Prólogo (Degustação)

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Acelerei minha moto, fazendo com que o velocímetro aumentasse alguns números a cada segundo que se passava. Apenas queria ficar longe de todos. Não conseguia acreditar no que havia acontecido. Nada daquilo poderia ser verdade.

O painel da moto marcava 220 km/h. Acelerei mais e mais, e não reduzi nas curvas íngremes. Com a adrenalina, eu apenas acelerei.

— Não tive culpa... — gritei inúmeras vezes, transtornado, mas meus gritos soaram abafados pelo capacete.

— Sou inocente... Jamais faria isso...minha própria família duvidou das minhas palavras.

Com o vento batendo em meu rosto, nem me importei de fechar a viseira do capacete, só queria ir para longe, não adiantaria fazer nada no momento onde todos estavam nervosos.

Ainda consigo sentir os olhares acusadores, duvidando do meu caráter.

— Não criei um filho para isso. Onde eu errei, Ryan? — meu pai gritou.

— Te dei tanto amor e carinho. É desta forma que você nos retribui? — minha mãe me acusou. — Onde erramos?

— Eu tinha você como inspiração, mas agora vejo que estava errado. — meu irmão de 15 anos falou.

— Para mim você era um herói, alguém em quem me espelhava, porém acho que todos aqui foram enganados pela pessoa que você se tornou — minha irmã mais velha, disse.

Deixei todos para trás e apenas peguei minha moto. Dirigi pela estrada sem rumo, para assim entender tudo que estava acontecendo.

Ao pensar no que havia acontecido horas antes, meus olhos vertiam lágrimas. Eu, um homem de 21 anos, com uma profissão que sempre amei e uma estrutura financeira invejada por muitos, não conseguia lidar com acusações. E de repente toda minha estrutura planejada estava desmoronando diante dos meus olhos, e eu não poderia culpar a ninguém além de mim mesmo.

Fechei meus olhos por apenas um segundo e a moto perdeu controle. Ali vi minha vida passar como um trailer de filme, enquanto sentia meu corpo rolar entre as rochas. A dor não era física. Era meu coração que estava doendo, sangrando, por ter provocado uma dor maior em todos que eu amava e que me apoiavam.

Com um grito, apenas pedi perdão.


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Beijinhos!!! Titia Cláu

Minha FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora