Salvation |ᵐᵃᶻᵉ ʳᵘⁿⁿᵉʳ- ⁿᵉʷᵗ|

23

No dia seguinte

      Minho e Alby haviam entrado no labirinto no amanhecer, deixando Newt como líder e Gally como vice. A chuva não havia cessado desde a madrugada anterior, o que dificultou a maioria dos trabalhos dos garotos.

     Enfermaria estava enfrentando com a chuva, algumas partes estavam goteirando incessantemente. Eles haviam levado às macas todas para um mesmo canto, onde não estava molhando.

    O almoço estava sendo servido e Thomas não parava de falar sobre entrar no labirinto, dizendo que eles poderiam estar precisando de ajuda..

— É  quebrar as regras — Newt exclama pela segunda vez  — Ninguém entra no labirinto.

— Aquela garota, Georgia, ela já entrou e não foi punida.

— São situações diferentes fedelho. — Newt diz se aproximando - Ninguém entra no labirinto.

   Thomas levantou suas mãos em rendição e se afastou.

   Georgia se remexeu sobre a maca de forma desconfortável. Ela se sentiu observada mesmo não ouvir no nenhum barulho ao seu redor. Seus olhos se abriram e ela se viu sozinha - como imaginava - porém a sensação não desapareceu.

    Um ponto vermelho preso na parede chamou sua atenção e ela se levantou da maca, passando por todas as outras macas e puxando as cadeira para perto da parede. Sua mão passou sobre a luz vermelha, seus punhos socaram a parede até ver os fios - que não deveriam estar ali - e os puxarem jogando o cilindro no chão.

— O que? — Clint exclama.

    Georgia se abaixou e pegou o objeto, a sensação vinha dali, era o que causava toda aquela onda de pavor e mal estar.

— Eles estão nos observando com essas merdas!  — ela exclama jogando o objeto com ainda mais força no chão e o vendo se quebrar.

— Do que você está falando?

— São câmeras. Eles nos manipulam. Estão nos observando.

     Clint levou suas mãos até o rosto da garota e encarou seus olhos. Pupilas dilatadas.

— Como você sabe disso? Como sabe que tem alguém nos observando?

— Meus sonhos, as lembranças...São um teste, eles estão nos atendendo. Nós colocaram aqui para...

— Sobre o que você está falando? — Newt questiona entrando na enfermaria e encarando a bagunça no chão — O que são essas coisas?

— Estamos em um teste, Newt. Tudo isso é  um teste.

     Todos os garotos encaravam Georgia de forma assustada. Primeiro as lembranças, depois a caixa no chão da floresta, agora aquilo, aquela câmera.

— Por favor, acredita em mim! — ela pede com os olhos cheios de lágrimas prontas para caírem.

— Não tem como. Tem anos que a gente está aqui, nunca vimos nada de anormal, aí você chega e... — Newt diz. Ele estava falando o que pensava, sem perceber que aquilo estava machucando Georgia mais uma vez.

— Ok! — Georgia limpou as lágrimas e puxou uma blusa que estava sobre uma maca próxima e saindo.

— Little...

— Não me chama assim! — ela pede.

     Chuck surgiu em sua frente e a abraçou, dizendo que havia ficado com medo de a perder. Georgia abraçou de volta e chamou Chuck para a ajudar na colheita de tomates, mesmo debaixo da chuva eles precisavam colher os mesmo.

— Vamos ficar esperando Minho e Alby na entrada da porta principal. Eles podem chegar a qualquer momento então...

— Tudo bem. — ela exclama — Só que essa chuva tem que parar.

— Ela vai, você vai ver!

    A tarde estava caindo quando os garotos se aproximaram nos portões, esperando por Alby e Minho. Ninguém tinha trabalhado com a cabeça no lugar desde cedo, eles só pensavam na demora deles.

    Newt passou em frente a Georgia e viu a garota revirar os olhos para ele, o fazendo engolir seco e continuar a caminhar para longe dela.

    O som estridente dos muros começou, e no exato momento, Minho e Alby apareceram virando no corredor. Tinha algo errado. Alby estava desmaiado e não teria tempo pra mais nada.

    Thomas engoliu seco, sentindo o coração disparar e a adrenalina tomar conta de seu corpo.

— Não! — Georgia grita se levantando e tentando segurar Thomas.

Georgia dando uma de louca kkkk, Newt mais uma vez falando as coisas sem pensar e tudo se resumindo a merda que está por vir.

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