Música do Kodaline e próximo capítulo na quinta que vem S2
19
Tentei abrir os olhos, sentia que a qualquer movimento minha cabeça iria cair de meu pescoço como uma bola de boliche. Tentei me levantar e sentia algo em meu braço. Era uma agulha conectada por um tubo a uma bolsa de soro.
Tirei a agulha de meu braço e a joguei no chão, consguindo me levantar da cama, com dores no corpo todo.
Estava em uma sala relativamente grande, com paredes brancas e algumas macas. Uma prateleira com vários livros de medicina estava a minha direita e uma mesa de trabalho estava apanhada de tesouras, pacotes de gaze e lenços anti - bactérias. O lugar todo tinha um cheiro de álcool e desinfetante, coisa que irritou meu nariz imediatamente. A minha frente havia uma escrivaninha bagunçada com papeis, canetas e um abajur antigo de latão.
Andei rapidamente até uma delas e senti uma leve brisa em minhas pernas, que me fez arrepiar Percebi que estava com uma roupa de hospital, uma bata azul clara e meias soquete. Eu nunca usava vestido nem saias, então a sensação de estar com as pernas nuas me fez sentir como se o resto do corpo também estivesse.
Voltando a janela, a sala tinha vista para um pequeno quintal com grama verde e bem aparada. Parecia ser um condomínio com várias casas gigantes e lindas, nas quais conseguia ver pessoas conversando na frente e agindo normalmente. ' Mas que merda de lugar é esse ? '
Começei a ouvir barulhos, provavelmente de alguém subindo escadas, o que me fez ficar em alerta. Corri até a mesa e achei uma tesoura de ponta. Fui para detrás da porta, prendendo a respiração e com a tesoura acima de minha cabeça.
A porta se abriu, por pouco não me esmagando. Um homem entrou no quarto com um prato de comida em sua mão. Não conseguia ver nada além de suas roupas casuais e um monte de fios de cabelos escuros aparados acima da nuca.
Corri até ele e tentei enfiar a lâmina em seu peito, porém ele me viu alguns segundos antes. Foi mais rápido e segurou meu pulso de uma forma dolorida. Acabei entrando em pânico, usando a tesoura para fazer um corte em seu rosto e ele começou a gritar. Chutei seu joelho e ele caiu no chão, gritando de dor. Me posicionei em cima dele e coloquei a faca alguns centímetros do seu jugular. Meu corpo imobilizava o seu.
Ele aparentava ter entre vinte e trinta anos, com um cheiro de madeira e barba feita. Vestia roupas limpas e simples.
- Onde eu estou, porra ? - gritei, enfiando a faca um pouco mais fundo em seu pescoço, que formou um pontinho de sangue.
- É uma comunidade. - falou uma mulher um pouco velha, que havia entrado no cômodo sem nenhum de nós percebemos. Ela tinha o cabelo cor de caramelo na altura dos ombros e olhos azuis intensos. Isso me fez lembrar Carl e eu soltei um pouco a tesoura do pescoço do homem, me arrependendo e voltando a posição inicial. Esperava que eles não tivessem percebido minha hesitação. - Eu pensei que você tivesse feito treinamento do exército, Aiden. Você pode soltar meu filho, por favor ?
Ela disse isso, com as mãos na altura da cintura, como se estivesse amansando um animal selvagem. Baixei a guarda e tirei a tesoura do pescoço de Aiden, a limpando em minha roupa de hospital.
O cara se levantou e passou a mão no pescoço para secar o sangue, criando uma linha de sangue em seu pescoço.
- Bem vinda a Alexandria. - falou a moça, me lançando um olhar que por algum motivo desconhecido me causou segurança.
(...)
Tinha ido até a maior casa de Alexandria, a casa de Deanna, a idosa de cabelos claros. Todas as casas eram muito bonitas e chiques e parecia ser um condomínio de luxo antes de tudo.

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The Apocalypse
ActionAs citações sempre fizeram parte de sua vida e, quando a praga foi espalhada, ela recebeu um novo mantra : simplesmente sobreviva de alguma forma. Com o romper de uma nova realidade, ela confiava nessa frase como um amigo e ela cobria - a como um c...