"Assim que você confiar em si mesmo, você saberá como viver."
- Johann Wolfgang von Goethe
Pensar demais em coisas banais nunca foi algo do meu feitio, principalmente coisas que podem me afetar negativamente. Era tão fácil ignorar comentários e situações desnecessárias em prol da minha paz mental e um sono de qualidade. Então por que me sentia diferente dessa vez?
- Yuta, se quer fazer desse jeito, faça. Você nunca se importou com o que os outros pensam mesmo. - Ten comentou naturalmente, concentrado em ajeitar a parte bibliográfica do trabalho e em resposta, Sicheng o olhou incrédulo.
Não houve maldade em sua fala, muito menos intenção de ser uma crítica, mas sim um incentivo. E mesmo sabendo disso, me senti atingido de outra forma ao lembrar mais uma vez da conversa que tive com a garota há alguns dias.
Winwin, mesmo não fazendo parte do nosso trabalho estava lá para nos ajudar. O garoto adorava se ocupar e ajudar com coisas nossas quando estava livre e sem nada de muito importante para fazer.
- Então... Isso me torna egocêntrico? Eu não me importo com os outros? - Acabei por pensar alto, perguntando sem intensidade e direcionamento.
Por outro lado, faltava pouco para o chinês reclamar com o tailandês, que só então percebeu a dualidade no que dissera.
- Não foi isso que eu quis dizer, não leve isso como uma ofensa. - Ten corrigiu simplório tirando os olhos do computador por alguns segundos.
Sicheng revirou os olhos dando continuidade:
- Porra Ten, ele já tá paranoico o suficiente esses dias e você ainda me solta uma dessas.
Não me importar muito com o que os outros pensam, antes de agir, era algo ruim? Por que agora que estou me preocupando, me sinto tão angustiado?
Independente da resposta, estava odiando essa sensação.
- E agora eu tenho culpa das paranoias dele? Vou adivinhar o que passa nessa cabeça se ele não fala? - Questionou diretamente ao mais novo.
- Ah mas é um caralho mesmo viu Chittaphon.
A feição do tailandês assombrou-se logo em seguida, respirando fundo antes de falar.
- Eu já disse que não quero ouvir vocês falando palavrão, caralho, é tão difícil entender?
- Mas você também fala e não é pouco. - Aquela voz feminina e despreocupada fez com que nós três olhássemos na mesma direção.
Nesses últimos dias _________ andava mais próxima de nós. Estava mais aberta a brincadeiras e de vez em quando conseguia tirar sarro de nós sem se importar se éramos veteranos. Nem nós mesmos nos importávamos.
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The Church 》 Nakamoto Yuta
FanfictionPara Nakamoto Yuta, confiança nunca havia sido um problema. Observador e eloquente, o jovem universitário leva uma vida comum no estrangeiro. Uma autoestima inabalável, cercado por ótimos amigos e querido por quase todos, acostumado a ser agraciado...