Capítulo 33 - Sacrifícios

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Jonathan me pegou em seus braços, me carregando, já que era impossível, eu conseguir andar. Minha vista escurecia momentaneamente, me deixando meio perdida.

Não havia nada no horizonte, apenas o gramado verde, algumas árvores tortas, e o céu azul, com o sol brilhando em cima das nossas cabeças.

Nem sinal de Damon, Nick, Safira ou Louis. Estava começando a ficar preocupada.

Será que todos haviam se perdido um do outro? Será que eu seria capaz de criar um portal? Será que minha vista iria escurecer, para sempre?

Essas e outras perguntas, fizeram minha cabeça girar, até doer muito mais. Então, resolvi não pensar nessas perguntas, simplesmente tentei não pensar, por mais impossível que fosse.

Tentei me manter acordada, mas em algum momento, tudo escurecia.

Deitei a cabeça no ombro do Jonathan, enquanto ele me carregava para algum lugar.

O maxilar dele estava contraído, eu diria que ele estava nervoso, preocupado e irritado. Ele também rangia os dentes, e o olhando de perfil, algumas gotas de suor escorria pelo rosto. A pele era dourada, e brilhava, ou talvez eu estivesse ficando louca.

Observando bem de perto, e detalhadamente, pelinhos cresciam na região da buchecha, pelinhos curtos, e loiros. Uma barba.

Tentei visualizar Jonathan com barba ou bigode, devo confessar, que não gostei muito da imagem que me veio na cabeça.

O cabelo dele estava loiro como ouro, por causa da luz do sol, ondulado, e meio bagunçado.

Ele estava cansado, isso era óbvio, devia estar andando comigo no colo, há mais ou menos uma hora, duas talvez.

Eu queria dizer á ele para parar de andar, descansar, mas minha voz não saía. E mais uma vez, tudo desapareceu, tudo escureceu.

Eu estava rodeada por sombras, elas se moviam, tentando me envolver, mas tudo o quê eu queria era ver Jonathan, vê-lo pela última vez. E no meio daquelas sombras, com meus gritos abafados, e sufocados, eu achei que estivesse morta.

*****

Quando abri os olhos novamente, estava deitada no gramado, embaixo de uma árvore, alguma coisa embaixo da minha cabeça, uma jaqueta, era do Jonathan.

O ar estava mais frio, do que quente. Ainda era dia, isso me deixou tranquilizada, eu não tinha apagado por muito tempo.

  Olhei ao redor, procurando por Jonathan. Mas não o vi.

- Jonathan? - Sussurrei tão baixo que eu mal pude me ouvir.

- Jonathan? - Dessa vez, eu pude gritar. Me sentei subitamente, e isso, com certeza, não foi uma boa idéia. Senti como se alguém pegasse uma porta de aço, e acertasse minha cabeça em cheio, fazendo tudo dentro dela, girar. - Jon.. Jonathan? - Gritei, meio tonta. - Droga!

- Estou aqui. - Ele apareceu de pé, um pouco distante, e em seguida, começou caminhar até mim. - Estou aqui. - Agora, estava ajoelhado do meu lado.

- Oh Deus! Que susto você me deu. - Falei. - Achei que você tivesse ido embora.

- Não. - ele se encostou no tronco da árvore, então eu virei a cabeça, para olhá-lo. - Como você se sente?

- Bem.

- De verdade? - Eu fiquei em silêncio, minha cabeça ainda girava. - A última vez que você disse que estava bem, eu pensei que você fosse morrer.

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