— Ela é gata! - Brian diz se aproximando da maca improvisada onde Clint examinava a garota. — Será que vão vir mais garotas?
— Cala a boca! - Newt exclama repreendendo o garoto e se aproximando da maca. — Saiam todos da tenda, Clint precisa de espaço.
A maioria dos garotos obedeceu às ordens do vice - líder, apenas alguns ainda curiosos continuaram no local. Newt estava nervoso. Era a primeira garota que subia na caixa e ela já havia causado alguns estragos nos rostos de alguns clareanos.
— Já descobriu o que ela tem?
— Não, mas ela não está mais com febre. Isso é bom! Alby…
O líder do grupo da clareira havia chegado e com ele veio algumas soluções e problemas.
— Quem estiver ferido, fique. Os outros, fora! Agora.
Os clareanos que haviam insistido em ficar da primeira vez seguiram para fora da cabana, enquanto comentavam sobre a nova moradora.
— Clint, tire a blusa dela e a coloque para lavar. Limpe o sangue e procure ferimentos que podem ter causado por desmaiado e o sangramento.
— Perai… Eu? - ele questiona. Era a primeira garota que ele cuidava em anos, na verdade, a primeira que ele via.
Ela era bonita. Com seus cabelos longos espalhados sobre a maca, bochechas fartas assim como os lábios. Tinha sobrancelhas escuras delicadas, como se tivessem sido feitas antes de ser mandada pra lá e um corpo pequeno e delicado.
— Você é o médico desse lugar. Eu confio em você! — Alby diz deixando a cabana enquanto era seguido por Newt. — Quantas facas?
Alby e Newt estavam parados em frente a mesa que usavam para separar os mantimentos, sobre ela, várias facas e uma arma.
— 12 facas, uma arma, e um cabo sem lâmina. - Newt responde segurando a arma. Ela estava carregada. — Será que eles mandaram ela pro grupo errado?
Houve uma única vez que a caixa havia sido mandada errada. Todas as coisas que estavam dentro dela tirando comida e utensílios, eram femininos. Foi aí que eles descobriam que haviam outros grupos.
— Acho que não. Desta vez não veio nada errado. A questão agora é se vai mandar mais garotas ou se ela vai ser a única. Em todos esses anos, nunca tinha acontecido isso, nem vir com armas e nem vir uma garota. Tem algo errado. Peça para um dos construtores ficarem de olho nela dia e noite. - o tom de voz de Alby estava diferente, ele transmitia seu nervosismo e medo na voz coisa que nunca acontecia.
— Ok!
Dias e as noites passaram. Toda a questão sobre a garota ainda pairava sobre eles. Nada de anormal tinha acontecido ainda, o que dava um certo alívio momentâneo para eles.
A cada agora uma atualização do estado de saúde dela era passado para Alby. Seus olhos ainda não haviam se aberto em nenhum dos 4 dias que ela estava desacordada depois da sua chegada.
— A febre voltou! - Clint diz assim que Alby aparece na porta da enfermaria. — Não sei o que tem de errado com essa trolha. Não tem feridas expostas, arranhados, nada.
— Tente injetar os remédios pela veia, talvez isso ajude. Vou buscar mais água.
Clint se virou de costas para pegar panos e a água que estava em uma das vasilhas. Ele nem deu atenção aos movimentos minuciosos que a mão da garota estava fazendo enquanto tentava se soltar.
Seus olhos estavam semicerrados e ela analisava as coisas ao seu redor, sentindo seu coração ficar acelerado em seu peito. Ela parou de se mexer quando percebeu que o homem estava voltando com os panos molhados e com a vasilha quase caindo em sua sãos.
Ela reprimiu o gemido surpreso pelo contato gelado em seu corpo quente, sentindo as gotas de água escorrerem por seu tronco semi - nú. Clint parecia na ligar mais estava chegando na zona proibida… Os seios.
Em um gesto rápido ela segurou a mão de Clint e a apertou, ouvindo o garoto gemer de dor pela força ela colocava. Seus olhos se abriram e ela encarou a expressão de dor e de medo do garoto ao seu lado. Ela o empurrou com uma de suas pernas e o fez cair sobre a bancada de instrumentos, que eram poucos, o deixando desnorteado e dando tempo suficiente para ela soltar sua outra mão e se levantar.
Ela caminhou até os objetos e pegou alguns pontiagudos, correndo para fora logo depois. Uma faca surgiu em sua frente segundos depois que ela passou pela porta, um guarda. Ela o encarou por alguns segundos e chutou suas pernas, pegando a faca e dando um chute nas partes baixas do homem que estava se levantando.
A clareira apareceu em sua frente e o tom alaranjado por causa do por do sol apareceu entrou em contato com seus olhos enquanto ela corria até a abertura nos enormes muros que ela havia visto no primeiro dia. Alguns chutes e socos e ela ainda corria, deixando os garotos feridos para trás. Os gritos se intensificaram e ela encarou a grande fenda feita de pedra olhando para trás logo depois. Eles ainda a seguiam.
As portas começaram a se fechar e ela entrou assustada sem saber o que a esperava lá dentro.
— Merda! - Newt exclama passando a mão sobre seus cabelos loiros de forma nervosa.
— Como ninguém viu ela saindo da enfermaria? - Gally questiona.
— Na verdade eles viram, só que foram nocauteados por ela antes de conseguirem fazer algo. - Alby responde soltando uma risada abafada e preocupada. — Vão para o refeitório.
— Ela já era! - muitos diziam.
Alby foi o último a sair dos muros, deixando sua preocupação para trás.
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Beijos e fuiiii
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Salvation |ᵐᵃᶻᵉ ʳᵘⁿⁿᵉʳ- ⁿᵉʷᵗ|
Teen Fiction→FANFIC PT/BR NEWT O mundo tinha entrado em colapso, primeiro as altas temperaturas e depois o vírus o qual ficou conhecido como Fulgor. Ele matava e transformava as pessoas em monstros, se alastrando cada vez mais pelo mundo. O "governo de CRUEL" c...