Capítulo Vinte e Seis

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Alessandra

A apresentação do meu amigo está arrasando.

Ele nunca nos decepciona, e todos sempre se encantam com ele. Geralmente, quando ele termina seu show, os homens caem matando em cima dele, e muitas mulheres também. Assim que ele termina ele nos manda beijo de cima do palco ainda, e nós retribuímos. Tenho um amor tão grande por ele, e tenho certeza que é recíproco. É um amor de irmãos, algo que ele não tem faz tempo. Seus pais não sabem da sua escolha, e vivem cobrando alguma namorada dele, que se diz desinteressado em quem aparece, mas seus irmãos, já sabem, e não aceitaram muito bem. Sua irmã é casada, e tem dois filhos pequenos, ela alega ter medo de influenciar um de seus filhos, e seu irmão, que é mais velho, não aceita sua vida “promíscua”.

Eu não penso igual, penso bem diferente. Acho que cada pessoa tem o direito de escolher o que quer pra sua vida. Claro que minha opção não é igual a dele, como deu pra perceberem, mas acredito que a aceitação foi tão boa pra ele, que podemos criar um laço afetivo muito forte.

Não só o acompanhei em suas buscas para aceitar a si mesmo, como hoje, estou ao lado dele, que já se aceitou, e busca um relacionamento sério com alguém. Ele não costuma sair com um e com outro. Gosta de namoros sérios, e enquanto não achar alguém para tal, continuará solteiro. Porém, essa noite ele deixou avisado que precisa se divertir, e que vai aproveitar a melhor oportunidade que aparecer. Claro, ele jamais pegaria o primeiro, porque quando se é linda como Alexia, tem várias opções.

O clima entre Melissa e Gustavo está um tanto pesado, e eu resolvo tentar descobrir.

-Mel, aconteceu alguma coisa? Está meio... Séria. Emburrada talvez. – Começo perguntando, e como conheço minha amiga, logo ela desaba.

-Claro, nosso amigo aqui – Ela bate a mão no ombro do Gustavo – que pelo menos foi o que combinamos, não me deixa paquerar, não me deixa olhar pros lados, alegando que ele está aqui pra suprir minhas necessidades, mas não entende que não quero relacionamentos, e ele insiste. Não é Gustavo? – Ela olha pra ele acusadoramente, mas ele debate.

-Quem falou que eu quero relacionamento Loirinha? Precisa entender que só quero exclusividade enquanto estivermos transando. Custa? Você é mais escorregadia que eu. – Ele dá um sorriso pra ela. Definitivamente, ele não leva nada a sério.

-Eu não estou transando com você Gustavo, porra, eu transei com você, conjugue esse verbo, e entenda que ele está no passado. Não vai mais acontecer. – Ela levanta furiosa e vai pro balcão do bar. Preciso conversar com minha amiga, vou até ela, e me sento ao seu lado.

-Mel, porque está tão brava com ele? – ajeito seu cabelo atrás da orelha.

-Porque aquele canalha gostoso me vira do avesso, e preciso de outros homens, pra consertar isso, não entende? Enquanto eu estiver com ele, não vou querer outro homem amiga, preciso disso, não sei viver com o mesmo cara por muito tempo, e se fizer isso, pode ir pra um caminho que eu não quero! Não percebe? – Sua voz que estava irritada no começo, agora parece sofrer.

-Ah Mel – Eu a abraço. Não fica assim, dê uma chance de fazer dele um parceiro fixo para o sexo, vai ver como é bom criar intimidade com um cara só. – Tento convencê-la.- Eu nunca senti isso antes amiga, mas o Thomas, é um ótimo parceiro. Me libero com ele, e isso está me dando mais do que apenas felicidade. É algo que não sei explicar.

-Amiga, mas e o Novinho? – Novinho é um dos caras que ainda estão em sua lista, é um aluno que ela está esperando encerrar o ano pra pegar, já que como professora isso seria antiético. Mas segundo ela, pegaria. – E o professor? – Ah, tem também o professor que ela ficou a poucos dias atrás, mas foram uns amassos no carro apenas, portanto, ela não tinha chegado aos finalmentes, e ele definitivamente era uma conquista que ela gostaria.

Inocente pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora