Capítulo Trinta e Cinco

611 46 8
                                    

Thomas

Eu mereço um presente como esse? Não estou falando dos presentes que ganhei de aniversário, estou falando dessa mulher que Deus entregou de bandeja em minhas mãos.

Eu amo essa mulher, em absolutamente tudo. Desde a sua forma menina à forma mulher.

Minha menina, é aquela que gargalha alto na rua sem se preocupar com os olhares; é brincalhona, mesmo em público; fica envergonhada por coisas bobas, que eu jamais esperaria dela como mulher (observe, que não a menina); se falar errado na frente das pessoas, ou expressar alguma opinião que nem diz respeito ao que estamos falando, ela mesma ri de si; ela não se preocupa com o que os outros pensam dela, pelo contrário, quer ser essa menina-mulher, sempre que puder.

Minha Alessandra mulher, é aquela que desfila de salto alto, se sentindo a única quando passa perto de alguém que não gosta dela; é aquela que impõe sua opinião, mesmo quando não a querem, mas também se retrai quando sente necessário; minha mulher não desce do salto pra arrumar confusões, mas se arrumarem com ela, ela joga os saltos longe pra ficar bem mais baixo do que era necessário.

Minha Alessandra, reúne essas características num único corpo e mente, ela é minha mulher, minha menina, minha dengosa, minha brava, e diga-se de passagem que seu modo nervosinha é bem nervosa mesmo. Eu amo essas fases dela.

O modo mulher safada, que dança pra mim, se despindo sem um pingo de vergonha, me tirando do eixo, e o modo menina, que é tímida, e tem medo de expressar seus sentimentos.

Estava preocupado com meu aniversário esse ano, como me preocupo com os outros, só que já esqueci. Ela me faz esquecer.

----

-Hmmm... quero acordar sempre assim! – Minha voz sai grossa e rouca pelo sono, enquanto Alessandra passeia seus lábios pelo meu corpo.

Fazemos amor logo cedo, num ritmo preguiçoso, que logo aumenta de acordo com nossa excitação. E estou com ela em cima de mim, com a cabeça deitada em meu peito, enquanto sua mão alisa minhas coxas.

-Feliz aniversário meu amor! Mais uma vez! – Eu sorrio. Ela gosta de aniversários mesmo, eu nem me importo muito, até acho legal, o dos outros.

-Obrigada Anjo, você é o meu maior presente. – Ela levanta a cabeça e me olha nos olhos bem de perto.

-Thomas... – Seu indicador passeia em meu peito. – Obrigada por me fazer sentir como me sinto quando com você. Eu quero que saiba, que independente de qualquer coisa que nos aconteça, tu foi a coisa mais linda que já aconteceu na minha vida até hoje. Obrigada por existir na minha vida! – Ela me da um selinho e logo quebra o clima romântico que se instalou – Agora levanta essa delícia de corpo, e vá trabalhar, porque a desempregada aqui sou eu. – sorrimos. Ela se levanta e prepara nosso café da manhã.

Quando chego arrumado na cozinha, agarro pela sua cintura por trás.

-Anjo, não precisava se levantar só pra isso. Poderia descansar mais um pouco. – Beijo sua nuca, e ela se vira de frente enlaçando os dois braços em volta do meu pescoço.

-Já falei como você fica fodidamente sexy com essa roupa social? Você me deixa toda molhada quando te vejo assim, no modo homem sexy, só meu! – Existe isso? Se não, ela acabou de inventar. E eu gostei!

-Ainda não disse, Noiva, mas foi bom saber!

Tomamos nosso café da manhã, e meu Anjo disse que precisaria sair pra resolver algumas coisas da compra do imóvel.

-Boa sorte Amor! Sei que vai ser difícil pra você o dia. – Ela diz com uma expressão preocupada.

-Fica tranquila Anjo, vai dar tudo certo!

Inocente pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora