"AMERICAN BASEBALL NO ACE NESTA SEXTA FEIRA ÀS 20:00" estava escrito em letras garrafais no flyer que eu segurava em minhas mãos. Coloquei no meu bolso e segui para dentro da escola ao lado de Lee e Roxy que andavam de mãos dadas me deixando com o certificado de "vela".
Hoje era o dia do show e eu estava um pouco animada demais, eu estava dando voltas mentais sobre que roupa usaria — eu já havia ido a um show antes, mas havia me perdido no mar de garotas alucinadas que estavam ali pelo mesmo motivo que eu, tietar o Adam.
Eu ainda não havia falado com Lee sobre a questão da Califórnia porque ela sempre estava com a Roxy, mas não era problema, eu deveria entender. Ela tinha uma namorada, todo melhor amigo vira a terceira pessoa quando o outro namora, é normal — pelo menos eu queria achar que sim.
— Qual é a sua primeira aula? — Lee perguntou.
— Biologia e a de vocês? — Perguntei para Lee e Roxy que agora não pareciam tão interessadas em conversar e se beijavam. Deus, a solteirice gritava em meu rosto. — Esta é a minha deixa.
Ir para a escola tinha se tornado mais legal que o habitual já que eu tinha a chance de ver o Adam todos os dias bem ao meu lado, o único real problema era que ele sempre estava acompanhado da Madison Ridges ou de alguém do terceiro ano, porém, ele sempre olhava para mim e sorria. Eu contei que foram sete vezes ao todo.
A primeira vez foi um dia depois da conversa que tivemos e ele me chamou para o show, ele estava pegando algumas coisas em seu armário no final do terceiro período e ele me olhou e deu um sorriso simpático, depois foi no dia seguinte que ele me disse "bom dia" e sorriu antes de sair com o JC. Eu descobri que Adam era um entusiasta das manhãs, sempre, em todas as situações estava desejando bom dia pela escola.
Eu não sabia se iria vê-lo aquele dia, mas anseava que sim.
Andei até meu armário e rezei para que não me desse dor de cabeça, abriu na primeira tentativa. Peguei meu livro de biologia e fechei o armário, encontrando o rosto de Adam atrás.
— Bom dia. — Ele disse sem pestanejar com o seu tom de bom humor pela manhã. Me perguntava como ele podia ser tão animado pelas manhãs.
— Bom dia, vejo que você foi picado pelo inseto do bom humor. — Digo tentando ser engraçada e acabo odiando todas as palavras que saíram da minha boca.
— Gosto das manhãs, mas principalmente, as manhãs que eu precedem shows. Você vai, certo? — Ele perguntou e eu podia jurar que saiam fogos de artifício por todo meu corpo.
— Sim, claro, como iria perder? — Tentei dizer sem parecer estranho e ele arrastou seus lábios lhes curvando em um sorriso e mordeu o lábio inferior — era uma mania estranha que eu havia percebido que ele fazia, assim como coçar seu cabelo e jogar a cabeça para trás era outra coisa que ele sempre fazia, me pergunto se era de propósito.
— Legal. Vai ser legal ter você lá.
Acho que no momento em que ele disse isso, foi como se meu corpo estivesse entrando em estado gasoso, eu estava evaporando, esta foi a melhor palavra que consegui definir. "Vai ser legal ter você lá".
Eu não consegui responder, fiquei parada olhando para o armário enquanto ele saiu e seguiu para sua sala, acho que deve ter sorrido para mim, mas não consegui olhar, fiquei atônita.
Adam Berger acha legal me ter em seu show.
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Eu Também Te Amo, Piper Brew. - LIVRO 1.
أدب المراهقينPiper Brew é uma jovem de quinze anos viciada em música que, como muitas outras, sente-se invisível e quer desesperadamente encontrar seu lugar no mundo, o que geralmente, significa destacar-se em meio à multidão. Apaixonada por Adam Berger, um joga...