Capítulo Vinte e Um

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Thomas

Alessandra enche meus olhos com um brilho sempre que a vejo. Já estou começando a me sentir um bobo.

Devo ter pegado mesmo no sono, porque despertei com minha deusa me comendo com os olhos, passeando seu olhar pelo meu corpo. Como apenas aquele olhar me aquece? Ela me olha com desejo. Eu desejei não ter despertado agora.

E claro que eu terminei o que ela começou.

Ela havia dito que depois do banho conversaríamos, mas não esperava que seria tão logo.

Nos acariciamos um pouco na cama, trocamos vários beijinhos e carinhos, tudo com muita dedicação, mas nada de sexo dessa vez, e ela logo me deu liberdade pra perguntar. E lógico que minha primeira pergunta seria daquela que está na minha cabeça desde o elevador. Quando ela conta que minha boca e dedos lhe deram seu primeiro orgasmo, eu me sinto bastante satisfeito e envaidecido. Apesar de toda minha insegurança, ela me dá esperanças que com ela, tudo vai ser diferente. Sinto meu ego inflar, claro que em silêncio, por ser responsável por algo tão importante com a mulher que eu amo.

Encaro-a sem saber o que dizer. E opto por dizer apenas que são meus e só meus. Seus gemidos, seus orgasmos, todos meus!

Próxima pergunta, vou ganhar tempo com alguma que eu já saiba a resposta, já que ela adora falar, sei que vai dar tempo pra eu elaborar uma melhor. Enquanto ela responde que adora minha boca na sua boceta, me surge a ideia de que ela nunca quis esperar, em todas as vezes que teve desejo, esteve excitada, que não soube esperar. Quis na hora. Em todas as vezes.

Ela deixa claro que gosta de correr perigo, por isso o banheiro no aniversário dela, o pub, embaixo da mesa, todas as suas provocações, agora fazem mais sentido. E ontem a noite, no carro. Ela praticamente diz que tenho que enfrentar isso se quiser ficar com ela. Essa mulher está dizendo que a água vai saciar a terra seca e nem percebe.

Brincamos de perguntas e respostas por um tempo, e bom assim, nos conhecemos melhor a respeito de nosso desejo e assim, senti que ficamos mais próximos. Talvez, um pouco mais cúmplices.

Ela gosta de coisas que nunca vivi, mas enquanto ela fala, despertam o meu interesse. A noção de poder tê-la em lugares públicos soa bem tentadora.

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Acordo com meu Anjo me dizendo que me espera no banheiro, vou um pouco zonzo ainda do sono, e entro, lá está ela, dentro da banheira me olhando. Esse olhar tem o poder de excitar. A boca entreaberta dela me desperta, me fazendo lembrar da sua boca atrevida.

Ela ergue a mão e me chama com o dedo indicador apenas.

Entro na banheira e me sento de frente pra ela, com as costas colada em seus seios, que me alisavam. Ela estava com um coque no alto da cabeça com algumas mechas soltas. E pra variar, linda até com os cabelos desgrenhados.

Deus que nos conserve juntos. Nunca tive uma religião a seguir, apenas confio em Deus.

Suas mãos entraram por debaixo dos meus braços, lavando meu peito, sua respiração quente em meu ouvido, me excitou ainda mais. Eu fico a ponto de explodir sempre que estou com essa mulher.

Ela desce suas mãos, e encontra minha ereção com a mão escorregaria pelo sabonete.

-Se comporte Tom! – Sua voz num tom bem sério, mas ela volta a me provocar, o que me deixa mais aliviado por ser brincadeira, e não ela me repreendendo de verdade.

-Mas assim fica difícil! – Minha voz saiu um pouco fraca.

-Ah não é não. Prometo que vai ficar ainda mais difícil.

Inocente pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora