I'm standing here naked

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Uma semana já se passou depois de todo o ocorrido  e por incrível que pareça a minha mãe mudou bastante as atitudes comigo . Ela começou a tentar reaproximar-se de mim aos poucos, também tentou pedir-me desculpas imensas vezes enquanto explicava o porquê de fazer tudo aquilo comigo no passada !  Apesar de me doer ouvir tudo aquilo ,  fui eu que sofri por praticamente não ter tido pais ... Eu fui culpada durante anos de uma coisa que não fiz e é óbvio que não foi por causa dela que parei de me cortar , pois ela foi a razão por eu ter começado com tudo isto ... Mas mesmo assim tento ao máximo compreendê-la por mais difícil que seja .

Eu sinceramente queria perdoá-la por tudo , mas quando o decidia fazer os meus pensamentos são colocados no passado e relembram-me o que sofri e ao longo dos dias comecei a perder a coragem de a perdoar .

Eu e o Ed estamos cada vez melhores . Acho que a única coisa que nos afasta neste momento é o facto de eu saber pouco do que ele é hoje em dia e o porquê de ele ainda ser tão misterioso comigo e não se abrir de maneira nenhuma . Tudo o que aconteceu no rapto foi estranho e cada vez fico com mais medo e curiosa por saber mais sobre o Ed .

Apesar de eu saber que nos amamos um ao outro , sinto-me insegura e com medo de lhe fazer alguma pergunta errada sobre ele e de alguma maneira me magoar a mim e a ele , porque de certa forma eu sei que nos poderemos afastar e isso é tudo o que menos quero ! Não quero voltar a afastar-me dele e voltar a sofrer novamente .

Ambos estamos bastante aliviados pelo Rapha estar no lugar onde sempre deveria estar .

O tempo em que eu e o Ed estivemos no hospital deu para refletir sobre vários assuntos , mas mesmo assim ainda achei estranho o facto de ele parecer ainda esconder algo de mim . Nesse tempo e Ed chegou também a ser operado para conseguirem retirar a bala do peito dele e correu tudo bem e a recuperação foi rápida .

Ed : Anjo ? Estás aí ? - Pergunta o Ed do outro lado da rua .

As nossas casas eram relativamente perto uma da outra e quando vínhamos à janela nos nossos quartos dávamos sempre de caras um com o outro .
Apesar de parecer clichê, eu e ele adoramos quando isso acontece pois sem que houvesse nada marcado para nos encontrarmos na varanda , acabava quase sempre por acontecer por mais louco que fosse .

Sô : Sim - Sorrio enquanto aceno para ele .

Não era necessariamente preciso irmos para a varanda porque tínhamos algo para dizer um ao outro , às vezes íamos só para nos observarmos um ao outro durante alguns minutos ou então era para simplesmente falarmos assuntos atoa .

"A distância pode impedir um beijo, abraço um toque.Mas não pode impedir um sentimento . "

Ele psicopata ela suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora