XII - Aquilo que se ama

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Leiam com bastante sentimento cada frase :)

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Estava mais desconfortável do que nunca, isso era inegável. 

Tudo parecia mais frio e o ambiente extremamente úmido, mesmo que naquele andar as coisas estivessem bem mais arrumadas do que sempre imaginei. Na minha cabeça esse lugar era tão assustador quanto os primeiros andares, sujo e cheio de coisas quebradas e abandonadas. Claro que não era a coisa mais linda e admirável do mundo, mas ainda era... Aceitável. 

Esse andar, por ter um estacionamento, era diferente dos outros. Suas salas ficavam apenas na primeira sessão, depois da escada e terminava assim que o primeiro elevador aparecia. Onde deveria haver carros, tinha apenas um amplo espaço vazio e por conta da falta de luminosidade natural, as lâmpadas já estavam acesas por conta do sensor. 

Rina sugeriu sair daquele ambiente frio e ir para o anfiteatro que ficava no último corredor que se seguia no fim da escada. 

- Certo, o que fazem aqui? - Jaehyun tomou a iniciativa que quase foi tomada pela canadense. 

- O Ten veio resolver umas coisas na secretaria e encontramos a __________ vindo para cá. - Tentei soar o mais tranquilo possível, mas estava difícil. 

Eu, Johnny e Chittaphon estávamos sentados na ponta do palco, enquanto os outros nos encaravam dos bancos.

- E como ela mentiu sobre estar indo para a casa de uma amiga, - Ten continuou minha fala, de braços cruzados - queria entender o que estava acontecendo aqui.

Seu sorriso era tão delicado quanto o Sicheng no telefone mais cedo. 

__________ surpresa pela "repreensão", desarmou a expressão de dona da razão e olhou para o chão.

- Eu já disse que o que faço não... 

- É da nossa conta sim. - Agora foi a vez de Johnny de continuar, mais suave que o outro – Depois de todo esse drama que passamos, não acha que deveria ser mais franca conosco? Como podemos confiar em você desse jeito? 

Ela não negou e nem expressou nada. Taeyong estava de canto ainda evitando me olhar, ao mesmo tempo parecia pensativo, ainda sem interferir na conversa. Parece que no fundo, sabia que Johnny tinha razão. 

- Minha vida pessoal não tem nada a ver com vocês. - Fechei os olhos com força e suspirei pesado imaginando o que aconteceria em seguida. 

- Tem, a partir do momento que você age de maneira suspeita. O que tinha de tão ruim em falar a verdade sobre ficar com seus amigos? Por acaso estão escondendo algo de nós? - O tom de voz do tailandês ainda era controlado, mas se continuasse assim, não duraria muito. 

- O que quer dizer com isso? - Doyoung, que até então estava quieto, perguntou de braços cruzados e escorado na cadeira. 

-Você sabe o que eu quero dizer. - Ten respondeu petulante, com aquele mesmo sorriso. -Vocês sempre agem de maneira suspeita, vivem se enfiando nesse prédio que ninguém deveria usar, e ainda querem que eu acredite que não tem nada rolando? Quem me garante que o que aconteceu com os meninos não tem dedo de vocês?! - Olhei surpreso para o mais novo, ao mesmo tempo que Taeyong.

Isso era uma acusação muito séria para ser feita assim.

-Ten para... Isso não faz sentido. -Johnny tentou amenizar o clima segurando-o pelo braço na tentativa de tirar o olhar dele de cima de Taeyong, que retribuía na mesma intensidade.

- Quem mente uma vez mente sempre. - Ten olhou feio para Taeyong, que suspirou e fechou os olhos. 

- Se controla. - A voz de Johnny veio tão firme dessa vez que até eu me surpreendi. 

The Church 》 Nakamoto YutaOnde histórias criam vida. Descubra agora