Não consigo olhar para você

26 2 0
                                    

- Sua mãe está lá fora, se importa se....

-Eu quero ver ela. A garota afirmou tentando dar seu melhor sorriso. O homem suspirou alto e caminhou para o lado de fora, aonde Grace chorava descontroladamente depois de escutar o diagnóstico do médico. Taylor havia aprendido a suprimir sua dor durante situações difíceis e sabia que Stacy precisava de alguém que fosse forte com ela naquele momento.

                       Grace entrou no quarto junto com Luísa e os quatro ficaram conversando por algumas horas, Luísa interrompeu o trabalho da enfermeira e ela mesma alimentou Stacy.
             Apesar de toda a tristeza e choque que estava sentindo, a garota quis ver os amigos, precisava vê-los. Alguém deveria saber muito mais do que o pai lhe contara.  Todos mantinham uma expressão de dor e pena, que só fez o estômago de Stacy revirar ainda mais, ela sequer tinha tido coragem para perguntar alguma coisa a alguém quando Julie surgiu no quarto. A garota lhe sorriu fracamente e pegou sua mão com carinho.

-Tive que esperar tanto para te ver acordada de novo... Julie sussurrou acariciando os cabelos de Stacy com cuidado. - Apesar de tudo... Como está se sentindo?

-Incompleta. Ela sorriu torto em puro desgosto e respirou fundo. - Pode me fazer um favor?

-O que quiser. A amiga concordou prestando atenção em Stacy. - O que precisa?

-Vá ao AA e descubra se Gabriel esteve indo às sessões... Eu preciso saber. A garota falou olhando para as paredes de modo distante. - Pode me contar o que aconteceu comigo? Eu me lembro de ter visto a moto dele...

-Tem certeza que quer ouvir isso? Julie ergueu a sobrancelha se lembrando do que vira no noticiário, a qualquer momento ela iria saber, poderia pedir que uma enfermeira ligasse a TV e de repente suas respostas estariam ali, de modo frio e cru.

-Se pudesse me contar, seria ótimo. Ela disse em um tom seco prestando atenção à sua amiga.

-Ele estava em uma corrida de racha. Os exames que fez assim que chegou no hospital indicaram que ele e o motorista da van estavam alcoolizados quando causaram o acidente passando o sinal vermelho. Ele foi expulso do time... E o cara da van está preso. Aparentemente tinha mais álcool no sangue, só que Gabriel não está totalmente livre disso. Principalmente pelo racha.

-Racha? Stacy perguntou incrédula e sorriu irritada. - Eu pensando que ele bebia com os garotos do time, mas era bem mais pior...

-Não deveria remoer isso agora. Eu... Acho melhor descansar... Ela falou ao mesmo tempo que a porta se abriu e os garotos entraram todos usando roupas estranhas. 
           Stacy forçou um pouco o pescoço para ver o que estava acontecendo. E de repente, ali em meio ao seu quarto, eles haviam improvisado uma peça com uma música que ela sequer lembrava de ter escutado. Os olhos de Stacy se encheram de lágrimas ao mesmo tempo que sorria e as palavras de Malee lhe vieram à cabeça.  Ele se vestia como personagens de mitologia grega e surgia no quarto dela com o violão quando Thai não conseguia dormir.
Julie sorriu admirando todo aquele esforço dos garotos e todos saíram deixando Stacy e James sozinhos. Ele ainda estava com o violão nas mãos quando ela lhe fez sinal para que se aproximasse da cama.

-Obrigada por isso.

-Estarei aqui sempre que precisar. James confessou lhe dando um beijo na bochecha. - Eu vou indo... Me disseram que você precisa descansar.

-Se importa de ficar? Eu não vou conseguir dormir mesmo. Ela deu de ombros vendo-o concordar enquanto encarava seu violão, começando a tocar outra música. Uma que ela conhecia bem. Os olhos de Stacy se encheram com mais lágrimas, mas ela seguiu prestando atenção nos acordes,  encarando James enquanto ele a olhava em completo silêncio.

-Quer que eu vá? Ele ergueu a sobrancelha deixando seu violão de lado.

-Me conta uma estória James? Como fez com Thai... A garota pediu segurando a mão dele nas suas e o rapaz concordou com um sorriso no rosto, tirou algo do bolso, como se adivinhasse que ela pediria aquilo.

-Sua sorte é que sempre tenho algo no bolso. James falou sorrindo e começou a ler para Stacy, que mesmo não sendo grande fã de mitologia ficou acordada até a metade da estória, caindo em sono profundo antes do final.


- Como ela está? Grace perguntou já um pouco mais calma e o garoto apenas lhe sorriu fracamente.

- Está bem. Acabou de dormir. Eu vou para casa... Amanhã volto. Ele falou recebendo agradecimentos dos pais da garota e partiu para casa.

           Quando chegou em casa, a mente de James estava preenchida por Stacy e aquele acontecido. Ele sabia que Gabriel deveria estar se sentindo péssimo naquele momento, mas havia perdido toda sua razão quando viu a expressão no rosto de Stacy. O garoto sentou em meio à sala escura e ficou ali encarando o nada, tentando imaginar o que poderia fazer por ela.

No dia seguinte, o time das Red Devils juntamente com o treinador Byron visitaram Stacy. Até mesmo Woods que costumava ser odiosa se sentiu tocada pelo que acontecera a colega de time.

- Nós trouxemos uma coisa para você. A garota falou com um sorriso fraco no rosto e entregou uma placa de ouro com o nome dela e título de melhor jogadora da temporada.

- Parece que vou guardar isso como uma última lembrança. Ela sussurrou pegando a placa nas mãos e admirou seu nome e a posição no campo. – Sinto muito por abandonar o time assim.

- Você sempre vai ser do time. Terrie falou segurando a mão da amiga. – As Red Devils sempre terão seu nome estampado lá na parede principal.

– O diretor te ofereceu uma vaga em qualquer outro curso que quiser. Sempre estaremos com as portas abertas para você Curtis. O treinador disse de modo emocionado fazendo a garota sorrir.

- Obrigada por virem. Obrigada por me acolherem no time e me deixarem fazer parte das Red Devils. Espero que façam coisas maravilhosas daqui para frente... Stacy desejou se sentindo chorosa de repente e todas as garotas a abraçaram ao mesmo tempo. Como um grande time deveria fazer.

                Depois que o time partiu para fora do quarto, a garota se viu curiosa sobre sua atual situação, como poderia ter aceitado tão fácil que não voltaria a andar? Sequer havia lutado. Logo ela, Stacy Curtis. Ela encarou o tapete ao lado da sua cama e tentou inclinar seu corpo para sair da cama, mas as pernas não obedeciam, sequer havia movido um centímetro. A garota encarou suas pernas como se olhar as motivassem a fazer algo e tentou outra vez, naquele instante seu corpo caiu da cama e os bips dos aparelhos que haviam desgrudado de si apitaram loucamente. O braço de Stacy doeu como se tivesse sido arrancado e um grito escapou de sua garganta. A porta imediatamente se abriu e ela pode ver Tyler Davies surgir com uma equipe, carregaram-na imediatamente para a sala de raio-x e em seguida estava no quarto com o braço enfaixado.

- O que aconteceu? Grace perguntou entrando no quarto enquanto Tyler cumprimentava Taylor com um aperto de mão.

- Foi uma pequena queda da cama. Tyler falou olhando para Stacy, que parecia completamente aborrecida. – Ela teve um pesadelo. Acho que foi muito forte. Ele disse na tentativa de encobrir o que a garota fizera e aquilo deixou Stacy surpresa. – Vou deixar alguém de vigia com ela.

- Obrigada, Dr Davies. A mulher sorriu agradecida e foi até a filha. – Está com dor?

- Não muito. Ela mentiu não querendo ver nem mais um pouco da pena que todos expressavam ao seu redor. Stacy queria se sentir um pouquinho normal outra vez. – Eu queria conversar com Gabriel. Algum de vocês consegue trazer ele aqui?

Todos enrijeceram imediatamente ao escutar o nome do garoto e em saber que ela estava disposta a conversar com ele. Mas foi Taylor que falou primeiro.

- Eu vou conversar com ele. O pai falou ainda esboçando uma expressão calma no rosto. – Agora trate de se recuperar desse braço soldado. O homem sorriu vendo a filha sorrir de volta.

- Com certeza capitão. Ela falou vendo o sorriso no rosto de Tyler e sussurrou para ele. – Obrigada.

            A mente da garota ainda vagava para o namorado. Mesmo sabendo que ele havia sido uma das partes causadoras daquilo, ainda sentia aquele sentimento por ele. Mesmo tentando evitar pensar nisso. Ela queria que ele lhe contasse tudo, essa seria a última coisa a fazer. Os meninos não vieram no dia seguinte, Julie avisara que eles estavam preparando as coisas para viajar à Los Angeles. O dia foi um tanto solitário e os analgésicos vieram a calhar quando dormiu metade da tarde.

- Stacy... A voz de James a chamou distante enquanto a garota abria os olhos. Havia amanhecido e ele estava ali parado ao lado de sua cama com um sorriso e um cachecol vermelho ao redor do pescoço.

- Já passou o Natal? Ela perguntou com uma esperança no rosto e ele assentiu rindo baixo.

- Queria te levar para um passeio. Os médicos autorizaram... James disse vendo o cenho da garota franzir. – Vamos lá. Não faça essa cara.

- Tudo bem Davies. Tudo bem. Ela suspirou sorrindo em seguida enquanto ele trazia uma cadeira de rodas para perto de sua cama. – O que está fazendo?

- Vou te levar para um passeio. Ele repetiu ao mesmo tempo que alguns enfermeiros entravam no quarto e começavam a livrar seu corpo de alguns aparelhos. Após colocarem a sonda ao lado da cadeira, os dois partiram pelos corredores do hospital. Mesmo não conhecendo metade daquelas pessoas, elas acenavam e sorriam para a garota como se fosse algum tipo de celebridade.

- Por que estão todos me olhando assim? Ela perguntou enquanto James empurrava a cadeira para um enorme conjunto de portas bang bang, que dava para um jardim nos fundos do hospital.

- Porque não tem uma alma sequer nesse lugar que não saiba da garota que sobreviveu depois de um acidente quase fatal. Uma verdadeira guerreira. Ele sorriu levando-a para baixo de um enorme Salgueiro no meio do Jardim. Haviam vários pacientes ali, tomando sol, conversando e rindo como se não estivessem doentes.

- Por que me trouxe aqui? Ela questionou olhando para o garoto que se sentara ao seu lado assim que parou a cadeira de rodas.

- Achei que seria bom depois de semanas no quarto. Tem uma coisa. Ele sorriu tirando o cachecol do pescoço e colocando-o no dela. – Foi a irmã de Jeffrey quem fez para nós. Mandou o seu também.

A garota baixou o olhar tocando no tecido fofo e quente e sorriu ao perceber que seu nome estava escrito ali na ponta.

- Obrigada. A garota suspirou fechando os olhos e deixou a brisa invadir seus pulmões como uma enxurrada de paz e sorriu em meio ao silêncio que James deixara. – Acha errado eu conversar com Ele? Stacy perguntou de repente vendo o garoto dar de ombros enquanto encarava um casal de velhinhos conversando sobre algo engraçado.

- Se é o que você quer. Acho que não existe certo ou errado. Talvez esclarecer tudo é o que você precise. James respondeu olhando para ela em seguida. – Pode sempre contar comigo. Não necessariamente no contexto de antes, mas pode contar. Ele sorriu sentindo a mão dela pegar a sua.

