Salvation |ᵐᵃᶻᵉ ʳᵘⁿⁿᵉʳ- ⁿᵉʷᵗ|

33

No dia seguinte

Georgia não havia conseguido dormir, havia passado a
noite toda rolando na cama e andando pelo quarto. Teresa
não havia acordado, o que lhe deu um enorme alivio. Ela não entendia a razão, mas não confiava em Teresa, nem um pouco sequer.

Seus dedos batucavam a mesa de metal em sua frente
enquanto os garotos conversavam com os outros jovens,
contando na como haviam chegado al e o que acontecia enquanto moravam ali. Havia uma acadamia, uma área de jogos e os dormitórios - os quais eles já sabiam onde eram - e havia também uma ala proibida para os jovens, apenas os "funcionarios" entravam e saiam.

- Eu não confio neles - ela diz chamando a atenção dos garotos.

Ela não se lembrava dos testes e exames que haviam
feito nela no dia anterior, não se lembrava de nada antes de acordar em sua cama na noite anterior. Absolutamente nada.

Eram em corredores como aqueles que ela se via correndo e beijando Newt.

Newt se levantou e caminhou para o outro lado da pegando a mão de Georgia e se sentando ao lado dela. Um beijo casto foi
deixado sobre os lábios dela e ele lhe fez carinhos em seu rosto.

- Eu amo você - ele confesa nervosamente.  - Vai ficar tudo bem,
vamos todos ficar bem.

- Tenho medo deles.

Jason entrou sala e encarou todos garotos e garotas.  Era hora de uma nova seleção. Um frio subiu pela espinha da garota e ela se remexeu desconfortável sobre o banco.

- Athena - uma garota loira se levantou - Max- outra
garota se levantou, uma de cabelos cortos - Jacob - um garoto
negro deixa a mesa ao lado deles comemorando - Georgia e Spencer.

Georgia se encolheu no banco e apertou a mão de Newt.

- Georgia? Vamos! - Jason chama mais uma vez.

- Dou minha chance pra outro!

- Eles vão for a chance deles, vamos!

- Vai ficar tudo bem!-- Newl fala uma última vez.

Georgia encorou sua família e se afastou, caminhando para
perto do homem que lhe causava lembranças ruins. Cada parte de sua vida, pelo menos em sua maior parte, ela sentia medo, não se sentia segurava e não confiava nas pessoas. Será que tudo tinha uma razão?

Outros garotos foram chamados e eles foram levados para
fora do refeitório. 6 homens fortemente armados os conduziam
pelos corredores claros e vazios. Sem nenhuma conversa.

Sua respiração falhou e ela ouviu gemidos atrás de si. Seu
olhar assustado encarou os corpos dos garotos  e garotas caídos
no chão.

- Mais que porra! - Jacob que estava na frente de Georgia
exelama, encarando um dos soldados avançar com uma agulha para cima deles.

Georgia o chutou, fazendo o corpo do homem combalear
para trás. Três passos rapidos lhe renderam um salto perfeito
e um chute na mandíbula de outro dos soldados.

- Corre! - ela diz a Jacob.

Os soldados avançaram ainda mais para perto dela e
tentaram lhe acertar com os tiros de choque e agulhadas, recebendo em troca narizes sangrando, vários hematomas e machucados profundos.

Ela sabia onde bater, sabia como acabar com eles e aquilo não era nem um pouco parecido com a luta que ela teve no seu primeiro dia na clareira.

- Me solta! - ela grita batendo sua cabeça na do homem atrás de si.

O aperto forte não atrapalhou. Seus pés se enroscaram nas pernas do homem e em instantes ele estava no chão com a cabeça sangrando e com uma arma aponta para ele.

- Vai pro inferno! - ela exclama atirando. Sem rumo ela correu pelos corredores, trombando com os médicos e outros homens.

- Newt!  - ela grita chegando próxima as portas do refeitório - Newt, Tommy!

Sua boca foi tampada e seu corpo foi puxado para trás.

- Fica quieta! - o corpo de Georgia ficou mole e ela caiu em
uma completa escuridão. - Levem ela para a ala que separamos para eles, quero todos prontos em trinta minutos.

- Ei cara, o que foi?- Minho questiona.

- Eu juro que ouvi Georgia me chamando. -  Newt conta olhando para a porta de entrada do refeitório.

- Já está com saudade?

- Sem brincadeira Minho, eu não estou imaginando coisas. Eu realmente ouvi. - o peito de Newt estava disparado e ele se sentia angustiado.