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0 grupo correu pelos corredores, desviando dos homens armados
e loucos para os pegar. O resto do grupo já estava no lugar marcado e com alguns jovens à mais.

- Eles não vão seguir com a gente!

Os corredores ficaram apertodos e os guardas não paravam de
aparecer atirando com suas armas de choque.

- Abram a porta! - Thomas grita jogando o crachá pra Minho abrir a porta.

Ela se abriu, mas segundos depois começou a se fechar mais uma vez. oma vez, fazendo com que os últimos três garotos correrem o mais rápido que podiam e se jogarem no chão para passarem.

Georgia encarou Jason e engoliu seco, ela se lembrava de quem ele era.

- Vamos!

As dunas apareceram minutos depois, fazendo as garotos tropeçarem em seus próprios passos. Um helicóptero começou
a procura - los enquanto homens subiam as dunas atrás dos garotos, gritando e atirando.

Teresa estava na frente e caiu dentro de um dos prédios, rolando
pela duna de areia e parando ao chegar no cimento. O corpo de Georgia também vacilou e ela se encostou no vidro empoeirado, tossindo e sentindo o gosto de sangue em sua boca. Newt tentou se aproximar e antes de conseguir questionar se ela estava bem, ela caminhou pela parte interna do prédio, parando ao lado de Clint.

O lugar escuro era iluminado pelos lanternas, estava cheio de areia e poeira. Pessoas viviam ali.

- Vou procurar coisas que possam nos ajudar- ela queria ficar
sozinha e entender o que realmente havia descoberto dentro daquela sala. Precisava organizar seus pensamentos.

Ela caminhos para longe com uma das lanternas em mãos e parou
perto de uma cama, onde haviam roupas. Nenhuma servia. Eram roupas de crianças e as de adulto estavam enormes ou rasgadas.

- Conseguimos nossas mochilas de volta - Newt diz. - Suas roupas
estão aqui!

- Obrigada!

- Ei! - Newt a segurou pela cintura e ajeitou seus cabelos, os colocando atrás da orelha, deixando carinhos em sua bochecha e logo depois um beijo em seus lábios - Precisa de alguma coisa? Está sentindo algo?

- Sozinha, quero ficar sozinha.

- Tudo bem - ele se solta - Se precisar de algo, pode me dizer.

Ele se afastou e Georgia se sentou na cama velha encarando
a mochila em suas mãos e logo depois o teto que havia se ilumando. As risadas de comemoração se iniciaram e segundos depois gritos altos e barulho nas grades.

- Que porra é essa? - eles exclamam.

- Os olhos dela, eles... eles foram queimados.

O corpo de Newt vacilou e ele caiu no chão levando um dos
garotos junto. Lembranças.

- Newt? - eles o chamam. - Newt?

- Minha mãe, minha...mãe...

Georgia escarou o corpo da mulher se aproximou, pousando
a mão sobre a grade. A mulher avançou sobre ela e Georgia
tocou seus olhos queimados, sem medo.

- Não é ela! - ela se lembrava do rosto dos pais de Newt se
lembrava da dor deles. - É outra pessoa... uma que eu também
matei.

O som de grunhidos e passos começou e os garotos encaram a grade, vendo corpos e mais corpos se amontoarem. Velhos, mulheres, homens e crianças.

- Corram!

0 grupo de cranks arrancaram as grades, correndo atrás do
grupo, se amontoando em cima um dos outros, tentando alcançar o grupo que corria pelo corredor e logo depois pelas escadas
rolantes. Clint gritou e Georgia jogou sua foca contra o marto.
que tentave o morder.

Os vidros quebraram a cada morto que se jogava contra eles, até
um acertar Newt, o deixando dependerado e com as mãos sangrando. O coração de Georgia travou e ela chutou os mortos que tentavam se aproximar do grupo. As facadas e balas acertavam eles, enquanto Thomas, Caçarola e Minho puxavam Newt para cima.

- Vão! - ela grita.

Newt a puxou, segurando sua mão enquanto ela corria atrás
deles.

Um pequeno corredor cheio de portas. Era a salvação ou a morte deles.

- Abre - eles gritam coreendo e tentando abrir aquelas portas.
Haviam apenas mais duas e Clint procurou a arma e atirou as primeiras vezes, matando os mortos que estavam na frente.

- Entrem!

Uma velha garagem apareceu e os garotos se colocaram a correr, até os gritos de Clint os fazerem parar. O corpo de Georgia também reclamou e ela caiu ao lado do carro, sozinha enquanto os outros ajudavam o enfermeiro/médico. Ela vomitou sangue e se
remexeu, sentindo picadas em seu corpo.

Caçarola a puxou para cima e correu segurando corpo da garota.

- Fica acordado! - ele pede vendo a porta de saída.

- O que ela tem? - Newt grita ajudando a carregar Clint.

- Ela vomitou sangue, merda...ela ainda e está vomitando sangue.

A roupa branca do garoto se manchou de sangue, assim como
a calça de Caçarola. Os olhos de Newt se arregalaram ele
encarou por alguns instantes a garota, ela estava com os olhos
brancos, com uma gosma acinzentada escorrendo por seu nariz.

- Precisamos parar. - ele grita.

- Não podemos, não até sair daqui. Essas coisas não vão nos deixar em paz.

As dunas de areia aparecerom segundos depois e eles pararam no
meio do nada.

Clint estava sangrando como se fosse uma bolsa estourando e jogando fluidos para todos os cantos. Georgia não estava
diferente, como gritos de dor, os gemidos, o sangue acinzentado.

- Georgia? - as mãos geladas de Newt tocaram o rosto da
garota e ela o encarou com aqueles olhos leitosos.

- Tem alguma coisa errada comigo...eles fizeram
isso.comigo. Vi quando injetaram aquelas - ela vomitou mais uma
vez - aquelas injeções em mim.

- Você precisa tomar alguma coisa, talvez se...

- Não, dê a minha parte pro Clint e cuide de seus cortes. - ela responde se levantando e caminhando até o alto da duna. Seus cabelos voavam e seus olhos ardiam.

Ela tinha descoberto tantas coisas ruins e não podia contar para
ninguém pra não ser taxada de louca mais uma vez. Ela limpou a boca com as costas da mão e suspirou pesado caindo de joelhos sobre areia. Era tudo culpa dela. Tudo. Cada vez que os garotos se machucavam, ela sofria também, era como se ela estivesse ligada a cada um deles.


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Salvation |ᵐᵃᶻᵉ ʳᵘⁿⁿᵉʳ- ⁿᵉʷᵗ| Onde histórias criam vida. Descubra agora