Capítulo 24 - Príncipe Das Trevas

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O corredor estava vazio, as vozes tinham sumido. Safira implorou para a mãe trancar a porta depois que saímos, e foi o quê ela fez.

Andamos em direção ao elevador. Nem as vozes que vinham dos quartos, não se ouvia mais. Só um silêncio profundo, me dando arrepios até a espinha.

- Onde seu pai estava? - Nick perguntou.

- Ele quase nunca tem sossego, sempre tem que acompanhar Gregório, em certos assuntos. E nesse caso, deve estar ajudando-o. Ou Gregório pediu para falar com ele, sobre sua filha rebelde ter ajudado a garota da profecia. - Ela sussurrou.

- Você não tem medo que Gregório mate seu pai? - Perguntei.

- Tenho. Mas ele não o faria, você viu o que minha mãe disse, além do mais, ele não pode simplesmente matar pessoas. - A voz era grossa. - Ele pode nos matar, porque ajudamos você, mas não meus pais, eles não tem nada haver.

Passamos em frente a janela que haviamos passado mais cedo, quando o sol estava se pondo deixando vestígios de cores do horizonte. Agora era um azul escuro, quase negro. O céu era um manto sem estrelas apenas a lua ao longe toda branca se destacava no céu.

O corredor era quase escuro, se não fosse por uma espécie de lampadas como as que tinham nos quartos, eu não havia reparado antes, porém eram bem fraca, me lembrei do que Jonathan havia dito, sobre as luzes.

Eu me peguei sorrindo, pensando no jeito despreocupado que ele sorria, e no movimento dos ombros, ou o andar gracioso. Ou o jeito que ele falava, ou me olhava. Depois, abriu-se um buraco negro no meu peito, em pensar que ele talvez  esteja preso, sendo torturado, ou talvez esteja morto. Eu quis me bater, por pensar isso. Ele não está morto! Não está!

Chegamos ao elevador, esperamos alguns minutos até que as portas se abriram.

Todos estavam armados, com as armas escondidas, dentro do cinto da calça, por baixo da blusa, e dentro das botas.

- Não vamos chamar muita atenção? - Perguntei.

- Creio que não. Porquê? - Safira respondeu e indagou me encarando.

- Estamos todos de preto, não é estranho? Parece que estamos indo a um velório.

- Não. - Ela riu. - O preto é nossa cor favorita, as cores escuras, mas o preto é o principal. Por isso minha mãe nos deu essas roupas pretas, para que não desconfiem.

- Uh. - Sussurrou Nick. - Muito esperta..

Antes que entrassemos no elevador, dois homens, gritavam um pouco atrás de nós. Logo depois estavam correndo, e antes que pudessemos pensar, estavam próximos.

Safira pegou uma das facas, e Nick também. Eu fiquei paralisada, as portas do elevador tinham se aberto, mas antes que pudéssemos entrar, Safira e Nick lutavam com os homens.

- Samantha.. Rápido, a arma! - Nick gritou, enquanto golpeava o homem gordinho, fazendo um risco no braço dele.

Eu peguei a arma no meu cinto, e apontei para o homem que lutava com Nick, ele percebeu, e andou na minha direção, percebendo que talvez eu não pudesse atirar, ele se jogou em cima de mim, tentando tomar a minha arma.

Safira acabará de enfiar a faca, no peito no homem alto, que gemia de dor. Ele tinha a derrubado no chão, e foi quando ela o acertou com a faca. Ele rolou para o lado, cuspindo sangue..

O homem que estava tentando tirar a minha arma, ficou entorpecido em ver o outro homem engasgado no chão, cuspindo sangue, com uma faca no meio do peito ensanguentado.

Safira levantou-se, e com um movimento rápido tirou a faca do peito do homem morto, e a limpo na camisa dele.

- Me dê isso, garota. - O homem gritava para mim, tentando me derrubar.

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