para mim. Eu só veria a minha mãe novamente uma semana antes do meu casamento.

Os conselheiros reais não acharam sensato, mandar a princesa e a rainha juntas para um reino que outrora era seu inimigo.

Atravessamos a capital e íamos em direção à área rural de Iceland, passamos por uma ponte de pedra minúscula, e avistei uma pequena clareira, perdida em pensamentos não percebi que Harvey havia parado e desmontado a uns bons metros antes, enquanto...

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Atravessamos a capital e íamos em direção à área rural de Iceland, passamos por uma ponte de pedra minúscula, e avistei uma pequena clareira, perdida em pensamentos não percebi que Harvey havia parado e desmontado a uns bons metros antes, enquanto eu havia continuado com a cavalgada.
Tentei parar minha montaria e voltar, mas para minha surpresa o meu cavalo não parou, ao invés disso começou um galope veloz, me afastando de Harvey ainda mais.

Olhei pra trás e o príncipe acenava de maneira enfática para mim com uma expressão de mais pura preocupação, tentei fazer leitura labial, mas foi infrutífera. Ele gesticulava e balançava os braços. Se eu não estivesse preocupada, acharia aquilo hilário e teria gargalhado.

Tentei parar meu animal novamente mas ele parecia assustado. Nem mesmo a minha empatia com ele ajudou a diminuir a velocidade. O vento gelado batia em meus cabelos enquanto o cavalo ia a todo galope rumo ao desconhecido. Passei por prados, colinas e por um laguinho transparente que conseguiu por um milagre resistir ao clima gélido sem congelar. Quando as patas do meu cavalo atingiramo centro do lago, água espirrou para todos os lados deixando-me molhada. Meus dentes batiam violentamente.

Eu sentia as gotículas de água congelar em minha pele.

Não sei dizer com certeza quanto tempo havia se passado desde que Harvey e eu nos separamos, mais deveria fazer aproximadamente umas duas horas.

Rainha de Trevas e GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora