Salvation |ᵐᵃᶻᵉ ʳᵘⁿⁿᵉʳ- ⁿᵉʷᵗ|

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F A S E   2

Quando o helicóptero pousou sobre o heliporto horas mais tarde, os garotos foram puxados para fora do mesmo e levados pelas enormes dunas de areia do deserto.

O som dos tiros os assustaram, lhes fazendo encolher seus corpos antes de serem empurrados para dentro daquele enorme edifício. Georgia olhou para trás e viu os corpos caindo.

- Quem são aquelas pessoas? - Thomas questiona.

- Porque estão atirando nelas? - Georgia pergunta parando no meio do caminho. - Por quê?

- Sem perguntas garota, agora só ande.

Eles forma empurrados para dentro de uma sala e viram a porta se fechar.

- Comam e tomem um banho!  - um dos homens grita do lado de fora enquanto seus passos se afastavam.

A luz se acendeu e uma mesa repleta de comidas apareceu em frente a eles, fazendo os garotos comemorarem e atacarem a mesa.  Georgia se serviu calmamente e se sentou longe do grupo.

Gally, Chuck e os outros podiam estar ali com eles agora. As lágrimas rolaram por seu rosto e ela se encolheu deixando
o prato de comida de lado e tentou não pensar neles ou em como eles morreram.

- Acham que devemos e podemos confiar neles? - Newt questiona encarando Georgia, que ainda estava sentada no chão, longe do grupo.

- Eles nos deram comida, um teto, temos roupas limpos - Caçarola
diz apontando para o amontoado de roupas no canto do lugar  - Deviamos dar um voto de confiança.

As risadas altas incomodaram Georgia e ela jogou seu prato
no chão, chamando a atenção dos garotos. Ela sentia raiva deles.

- Eles morreram - Georgia grita - Morreram e vocês agem como
se nada tivesse acontecido, como se Chuck, Gally, Alby Adam tantos outros tivessem em aqui com a gente. Como se não tivéssemos visto eles morrerem em frente aos nossos olhos. Nenhum lugar é seguro, nenhum ser humano é bom. Parem de agir assim!

Ela deixou a sala e seguiu para o banheiro, retirando sua
roupa e entrando debaixo da ducha quente. O único lugar que ela podia chorar sem que fosse atrapalhada por alguém.

- Ela tem razão - Clint começa - Nossos amigos morreram e nós
estamos comemorando, só porque temos comida e um teto? Eles foram tirados de nós. Não podemos confiar neles, nem vimos quem comanda o lugar, ninguém nem sequer falou com a gente depois que saimos daquele laboratório, depois que deixamos nossos amigos, só fomos jogados de um lado pro outro.

- E o que quer dizer com isso? - Teresa questiona.

- Tomar cuidado, com tudo.

Os garotos pouco a pouco a sala, seguindo para os banheiros. Teresa seguiu para o banheiro feminino e engoliu seco ao encontrar Georgia de costas para ela, com suas cicatrizes expostas. 

- Será que ela está bem? - Newt questiona, olhando para a parede embaçada e molhada em sua frente.

- Georgia? - ele concorda - Acho ela está com medo e
aposto que se sente culpada pela morte de Gally e Chuck. - Thomas responde lavando seus cabelos.

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Todo o grupo estava sendo levado para o enorme refeitório. Jason, o líder do lugar levava eles enquanto lhes contava sobre o lugar onde iriam morar.

O o coração de Georgia estava apertado, sua tempora estava
suada e quando ela menos esperos, um flash rápido e doloroso
passou por seus olhos a fazendo parar de repente e colocar suas mãos no rosto.

- Georgia? - Teresa exclama fazendo o grupo parar. - Você...

- Não toca em mim. - Georgia se afastou do toque da
garota e encarou o lugar mais uma vez antes de seguir em direção
a enfermaria.

Ela sabia para onde queria ir, o que fez Jason balançar sua cabeça e sorrir para alguns de seus homens.

- Sigam - a, vocês vão passar por exames e receber vitaminas, vocês não tinham muitas coisas no labirinto. Queremos vocês bem.

Cada garoto e garota foi destinado a uma pequena ala daquele lugar. Os olhos castanhos de Newt deixaram seu braço, onde a enfermeira colocava a agulha e viajaram até onde
Georgia estava sentada. Seu rosto abatido, machucado e um
pouco vermelho lhe fazia sentir vontade de a abraçar, mas
ela não queria contato.

A medica negra pedia para a garota respirar fundo e soltar a respiração logo depois. A conversa entre as duas
era curta em todas as tentativas da médica saber o que ela - Georgia - sabia e o que ela se lembrava.

Um sorriso fraco escapou dos lábios de Newt quando Georgia o encarou também, respondendo ao fraco sorriso com outro.

-Pode retirar a blusa?

Georgia se levantou e puxou a blusa sobre pela cabeça. Seu machucado mais recente, sangrava e suas cicatrizes estavam expostas.

- Vou buscar uma pinça, retirar o caco e costurar. - a médica diz.

- Não precisa costurar.

A médica balançou a cabeça e procurou uma de suas pinças. Georgia não queria contato com nenhum deles, não queria ficar dentro daquele lugar frio e que lhe trazia péssimas lembranças.

- Vocês vão poder se juntar aos outros para o verdadeiro
jantar - Jason exclamo - Georgia, Teresa e Thomos, precisamos de mais exames. Antes, eu preciso conversar com você
Thomas.