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O corpo de Newt estava coberto por hematomas, o corte fundo feito pela pedra precisaria de pontos, os quais não iriam ser feitos naquele momento. Seu olho esquerdo estava roxo e inchado. O gosto de sangue e vômito ainda tomava conta da sua boca quando Gally entrou na enfermaria.

— O canal está feito. Os animas estão juntos. Alguém teve trabalho a noite.

Newt passou a língua sobre os lábios se levantou e vestiu a camisa.

— Quando Minho voltar com as coisas, eu dou os pontos nesse corte. - Jeff fala guardando os curativos que não haviam sido usados.

— Ok.

Newt seguiu pela clareira até chegar na cabana de Georgia. Estava vazia.

— A floresta - ele pensa caminhando apressadamente por entre as árvores.

Ele costumava ficar observando ela durante a noite, era um dos seus passatempos favoritos. O lugar onde ela costumava ficar estava vazio, até os troncos de árvore que ela usava para treinar estavam lá empilhados.

— O que faz aqui? - Chuck questiona.

— Procurando aquela trolha. - ele responde passando a mão sobre os cabelos.

— Você gosta dela? - Newt engoliu seco e encarou o garoto tentando esconder o sorriso que queria aparecer em seu rosto. — Ah! - Chuck grita alegre pulando sobre Newt — Você gosta dela.

— Eu não gosto dela Chuck, não seja bobo. Quem iria gostar daquela esquentadinha que só sabe entrar em furadas?

— O Brian gosta dela, pelo menos é o que parece.

— Ele só quer levar ela para… esquece você é muito novo para isso.

— Mas ele teve iniciativa. - Chuck diz saindo —  Pede para ela te treinar. Ela parece gostar de você. 

Chuck deixou Newt para trás e caminhou até os Jardins pegando um dos cestos e começando a colher as verduras. Ele sorriu quando viu Newt correr para perto dele e parar ao seu lado.

— Aquilo que você disse… você acha que ela gosta de mim?

— Mais é claro que sim. Ela ficou super preocupada com você ontem, tem lembranças com você. Chama ela para sair, treinar na floresta, sei lá.

As batidas do coração de Newt estavam acelerados e ele sentia uma certa alegria e nervosismo na boca do estômago, as tão famosas borboletas.

O Grito alto do verdugo fez com que Georgia se apressasse em recolher os instrumentos médicos espalhados no chão. O som das garras metálicas batendo contra o cimento chamou a atenção de Minho e de Ben que procuravam a mesma coisa que a garota, a diferença era que ela sabia onde estava.

Alto, fedido e feio,  o monstro metálico apareceu atrás de Georgia segundos depois a fazendo ocorrer sem rumo pelos corredores. Outro apareceu em sua frente quando ela virou, a fazendo parar no meio do caminho. Talvez fosse o mesmo.  Logo atrás do monstro, Minho se virava correndo vendo verdugo parado no meio do caminho. O barulho da chegada do garoto chamou atenção do bicho que pareceu se esquecer de Georgia.

— Ei! - ela grita tacando um pedaço de madeira no enorme bicho — Ei!

O verdugo se ele se virou batendo uma de suas patas  metálicas em Georgia. Ele a encarou começando a caminhar em direção ao corpo caindo da garota que se levantava sentindo seu corpo doer.

— Corre Minho! Corre!  -  ela grita correndo enquanto sentia suas costas doerem ainda mais.

Minho e Ben estavam com caminho livre para chegar a clareira e correr pelos corredores. Minho ainda não estava acreditando que os verdugos estavam soltos, era dia.

Outro grito alto cortou a clareira me chamando atenção dos clareanos que estavam em seus trabalhos. Minho estava chegando no portão.

— Ela...ela está lá. - ele diz se jogando no chão.

Georgia errou ao escolher o corredor que havia acabado de entrar. Estava sem saída e com dois verdugos atrás dela. Ela encarou as plantas que desciam pela parede e começou a subir, sentindo seus braços queimarem um pouco, mais nada era comparado a dor que vinha de suas  costas.

Ela se levantou e correu pelos espaços, antes de pular contra o muro e cair no chão, sentindo não só suas costas, mas seu corpo inteiro doer. O verdugo caiu ao seu lado, fazendo ela rolar para longe e se levantar correndo mais uma vez.

O sol tocou o corpo de Georgia e ela ouviu o som das garras dos verdugos desaparecer, eles estavam se afastando.

— Graças a Deus! - ela fala de sentando no chão iluminando pelo sol e fechando os olhos.

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Salvation |ᵐᵃᶻᵉ ʳᵘⁿⁿᵉʳ- ⁿᵉʷᵗ| Onde histórias criam vida. Descubra agora