- Seu excesso de amor sempre me surpreende, mas ainda assim acho lindo. Ela sorriu e encarou o casal que ele observava. – Acha que isso é algo possível para todos? Quero dizer... Encontrar alguém que vai viver por toda sua vida ao seu lado?

- Acho que é algo que todos merecem. Então sim, deve ser possível. O rapaz falou sorrindo e a encarou em seguida. – O que acha de voltar para Los Angeles?

- Voltar? Ela repetiu pensando naquela hipótese, não sabia como lidaria com a falta de Londres. Havia se tornado sua casa. Não tinha certeza se ir embora era o melhor a se fazer.

- Vamos fazer um show no Curse. Como você sugeriu... Ele explicou mordendo o lábio inferior. – Seus pais comentaram comigo que tinham planos para o Natal. E... Meu pai conversou com sua equipe médica, eles autorizaram você a fazer viagens e tem um tratamento diferenciado que meu pai está trabalhando nos últimos meses... Achei que seria interessante para você.

- Eu não quero ir. Ela disse vendo a expressão de confusão no rosto do garoto ao seu lado. – Minha vida está toda aqui. Por que eu iria para lá?

- Stacy...

- Eu quero voltar. Agora. Ela falou emburrada e soltou a mão dele, enquanto o garoto se levantava e empurrava a cadeira de volta para dentro.

          Taylor havia conseguido conversar com Gabriel, tinha convencido o garoto à aparecer no hospital para ter uma conversa com Stacy, que parecia mal-humorada nos últimos dias. Nem mesmo sair do quarto havia resolvido e James lhe contara que ela não queria ir embora de Londres.

- Cuidado como vai falar com ela, Stacy está bem sensível devido às notícias das últimas semanas. Ele advertiu quando pararam em frente ao quarto da garota.

- Obrigado. Ele falou sorrindo fracamente e abriu a porta, se deparando com a garota na cama. O rosto parecia abatido e entediado, mas algo se iluminou no rosto dela quando o viu.

- Você veio. Stacy sorriu um pouco enquanto ele se aproximava dela e sentava na beira da cama. Aquele misto de emoções em seu peito aumentou enquanto ele tentava pronunciar algo para ela. E quanto mais ele ficava quieto, mais o sorriso dela se apagava.

- Eu não sei como dizer isso... Me perdoe. Eu fui imprudente, causei tudo isso à você. E agora... Não vou ser capaz de continuar.

- O que? Ela questionou um tanto em choque com as palavras que saiam da boca dele. – O que está dizendo?

- Eu sinto culpa quando olho para você. O garoto confessou com a voz tremendo e encarou as próprias mãos. – Não vou conseguir ser a pessoa forte que vai ficar do seu lado.

- Você fez tudo isso... E sente culpa quando olha para mim? Stacy perguntou soluçando baixo deixando algumas lágrimas escaparem. – O que mais sente? Pena?

- Stacy...

- O que?! Ela gritou irritada, fazendo-o olhar para ela assustado. – Não foi suficiente me deixar assim? Agora vai me abandonar também? É o que você sempre faz, não é? Quando as coisas ficam difíceis você foge.

- Eu não queria fazer isso, mas vou estar mentindo para você se disser que estou aguentando. Não consegui vir antes porque não me senti bem com a ideia de te ver assim... De saber que fui eu.

- Eu fui idiota em acreditar que você estava mudando. Em pensar que estava indo no AA. Ela cuspiu aquelas palavras rindo em meio às lágrimas.

- Eu não podia voltar lá. Aquele lugar... Não tenho lembranças boas de lá. Gabriel confessou engolindo seco e olhou diretamente para ela pela primeira vez. – Me perdoe.

- Eu nunca vou te perdoar. Ela falou mordendo o lábio e respirou fundo, como se guardasse todas suas emoções de volta. – E também nunca vou esquecer do que fez comigo. Não volte mais aqui. Stacy disse apontando para a porta.

