Eu e Lee estávamos dançando na pista cheia de jovens já embriagados, alguns dos copos jogados no chão, junto com garrafas. A música era tão alta que fazia minha pele formigar e eu podia sentir o grave em meu peito.
Eu não sabia de quem era a casa, mas normalmente, em festas daquele tipo ninguém sabia.
Eu estava bêbada, minhas bochechas queimavam e eu transpirava de forma que se estivesse sóbria, sentiria nojo de mim mesma.
Chad Morrigan estava no barril a quase um minuto, apenas levando o álcool ao seu sistema e eu esperava que ele não decidisse colocar nada para fora, ou seria uma bagunça.
Uma mão segurou minha cintura, uma mão conhecida. Continuei dançando, o que era raro. Tão raro que na última festa eu não havia dançado, ou havia e sequer me lembrava. E então, eu me vi agora fora da casa, dançando a mesma música.
Dançar sob a grama descalça era um prazer que eu ainda não conhecia. E então eu me virei para a pessoa que me acompanhava com sua mão repousada levemente sob a minha cintura.
Era Adam.
Me esquivei e arrastei meus olhos pelo ambiente a procura de JC. Aquilo estava errado. Adam me observava confuso.
— Piper, o que há de errado? — Ele me perguntou, e eu apenas lhe observei irritada. Nós não estavamos mais juntos, ele não deveria dançar comigo.
Me afastei do garoto e fui a procura de Jaden, mas me choquei com o que encontrei.
Jaden estava beijando outra garota, mais precisamente, duas — ao mesmo tempo.
— O que? O que está acontencendo?
Um terremoto, tudo tremia pela casa, mas eu parecia ser a única a perceber, eu gritava com todos para que segurassem, mas eles me ignoravam.
— Piper. — Uma voz surgiu, era Deus? — Piper? Acorda, está atrasada. — Deus estava falando comigo. — PIPER!
Abri os olhos e pulei para frente de supetão, sem entender muito bem. Arrastei os olhos pelo recinto e vi que estava em meu quarto, em minha cama.
Eu havia tido um sonho vívido, e o pior, com Adam, no dia do meu encontro com Jaden, o que não era nada bom.
Minha mãe me observava confusa pela minha expressão.
— Está atrasada, levante logo.
Fiz menção de pegar meu celular para falar com Lee, mas lembrei da nossa discussão no dia anterior, merda.
Minha mãe ainda estava no quarto se observando no espelho.
— O que houve entre você e Lee? — Minha mãe perguntou, e eu a observei confusa. Como raios ela sabia?
— Como sabe que eu briguei com ela?— Perguntei
— As pessoas falam.
— Que pessoas? Eu tava escola, como é possível que eu não tenha nada de privacidade. — Me joguei de volta em minha cama, eu não iria à aula aquele dia, estava decidido.
— Não importa. O que houve entre vocês?
— Importa sim, mas tudo bem. Eu acabei falando uma coisa pra Roxy, e a Lee ficou chateada, mas na minha defesa, eu estava drogada, aliás, agradeça as Marys por estragarem a minha vida, de novo.
Minha mãe cruzou seus braços e torceu seus lábios, pensando em algo.
— Você estava certa? — Ela indagou.
— Como assim?
— Eu te conheço, e sei que não falaria nada para magoar a Lee, mesmo drogada. Só estava querendo a proteger, acredito eu.
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Eu Também Te Amo, Piper Brew. - LIVRO 1.
Teen FictionPiper Brew é uma jovem de quinze anos viciada em música que, como muitas outras, sente-se invisível e quer desesperadamente encontrar seu lugar no mundo, o que geralmente, significa destacar-se em meio à multidão. Apaixonada por Adam Berger, um joga...