IV - (In)Segurança

1.6K 181 241
                                    

"Assim que você confiar em si mesmo, você saberá como viver."

- Johann Wolfgang von Goethe

Pensar demais em coisas banais nunca foi algo do meu feitio, principalmente coisas que podem me afetar negativamente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pensar demais em coisas banais nunca foi algo do meu feitio, principalmente coisas que podem me afetar negativamente. Era tão fácil ignorar comentários e situações desnecessárias em prol da minha paz mental e um sono de qualidade. Então por que me sentia diferente dessa vez?

- Yuta, se quer fazer desse jeito, faça. Você nunca se importou com o que os outros pensam mesmo. - Ten comentou naturalmente, concentrado em ajeitar a parte bibliográfica do trabalho e em resposta, Sicheng o olhou incrédulo.

Não houve maldade em sua fala, muito menos intenção de ser uma crítica, mas sim um incentivo. E mesmo sabendo disso, me senti atingido de outra forma ao lembrar mais uma vez da conversa que tive com a garota há alguns dias.

Winwin, mesmo não fazendo parte do nosso trabalho estava lá para nos ajudar. O garoto adorava se ocupar e ajudar com coisas nossas quando estava livre e sem nada de muito importante para fazer.

- Então... Isso me torna egocêntrico? Eu não me importo com os outros? - Acabei por pensar alto, perguntando sem intensidade e direcionamento.

Por outro lado, faltava pouco para o chinês reclamar com o tailandês, que só então percebeu a dualidade no que dissera.

- Não foi isso que eu quis dizer, não leve isso como uma ofensa. - Ten corrigiu simplório tirando os olhos do computador por alguns segundos.

Sicheng revirou os olhos dando continuidade:

- Porra Ten, ele já tá paranoico o suficiente esses dias e você ainda me solta uma dessas.

Não me importar muito com o que os outros pensam, antes de agir, era algo ruim? Por que agora que estou me preocupando, me sinto tão angustiado?

Independente da resposta, estava odiando essa sensação.

- E agora eu tenho culpa das paranoias dele? Vou adivinhar o que passa nessa cabeça se ele não fala? - Questionou diretamente ao mais novo.

- Ah mas é um caralho mesmo viu Chittaphon. 

A feição do tailandês assombrou-se logo em seguida, respirando fundo antes de falar.

- Eu já disse que não quero ouvir vocês falando palavrão, caralho, é tão difícil entender?

- Mas você também fala e não é pouco. - Aquela voz feminina e despreocupada fez com que nós três olhássemos na mesma direção.

Nesses últimos dias _________ andava mais próxima de nós. Estava mais aberta a brincadeiras e de vez em quando conseguia tirar sarro de nós sem se importar se éramos veteranos. Nem nós mesmos nos importávamos.

The Church 》 Nakamoto YutaOnde histórias criam vida. Descubra agora