Capítulo Trinta e Sete

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Thomas

Gustavo teve a ideia de promovermos a voz da Alessandra, e já que gostamos de tocar, por que não juntar o útil ao agradável?

Decidi dar um empurrão àquilo que ela gosta. Cantar.

Convencê-la não foi tão difícil quanto pensei. Na verdade, Alessandra, é a mulher mais aberta às oportunidades. Se disser pule, ela pula. Não no mau sentido. É que ela gosta de tentar de tudo. Ela gosta de arriscar. E cantar, além de ser algo que ela gosta, é algo que me encanta. O Gustavo reparou que a voz dela é linda. Claro que não gostei nada desses elogios em excesso pra ela, me incomoda muito. Mas vê-la feliz, me faz muito bem.

No início do ensaio, senti que ela estava bem travada. Talvez, com vergonha por causa das pessoas que estavam à nossa volta. Mas logo, ela se soltou, e já estava daquele jeito que eu conhecia, e adorava. Quando ela está sendo apenas ela mesma. Se divertindo, sorrindo, alegre. Adoro ver esse sorriso dela. É o sorriso mais encantador do mundo.

Quando ela canta, eu percebo de volta aquela contradição de menina-mulher que há nela. Tão meiga, feminina e delicada, mas tão sensual e tão sexy ao mesmo tempo.

Assim que damos um tempo no ensaio, ela me arrasta pra dentro da casa, e como combinados, todos vamos para o fundo da casa, onde decidiram tomar banho de piscina e fazer churrasco. Bom, pra algumas pessoas isso deve ser algo bem agradável. Mas não pra mim, que detesto ver minha noiva sendo admirada por outros homens. Alessandra de biquíni, sem dúvidas, traria problemas pra mim. Porque sou ciumento em alto nível, eu disse ciumento? Não, eu sou possessivo.

-Amor, já volto! – Ela me deu um selinho, e vou acompanhando seu caminhar, até sumir da minha vista, entrando pela porta.

Chego perto dos rapazes, e lá estão também Alex, Diego, e Melissa.

Comemos carne, a maioria deles beberam, e conversamos bastante. De repente, Alessandra surge, vestida numa saída de praia, deliciosa. Não estava mostrando nada, mas ali, eu tive certeza, que ela estava apenas com um de seus biquínis por baixo, e não me agrada em nada imaginar esses olhares pra cima dela.

-Thomas, você vai pra piscina, cara? – Gustavo pergunta e eu desvio por um instante o olhar da Alessandra me virando pra ele.

-Não, acho que não. – Respondo apenas, e me viro novamente pra olhar pra minha noiva, que agora, está tirando a roupa, ficando apenas de biquíni, e eu vou na direção dela, com o olhar fixo nela, que também está me olhando, se deita numa das cadeiras, pra tomar sol, e quando paro ao seu lado, ela me olha.

-Ei amor, deita aqui comigo, vem? – Ela bate a mão ao seu lado na cadeira.

-O que pensa que está fazendo? – Ela olha confusa pra mim, mas não balanço com sua expressão.

-Do que está falando? Nesse exato momento, estou apenas querendo fazer marquinha de biquíni no meu corpo. Por quê?

-Não passou pela sua cabeça, que esse monte de homem, está olhando pro seu corpo?

-Sério que está falando isso? Bom, então, acho que não vou poder tomar sol no bumbum né, amor? Já que teria que ficar deitada de bruços. - Ela me lança um sorriso de desafio.

-Isso é inegociável, Alessandra. – Ela dá um sorriso irônico, e se levanta.

Pensei que ela fosse vestir a roupa, mas, ela pula na piscina, e atrás dela, vai Melissa.

Observo as duas conversando, Alessandra provavelmente está com raiva da situação, mas não é discutível, se ela vai ficar expondo seu corpo ou não perto de outras pessoas. Não estou exagerando, eu simplesmente não quero que ela exiba algo que é só meu.

Inocente pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora