— VADIASSSSSSSSS! — A voz que ecoou em minha mente parecia mais ter saído de um pesadelo, e meio que era. Eu sabia exatamente quem estava no andar debaixo, as melhores amigas da minha mãe, as Marys.
Mary Kate, Mary Anne e Mary Rose.
Eu sabia que minha mãe agir de forma apropriada me comprando meus cupcakes favoritos na noite anterior, não havia sido de graça, ela estava me preparando para os Furacões Mary e comparado a elas, Katrina não tinha nenhuma chance.
Desci as escadas escutando as risadas eloquentes da minha mãe e de suas amadas amigas.
— Cadê a vadiazinha? — Mary Kate perguntou.
Ah é! A vadiazinha sou eu.
— Bom dia! Mãe, posso falar com você? — Puxei o braço de minha mãe sem olhar para as mulheres que conversavam entre si e a levei para um canto na cozinha. — Quando ia me contar que as Marys iam vir?
— Eu ia contar ontem, mas esqueci.
Voltei meu olhar para Mary Anne que tinha em sua mão um cigarro e uma cerveja.
— Ela está fumando dentro da casa? — Perguntei irritada para minha mãe que me ignorou e acendeu um cigarro.
Deus, eu preferia mil vezes um desastre natural.
Corri para o meu quarto, ligando para Lee. Talvez se ela viesse, aguentar as três seria mais fácil.
— Lee, temos uma emergência.
+++
Eu encarava minha mãe e as Marys aterrorizada. Eu sabia exatamente o tipo de caos que a presença infame delas poderia causar — todas as últimas vezes que elam surgiram, minha mãe teve algum problema com a polícia, como a vez que Mary Kate me levou para o parque enquanto fumava maconha publicamente ou a vez que Mary Rose me perdeu no parque de Park Ridge porque ela estava transando com o monitor.
Como era possível que de três, todas conseguiam ser igualmente estúpidas, mas de longe, Mary Anne era a mais suportável, ela estava sempre, em realmente todas as ocasiões, dopada de Lexotan.
Mary Kate colocou seus olhos venenosos em mim e sorriu com aquele sorriso único que apenas garotas más conseguiam fazer.
— Meu deus, você precisa de uma reforma, não é nem uma transformação. Se eu estivesse esse estilo, acho que tentaria me matar também. — Mary K disse rindo, porém, recebeu um cutucão de minha mãe.
— Pelo menos seu cabelo cresceu, lembra quando tentou cortar? Ew. — Mary Rose disse.
— Esse é um assunto sensível. — Minha mãe as respondeu.
— Desculpa, vadiazinha. — Mary K respondeu. Deus, eu a odiava. — Já que vamos estar aqui por alguns dias, pensamos em comemorar.
Ri irônica depois de engolir meu último cupcake.
— Sim, realmente, vamos organizar uma festa somente porque vocês estão aqui. — Eu disse.
O que eu não imaginava é que ela diria em seguida:
— Vadiazinha, você até que serve para algo. — Novamente vestiu seu sorriso maléfico. — VAMOS DAR UMA FESTA.
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Eu Também Te Amo, Piper Brew. - LIVRO 1.
Teen FictionPiper Brew é uma jovem de quinze anos viciada em música que, como muitas outras, sente-se invisível e quer desesperadamente encontrar seu lugar no mundo, o que geralmente, significa destacar-se em meio à multidão. Apaixonada por Adam Berger, um joga...