Try Again.

891 107 247
                                    


Mark Lee.

— Você devia parar de andar para todos os lados.

Encarei Yuta que retirava sua roupa. — Por que Taeyong quer conversar com ele?

— Pode ser algo do filme. — O japonês deu de ombros sem me fitar.

— Nem você acredita nisso! — Falei em voz alta.

Yuta parou de se despir, suspirando enquanto me fitava. Sim, eu estava extremamente nervoso com a repentina conversa de Taeyong e Donghyuck. Enquanto estávamos indo em direção ao elevador, Taeyo disse que era para subindo porque ele tinha que conversar com Donghyuck. O coreano nem mesmo deu alguma dica. E conhecendo Taeyong, sabia que era ele sendo superprotetor em relação a mim. Era tudo que eu não queria!

— Yuta, vou descer...

— Não, você não vai. — O japonês correu na minha frente, trancando a porta do quarto e retirando a chave da porta.

— O que...?

— Mark. — Ele logo segurou meus ombros. — Relaxa.

— Você sabe do que eles estão conversando, não sabe? — O encarei em súplica.

— Não, não sei. — Yuta parecia sincero. — Mas eu confio no Taeyong. Você não?

Suspirei, fechando os olhos por alguns segundos. — Sim, é só que...

— Então fim de papo.

Yuta apenas se afastou, voltando a se despir. Por outro lado, eu nem mesmo tinha retirado meus sapatos. Estava mesmo nervoso.

Claro que confiava em Taeyong e sabia que ele não seria capaz de falar nada para Donghyuck que eu não gostasse ou que o machucasse, ele era sensato. Mesmo ficando particularmente magoado com o que tinha acontecido há dois meses, Taeyong respeitava as pessoas acima de tudo. Por isso ele preferia se afastar ao invés de ficar emburrado ou fazer cara feia ou agir como um adolescente mandando indiretas. Taeyo preferia ficar na dele e expor sua opinião apenas quando achava realmente necessário – mas isso só acontecia quando Donghyuck não estava por perto.

— Mark? — Encarei Yuta que erguia uma garrafa de chá. — Pega.

Nem mesmo tive tempo de negar quando percebi que era chá gelado de camomila. Poderia parecer uma piadinha de mau gosto, mas Yuta estava bem sério enquanto caminhava para sua cama.

— Vem cá.

Franzindo a testa, continuei o encarando conforme ele se ajeitava em sua cama. Yuta logo mostrou seu sorriso confortante e bateu na cama em frente a si mesmo.

— Vem cá, Mark. Vamos conversar também.

Encarando Yuta, apenas dei de ombros internamente enquanto caminhava até ele. Não sabia muito bem o que dizer, o que ele queria conversar, mas sabia que era sua tentativa de tentar me distrair.

— Me conta uma coisa... — Yuta se ajeitou na cama, suspirando baixinho enquanto me fitava. — Por que você está tão apreensivo?

— Não sei... — Respondi sincero.

— Taeyong é seu amigo, você acha que ele faria qualquer coisa pra te prejudicar?

Balancei a cabeça negativamente. — Não, claro que não. Sei que ele quer meu bem, mas às vezes fico incomodado com o modo como ele tem tratado Donghyuck e todas as vezes que sequer toco no nome dele.

Yuta sorriu de lado, balançando a cabeça positivamente. Em silêncio, ele apenas me escutava:

— Sei que vocês querem o melhor pra mim, e que acham que ficar por perto de Donghyuck, depois do que aconteceu, não é uma boa coisa. Pensam que talvez meus sentimentos cresçam e eu sofra mais do que fique bem. Acredite, também tenho esse medo. Mas não quero perder uma amizade por causa de algo que não deu certo. Não funcionou, o que posso fazer? Nada. E ninguém pode fazer nada por mim ou por nós.

Stars CollectionOnde histórias criam vida. Descubra agora