Eu estava descendo as escadas para a cozinha quando escutei meus pais conversando, as Marys estavam hospedadas no clube de piscina no centro de Park Ridge — claro que pago pelo novo e quarto marido da Mary Kate. — ainda era estranho ve-los juntos e ainda não havíamos conversado sobre o ocorrido no outro dia, nunca iriamos conversar, na verdade.
— Demos muita corda a ela, ela nunca teve detenção antes. — Pude escutar meu pai dizer. — Tem que haver consequências.
— A detenção não é uma consequência? — Minha mãe perguntou.
— Ela precisa de punição parental, mas claro, nada muito grave. Talvez devêssemos deixar ela ir dormir sem sobremesa. — O que? Que tipo de pais Deus decidira me brindar?
— Acordar mais magra e saudável não é uma punição, é uma recompensa. — Minha mãe disse, ela tinha um ponto.
Cansei de me esgueirar e surgi no corredor, fazendo com que meus pais se virassem sérios para mim, o que era engraçado ver depois da conversa que eu acabara de escutar.
— Seu comportamento foi inaceitável, já não bastava você bater no menino no acampamento, agora você bate nela na escola? Os pais dele acham que você é uma valentona. — Anderson Michaels era um valentão! Ele havia me assediado no acampamento me beijando a força e agora havia decidido sair pela escola uma blusa idiota que apenas glorificava a minha não tentativa de suicídio, como o mundo poderia se voltar tanto assim contra mim.
— Sinto muito, eu não queria surtar, eu estava apenas tentando me defender, a mamãe sempre diz que eu não devo deixar homens abusarem da minha paciência e me arriscar mais. — Disse olhando para meu pai que observou minha mãe fulminante.
— Bater em meninos idiotas, okay. Assumir riscos? Depende, o que você está ensinando para ela? — Eu sabia que a partir daquele momento, eu já não seria mais a pauta da conversa, é exatamente por essa razão que eu odiava quando meus pais estavam juntos.
— Eu vou voltar daqui a...hum!?...três horas, assim vocês podem conversar. — Eu disse e me esgueirei para fora da cozinha, subindo de volta para meu quarto.
Tudo o que antes era simples, de alguma forma havia se tornado complicado. Adam não queria mais ficar comigo, porque ele já tinha alguém para ficar e não importa o quanto eu quisesse que ela desaparecesse, ela claramente não iria. Ela era de carne e osso e se chamava Dylan.
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Eu Também Te Amo, Piper Brew. - LIVRO 1.
Novela JuvenilPiper Brew é uma jovem de quinze anos viciada em música que, como muitas outras, sente-se invisível e quer desesperadamente encontrar seu lugar no mundo, o que geralmente, significa destacar-se em meio à multidão. Apaixonada por Adam Berger, um joga...