Wakey, wakey.

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O barulho era absurdamente ensurdecedor e eu o odiava tanto naquele momento que era capaz de cometer um crime naquela casa. Foi então que pisquei os olhos um pouco confuso, casa? Onde eu estava? Eu não morava naquela casa, ou morava?

Fiquei de pé sentindo uma forte dor de cabeça e a merda de uma tonteira tomar conta de mim. O barulho tinha parado, para a minha alegria, e percebi que estava apenas de samba canção. Assustado, coloquei os braços em frente a meu corpo e então o barulho infernal voltou. Encarei a mesinha onde havia um telefone branco sem fio, ponderando se podia atendê-lo. Não era meu e aquela não era minha casa, afinal, eu não tinha uma!

— Olá? — Chamei depois de criar certa coragem.

Silêncio. Era tão silencioso que minha voz ecoou pelo local. Resolvi dar uns passos e chegar até a porta dando de cara com o corredor.

— Olá? — Chamei um pouco mais alto.

Mais silêncio. Até que uns barulhos estranhos começaram a surgir. Foi então que minha mente deu um clique e na outra ponta do corredor meu olhar logo se cruzou com Ruby, que corria loucamente na minha direção.

— Ruby? — Questionei me jogando no chão como se ela fosse capaz de me responder. Ri de mim mesmo e então fiz carinho na preciosidade de Taeyong. — Ruby, onde eu tô?

Logo que a peguei no colo, parei na sala em frente aos porta retratos próximos a porta. Haviam fotos de Taeyong, ele com sua família, ele pequeno, foto da Ruby, de mais família e enquanto eu me perdia em pensamentos questionando se Taeyong tinha um apartamento e não havia mencionado, o telefone tocou mais uma vez. Ruby deu um pequeno latido para o mesmo e entendi que talvez aquela ligação fosse para mim.

Segurando o telefone sem fio em mãos, finalmente o atendi.

Ah meu deus, ainda bem que você atendeu!

— Taeyong? — Franzi a testa.

É, sou eu. Você...

— Onde eu tô?

No apartamento dos meus pais, mas Mark presta...

— Seus pais? — Perguntei em um grito desesperado olhando para todos os lados.

Eles estão viajando. — Taeyong respondeu de imediato.

— Como eu vim parar aqui? Eu lembro do trailer...

Você começou a gritar, um pouco depois que chegamos, que não queria ficar na cama dura do trailer.

— Eu o quê?

Acordou quase toda sua equipe, mas Yuta e eu demos um jeito nisso.

Fala com ele logo...

— Yuta? — Questionei ainda mais confuso.

Mark, você tem que me ouvir. — O tom de Taeyong se tornou sério, foi quando percebi que algo não estava certo.

— O que foi? — Perguntei enquanto soltava Ruby no chão e voltava para o quarto à procura das minhas peças de roupa.

Liga a televisão agora.

— Taeyong, eu tô indo embora, não vou ligar...

Mark, Yuta e eu estamos indo pro apartamento agora.

— O quê? — Sentei na cama ainda mais confuso.

Liga a televisão e por favor, não sai daí.

— Taeyong? — Esqueci minhas roupas completamente e caminhei até a sala onde havia televisão.

Mark. — Taeyong me chamou com o tom de voz ainda sério. — Por favor, não sai daí. Estamos chegando. Por favor.

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