as virgens marias | parte dois

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Minha cabeça doía, eu estava deitada em minha cama ainda assimilando as informações. Deus, maldito cheiro de álcool. Ao meu lado coberto pelo edredom pude ver uma silhueta — a questão era, será que minha mãe deixaria um cara dormir na minha cama? — pergunta estúpida, claro que sim.

Puxei o edredom para cima que revelou Lee adormecida com a maquiagem escorrida, mas o que me chamou atenção foi um grunhido que veio do chão, me inclinei para fora da cama e vi Mary Kate com seus cabelos loiros desgranhados.

— Festa legal, vadiazinha. — Ela disse e logo pendeu sua cabeça para trás.

Revirei os olhos e me joguei de volta para meu travesseiro.

Eu não me lembrava de absolutamente nada.

Eu não me lembrava de absolutamente nada

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Coisa engraçada sobre ficar bêbado? Nada.

Eu já estava acordada a quatro horas recolhendo o lixo e não conseguia me recordar de nada. Lee havia ido embora, pois, tinha que estudar pra prova de álgebra. Merda. Eu havia esquecido da prova e não precisava de álcool para isso.

Minha mãe estava insuportável, de acordo com Mary Anne, ela sempre foi péssima para lidar com ressacas.

Meu celular não parava de tocar com notificações do meu Facebook, aparentemente, todos tinham gostado da festa — o que era bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque eu havia conseguido passar a noite sem problemas maiores — o que era chocante. Ruim porque a toda a ideia de me manter invisível havia falhado.

— Eu nunca pensei que você fosse tão louca! Uma dose de tequila e você já abriu suas asas. — Mary Rose disse surgindo apenas de blusa e calcinha em minha sala com um cigarro em suas mãos, o cheiro era peculiar e eu tinha quase certeza que era maconha.

— Um; você está fumando maconha dentro da minha casa? Dois; eu não sei do que está falando. — Respondi.

— Sim, estou e dois, quando você pegou aquele garoto com a sua língua, garota... você é bem mais divertida do que eu pensava.

Beijei alguém e tudo que eu queria, é que fosse Adam.

— Esse garoto que beijei, você sabe o nome dele? — Perguntei.

— Você acha que eu tenho cara de quem lembra de nome de homem? A parte divertida é sempre esquecer. — Ela disse abrindo a geladeira.

Minha mae surgiu e pegou o cigarro de sua boca, jogando no lixo.

— Sem mais fumar aqui dentro. Você realmente passou dos limites, você drogou a minha filha.— Ela parecia irritada e continuei pegando os copos espalhados pelo chão.

— Ah!? Qual é! Foi só um calmante. — Mary Rose respondeu. — Você fazia coisas piores na idade dela.

— Exatamente! E onde isso me levou? — Minha mãe respondeu pegando um saco de lixo enorme e se virou batendo com suas madeixas loiras no rosto de Mary Rose que fez uma careta.

Eu Também Te Amo, Piper Brew. - LIVRO 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora