Prólogo

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Impetuoso! Mandão! Machista! Maldito!

— Quem ele pensa que é para dizer que eu não sirvo? Não acredito que depois de anos estudando, batalhando ainda tenho que suportar esse petulante — interrompi minhas idas e vindas na quitinete, olhando Priscila rir. Era só o que faltava.

— Ele deve ter alguma qualidade. Foi um mal-entendido.

— Ah! Entendi perfeitamente quando ele me desqualificou, e tenho certeza que só fez isso porque tenho uma borboleta lá.

— Calma! Vai ver que amanhã será muito melhor, quem sabe uma grande amizade brota.

Meneei a cabeça, horrorizada com a ideia. Eu tinha plena convicção de que uma guerra estava declarada e se Guilherme pensa que vou acatar suas ordens calada está muito engando.

— Da última vez que vi essa expressão, você quase destruiu o rancho Águas Cristalinas.

Joguei-me no sofá.

— Aquilo foi fichinha perto do que farei caso ele não me respeite.

— Bianca — ela disse em lamúria.

***

Potranca dos infernos!

Continuei xingado aquela gata do mato, enquanto me desfazia da camisa suja. Eu mataria aquela atrevida, torceria seu lindo pescoço. O quê? Não havia nada de lindo nela. É só uma peralta que merece uma lição, decidi ao entrar no chuveiro.

A doutora não sabe com quem está lidando. Maldita hora que aceitei o pedido de Raul.

Grunhi, lembrando do sorriso maroto de Bianca ao jogar o balde sobre mim.

Eu tiraria aquele sorriso de qualquer maneira!

Em Um GestoOnde histórias criam vida. Descubra agora