CAPÍTULO 6 - Ryan

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Como todas as noites, durante todos estes anos, estou sentado na minha poltrona apreciando a paisagem à minha frente

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Como todas as noites, durante todos estes anos, estou sentado na minha poltrona apreciando a paisagem à minha frente. Senti sua presença antes mesmo dela começar a descer as escadas, meu corpo automaticamente se manifestou. Claro que ele faria isso, pois já tinha 17 anos que eu não tocava em nenhuma mulher, e nem saberia dizer se um dia iria acontecer, pois se eu mesmo não me aceito, tenho repulsa, imagina uma mulher, que tem uma mão delicada. Balancei a cabeça para espantar meus pensamentos, senti seu cheiro, era claro que a mesma estava perto demais. Não falei nada, queria saber qual seria sua reação.

— Desculpe, não queria tirar sua concentração... vim apenas pegar algo para beber.

— Mas fez exatamente isso. — respondi com uma voz calma.

— Não era minha intenção, voltarei para meu quarto.

Entristeci, pois minha vontade era de fita-la nos olhos.

— Fique à vontade.

Percebi que ela não saiu do lugar.

— Seja sincero sr. Ryan, preferia que não estivesse aqui, não é mesmo?

— Verdade. — concordei. — Quero o castelo apenas para mim e não gosto de intrusos nele. — completei.

— Que bom que está sendo sincero, comigo. E deixou claro que minha presença não é desejada.

Suspirei mais uma vez, inalando aquele cheiro, que ainda não conseguia identificar o que era.

— Porém, não precisa se esconder de mim, aqui dentro.

— Eu não me escondo, apenas escolhi este estilo de vida, e eu nestes 17 anos, aprendi que é a melhor maneira de se viver na minha condição.

— Ou a mais fácil. — ela falou.

— Entenda uma coisa senhorita Lana, nada é fácil para mim. —Respondi irritado.

— Nós que complicamos nossas vidas, senhor Ryan.

Com isso ouvi seus passos, aproveitei subi rapidamente para meu quarto, único lugar que agora me sentia seguro. Deitei na cama, e memórias do meu acidente veio, a dor, a reação de horror na cara das pessoas que me via, principalmente, das pessoas que eu tanto amava, e que não conseguia disfarçar. E conforme os dias ia passando da minha recuperação dolorosa, fui recordando porque havia sofrido acidente, e minha raiva perante a todos aumentava.

Uma batida suave na porta, me tirou de meus pensamentos.

— Sr. Ryan.

O som daquela voz que me chamava.

— Sei que ainda está acordado.

— Só gostaria de saber se deseja, mais alguma coisa, ante de eu ir dormir.

Minha vontade era responder "SIM", bem grande, que meu desejo era ela embaixo do meu corpo, apenas continuei em silencio, porém agora me encontrava perto da porta, com minha testa encostada nela.

— Como odeio falar sozinha, e principalmente para uma porta, já pareço uma doida. — exclamou baixo, mas ouvi cada palavra, se formou um sorriso sincero em anos em meus lábios.

Ri com seu comentário e ressorvi abrir minha boca.

— Cuidado com que fala Senhorita Lana, não esquece que eu quem paga seu salário. — quis provoca-la.

— Olha só, ele falou. — senti sua ironia em cada palavra dita. — milagres acontece...obrigado porta por não me deixar falando novamente sozinha.

— Cuidado Lana, portas podem ser perigosas... — meus lábios estavam contido para não gargalhar com suas palavras.

─ Isso é uma ameaça Senhor? — sua voz tinha algo que eu tinha certeza que ela iria adorar um desafio, que neste caso tinha certeza que era eu.

— O que você quer, Lana? — respondi com falso mal humor.

— Como sou uma empregada dedicada, estou cumprindo minha obrigação de verificar se meu patrãozinho vai precisar de mais alguma coisa.

— Não preciso. Pode ir descansar.

─ Até amanhã Ryan.


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Boa Leitura!!! Cláu...Bjos.

Minha FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora