Capítulo 13 - Destruídor de corações

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Jonathan ainda encarava Louis de maneira assustadora, Louis por outro lado, parecia se divertir com a fúria do amigo.

Eu quis perguntar o porquê dele ter me defendido, porquê não queria que eu me envolvesse com Louis, afinal ele era atraente. Mas não o fiz, não perguntei. Não com todos ali.

- Eu vou ver Nick. - Falei me levantando.

- Então você curte tatuagens? - Louis disse sorrindo.

- O quê?

Jonathan e Safira logo olharam para minhas costas, ambos seguraram a respiração por um profundo segundo.

- O desenho nas suas costas..  - Safira arregalou os olhos. - Está..

- Mais preto, como se tivesse sido contornado. - Jonathan se levantou. - Deixe me ver. - Puxou a parte de trás da minha regata. - Meu Deus!

- O quê foi? - Perguntei.

- Tem mais rabiscos doque da última vez! - Ele respondeu, Safira andou até ele, examinando minhas costas.

- Ele tem razão! - A voz estava surpresa. - Vamos pegue, o espelho ali. - Ela pediu ao Jonathan.

- Eu posso ver? - Louis pediu.

- Nem se atreva. - Apontei o dedo para ele , como um aviso.

  Jonathan pegou o espelho, e me deu, o mesmo espelho que eu havia usado da outra vez.

- Eu vou ao banheiro.

Tranquei a porta, e coloquei o espelho em cima da privada,  de forma que desse para ver minhas costas.

  Retirei a regata, e puxei meu cabelo para o lado. Lá estava.

Rabiscos pretos, traçados dos meus ombros, até a minha cintura. Como se fosse duas gotas de lágrimas, aquelas que são desenhas perfeitamente bem. E tinha uma brecha sem rabiscos, no meio das costas. Como se as gotas das lágrimas se unissem ao meus ombros, mas se separassem no meio das minhas costas, até o fim. Era confuso, eu não entendia o desenho. E não estava terminado.

O quê estava acontecendo?

Recoloquei a regata, pegando o espelho com uma das mãos, e abrindo a porta do banheiro com a outra.

  Todos estavam em pé, conversando. Mas pararam quando apareci.

- Acho que alguém anda me tatuando aos poucos. - Falei, colocando o espelho no canto.

- Mas não foi nenhum de nós! Quem estaria tatuando você, e pior, sem você perceber? - Safira perguntou.

- Talvez seja parte do processo, de ter o poder do anjo. - Jonathan sussurrou. - Ele pode estar vindo á você, por essa tatuagem.

- Mas porque uma tatuagem? O quê eu vou fazer com uma tatuagem? Não podia ser uma varinha? - Eu pareci mais idiota, do que achei.

- Varinha? - Jonathan balançou a cabeça. - Você não é uma bruxa!

- Quem sabe uma fada? - Sugeri.

- Por favor, não. - Jonathan pareceu aborrecido.

- Isso é sinistro, vocês não me disseram que ela tem o poder do anjo? É a lenda? - Os olhos de Louis se expremeram. - Ela é real?

- Creio que você não contasse com isso, antes de querer dormir com ela. - Esse "dormir" que saltou da boca de Jonathan, foi a palavra mais desprezível que eu o ouvi dizer. - Lembrando que ela poderia te matar. - Sorriu satisfeito.

- Eu não vou dormir com ninguém, esqueçam esse assunto. Que Droga! - Gritei irritada. - Com certeza, seus amigos podem te explicar tudo. Com licença. - Andei até a porta, empurrando Jonathan.

A História De Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora