A História De Um Anjo

Capítulo 32 - Influência Demoníaca

- Então vamos.. - Segurei a mão dele, tentando puxá-lo.

Então alguém saltou em cima de mim, antes mesmo que eu pudesse respirar. Jonathan gritou - sim, ele gritou. - pela primeira vez.

Havia alguém em cima de mim, eu não consegui olhar, fiquei gritando e me rebatendo.

- Ah socorro.. Meu Deus! - Gritei.

Dei chutes, e socos. Tentei me esquivar de todas as formas possíveis, a coisa que estava em cima de mim, rugia, e quando finalmente, ergui os olhos para encarar o quê estava em cima de mim. Eu quase morri de pânico.

Era horrível. Era Louis. Não, metade dele.

Tinha o rosto dele, os olhos.. Mas tinha algo crescendo na testa, e a mandíbula se esticava, mostrando dentes afiados, o corpo era o dele, porém muito mais pesado, e as mãos eram garras.

- Meu Deus! - Eu fiquei paralisada.

- Preciso do quê você tem.. - A coisa disse. - Me fará mais forte.

- O quê é você? - Quase engasguei.

- Acho que não preciso dizer. - A coisa riu. - Agora, me entregue isso.. O seu poder..

- Jonathan.. ? Jonathan.. Socorro! - Gritei nervosa.

- Ele está paralisado.. Quase congelado.. - A coisa respondeu.

- O que você fez com ele?

- Provavelmente ele estava sendo possuído.. - A coisa revirou os olhos. - Tendo uma influência demoníaca. E estava fazendo o quê lhe era dito, no caso, tentando me matar.

- Ai senhor.. - Eu estava em pânico. - Tinha um demônio dizendo o quê ele devia fazer?

- Possivelmente. - A coisa metade Louis respondeu. - Devia estar querendo o mesmo que eu.

Era tão horrível. Uma imagem difícil de esquecer. Parecia metade lobisomem, metade humano.

- Agora garotinha.. Me entregue o quê você tem.. Seu poder.. - Safira sempre estivera certa, Louis estava mesmo possuido, e queria o poder do anjo. - Ou eu posso te comer.

Eu olhei incrédula para a coisa, meu coração gelou.

- Me comer? - Repeti meio indignada.

- Literalmente. - A coisa metade Louis, sorriu. - Eu vou comer.. Sugar.. Mastigar.. Huuumm.. Eu vou comeeeer você..

- Você é uma espécie de demônio canibal? - Perguntei. Que conversa mais emocionante para se ter em situações como essa com um demônio que particularmente quer te comer.

- Eu como carne. - Respondeu.

- Ah, graças a Deus. - Soltei um suspiro aliado.

- O quê? Eu como carne.. Você não ouviu?

- Sim.. Carne, e não pessoas.. - Respondi. A coisa pareceu rir. Como se eu tivesse contado uma piada.

- Só uma coisa, - ele aproximou a boca da minha orelha, meu corpo estava dormente por causa do peso em cima de mim - você é carne, querida.

EU SOU CARNE?

Claro que sou carne. Jesus, eu sou carne!!!

A coisa come carne.. ELE VAI ME COMER!!

- Eu não acredito. - A aparência da coisa começou a mudar, ficou um pouco mais Louis agora. - Você não sabia que era composta por carne, menina?

- É claro que eu sabia, - respondi meio ofendida - apenas não pensei nesse tipo de carne, pensei em carne de açougue. Que é legal comer. Se você me comer, coisa, isso é canibalismo, e canibalismo é crime.