Chad Morrigan? Muerto.
Embora a morte fora algo que um dia chegaria para todos, o falecimento inesperado de Chad Morrigan foi um choque para todos.
No momento em que chegara na escola, eu tropeçara nas inúmeras flores e fotos em seu armário, recebendo olhares irritados de todas as suas ex namoradas ou garotas obcecadas pelos seus bíceps.
Eu não gostava de Chad. Ele era um grande babaca em vida, mas ainda sim, era assustador pensar que ele não voltaria ao colégio para aterrorizar os nerds e partir o coração de líderes de torcida ingênuas.
— Você está quieta hoje. — eu disse para Lee enquanto esperava ela pegar suas coisas no seu armário.
Ela parecia pensativa, mas logo se virou para mim.
— Sei lá, é tão estranho pensar que o Chad está morto. — Enruguei minha testa. Lee odiava Chad, ele fazia bullying com ela desde sempre, eram vizinhos.
— É, é estranho, mas é por isso que você tá com essa cara? Por que o cara que fazia bullying com você desde que você se entende por gente morreu? — Perguntei.
— Eu odiava ele, não significa que eu quisesse ele morto. Você é insensível. — Ela disse, revirei os olhos.
— Não sou! Mas não vou fingir que vou sentir a sua falta. — Respondi.
— Tenha um coração, Piper. — Ela disse irritada e fechou seu armário. Dylan chegou no mesmo momento com seus cabelos loiros presos em um coque.
— Não consigo lidar com essa galera de luto como se ele fosse a melhor pessoa da cidade. — Dylan disse e sorriu, mas recebeu um olhar repreensivo da morena em sua frente.
— Vocês duas são as piores. — Lee respondeu ríspida e simplesmente saiu, deixando a mim e a Dylan curiosas com a sua reação inesperada. O que raios havia acontecido ali?
Me desencostei do armário e olhei para a loira, que estava boquiaberta.
— O que rolou com ela? — Ela perguntou.
— Nem eu sei. — Dei de ombros.
— Eu não sabia que alguém podia morrer de uma reação alérgica a camarão. Parece que os pais dele querem processar o lugar que vendeu a torta pra ele.
— Mas se ele era alérgico, porque comprou uma especificamente de camarão? — Não fazia sentido.
— Acho que o atendente errou. — Ela respondeu.
A escola estava insuportável, não somente porque o galã da Pullman havia batido as botas, mas também porque o time havia perdido seu grande quarterback e se já eramos ruins com ele, então ficaria pior.
A única vez que eu havia visto tantas garotas chorando por um garoto, havia sido no filme do Justin Bieber, cujo fui obrigada a ir com a minha irritante prima, Jessica.
— Eu vou ao banheiro, você vem comigo? — Perguntei para Dyl.
— Não, eu tô atrasada pro ensaio da banda, vejo você mais tarde?
— Sim, claro. — Respondi e sorri para a garota que se afastou e seguiu pelo corredor.
O banheiro estava vazio, o que era chocante, provavelmente as meninas deviam estar na vigilia e esqueceram de retocar suas maquiagens, incrível. Eu estava indo em direção a cabina quando escutei um choro esganiçado. Eu reconhecia o choro irritante, pois, havia escutado o mesmo no dia da festa de Amanda.
Toquei na cabine que se abriu e revelou uma Amanda de rímel borrado e rosto vermelho, ela estava chorando desesperadamente. Logo que me viu ela escondeu algo no meio de suas pernas.
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Eu Também Te Amo, Piper Brew. - LIVRO 1.
Teen FictionPiper Brew é uma jovem de quinze anos viciada em música que, como muitas outras, sente-se invisível e quer desesperadamente encontrar seu lugar no mundo, o que geralmente, significa destacar-se em meio à multidão. Apaixonada por Adam Berger, um joga...