Kiss Me.

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Do lado de fora nos esperavam, e, assim como um bando de adolescentes de quatorze anos, olharam para Donghyuck e para mim fazendo um barulho com os lábios – mais conhecido como "hummmm". Suspirei apontando para Nakamoto.

— Fomos buscar o japonês.

— Todo mundo já entendeu, Mark. — Donghyuck resmungou, passando por mim e se aproximando de Chenle e Jisung novamente.

E lá, ao lado dos dois, estava Taeyong. Ninguém estava se importando com o fato de Yuta estar se despedindo aos amassos com a mulher na porta do bar. Sooyoung, Chenle, Jisung e Yangyang sorriam disfarçadamente observando a situação quando seus olhos escapavam vez ou outra. Mas Chittaphon e eu encarávamos Taeyong que, por um momento, se perdeu na cena de Yuta e Ayumi, porém logo disfarçou com sucesso, sorrindo e voltando para seu assunto. Encarei o tailandês, o que fez com que Hendery, agora o abraçando por trás, entendesse que algo estava acontecendo.

Pude ver os lábios do chinês se movendo, ele perguntava se estava tudo bem e Chitta balançava a cabeça negativamente. Encarei Taeyong quando percebi que seu olhar vinha em minha direção, mais precisamente, ele focava novamente no que acontecia atrás de mim.

Respirando fundo, me virei em direção a Yuta e logo encostei em seu ombro.

— Nakamoto, hora de ir.

Ele se soltou de Ayumi e me fitou com as sobrancelhas erguidas.

— Pra onde você vai? — Perguntei o ignorando e a encarei.

— Você quer que a gente te acompanhe até o taxi? — Chittaphon perguntou surgindo ao meu lado com um pequeno sorriso.

— Não, eu trabalho aqui. — Ela sorriu, como sempre simpática.

— Ah, sim. — Chitta segurou o braço de Yuta, o puxando lentamente. — Vamos, japonês? Estamos atrapalhando outras pessoas.

— Certo. — Yuta sorriu a soltando e piscou. — Te ligo.

Ayumi, ajeitando seu cabelo, sorriu de volta. — Vou esperar.

Yuta mandou um beijo para a garota e seguimos nosso caminho em direção aos outros que começavam, enfim, a andar.

Sem termos o que falar, Chittaphon e eu soltamos Yuta. O tailandês lançou um olhar completamente sério para ele, mas Yuta apenas resmungou algo em japonês. Voltando para perto de Hendery, Chitta se manteve sério e eu, como sempre, nada disse. Em silêncio, caminhei ao lado de Yuta observando Taeyong que parecia tranquilo, animado e muito falante. Queria me aproximar para questionar se estava tudo bem, mas sabia que se o fizesse ele responderia que sim e as pessoas ao seu redor notariam que algo estava acontecendo. Me sentiria um merda tendo em vista que Taeyong estava fingindo muito bem.

Sem demoras, chegamos ao karaokê e subimos algumas escadas, dando de cara com a recepcionista que nos encarou um tanto quanto espantada, afinal, éramos uma quantidade enorme indo em um karaokê pela madrugada. Timidamente, ela nos deu o número da sala e disse que três outros homens nos aguardavam. Animada, Sooyoung bateu palmas, tomando a frente dizendo que eram seus amigos.

— Eles sabem que somos tantos? — Chenle perguntou mais à frente.

— Sabe que somos alguns. — Ela deu de ombros apontando para a porta 21, a abrindo bruscamente. — Chegamos!

À medida em que fomos entrando, senti uma enorme vontade de rir, éramos muitos e os três amigos de Sooyoung apenas encaravam a porta assustados, porém simpáticos.

— Jungwoo?!

Encarei Chitta, fechando a porta depois que Yuta passou, e vi o tailandês ir em direção ao garoto loiro que me era familiar.

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