- Stacy... Eu sinto muito. Ele falou se levantando da cama lentamente.

- Vai embora agora! A garota esbravejou enquanto ele saia porta afora e o pai entrava assustado pelo grito da filha.

- Stacy... O pai sussurrou abraçando-a com força, escutando o choro alto dela. O som era doloroso de se ouvir e o coração de Taylor se encheu de uma tristeza profunda.

- Quero ir para Los Angeles... Ela sussurrou ainda encostada em seu ombro. – Por favor...

- Tudo bem. Taylor concordou afastando um pouco da garota. – A enfermeira vai te dar um banho e trazer seu almoço. Vou conversar com Harry... Os garotos vão viajar amanhã cedo.

- Obrigada. Ela falou concordando e o homem a ajudou a ficar reclinada de volta na cama.

Mais tarde, Julie a visitou e lhe contou o que ela já presumira, ele não tinha ido à nenhuma sessão desde que foram juntos. Stacy não via a hora de ir para casa e ficar trancada em seu quarto por horas, sem que ninguém a incomodasse ou olhasse para si com pena.

- No que está pensando? Julie perguntou enquanto pintada as unhas de Stacy e a amiga permanecia em silêncio.

- Em quão arrogante eu fui com James. Ela falou olhando para a amiga, que agora estava parada a encarando. – Ele deve estar com raiva de mim agora.

- Stacy. Todos nós entendemos que está uma confusão dentro de você. Ninguém vai ficar bravo com você ou sentir raiva.

- Aonde está Alissa? Ela perguntou de repente, vendo a amiga sorrir e voltar com o trabalho em suas unhas.

- Está passeando pela cidade. Guilherme queria sair com ela um pouco. Os meninos parecem hipnotizados por ela. Julie sorriu e terminou o serviço rapidamente. – Mas também... É minha filha. Ela sorriu convencida e as duas gargalharam alto. – É bom ver você rindo assim.

- Você me faz esquecer de tudo. Obrigada Julie. Ela sorriu prestes à apertar a mão da amiga quando a outra praticamente berrou.

- Não! Vai borrar! Ela falou nervosamente e aquilo fez Stacy rir ainda mais.

- Com licença moças, sei que isso deve ser algum tipo de dia das garotas... Mas é hora do papá! James disse em um tom de voz engraçado e ela soube naquele momento que ele não estava bravo, muito menos com raiva. – O que temos hoje chefe? Ele perguntou para ninguém especial enquanto Johnny e Tom entravam no quarto com uma bandeja de comida. Logo atrás vinham Jeffrey e Guilherme com Alissa no carrinho.

- Um belo puré de batatas com molho de alguma coisa verde... Tom tentou parecer sofisticado, mas falou gargalhando alto.

- Tudo isso feito por nossa chef Alissa. Guilherme brincou divertido enquanto James armava a bandeja sob a cama da garota.

- Quer ajuda? Ele perguntou calmamente ao mesmo tempo que os garotos colocavam o prato do puré junto com um copo de suco, que ela presumiu ser de manga.

- Quero. Stacy respondeu vendo o rosto do garoto sorrir em aprovação.

- Espero que goste dessa adorável refeição. Ele brincou divertidamente enquanto tirava os talheres do plástico e mexia a comida, vendo a expectativa no rosto dela.

- Então vai para Los Angeles? Tom perguntou rapidamente olhando para a garota, que apenas acenou afirmativamente ainda olhando para a comida que James estava mexendo. Ela mal se lembrava que estava tão faminta.

- Hora do avião. Faça A. O garoto riu baixo com a colher cheia de puré nas mãos.

Stacy abriu a boca rapidamente e o gosto quente das batatas invadiu sua boca, ela estava surpresa que algum hospital servisse comida tão gostosa aos pacientes. Todos riram observando os dois e seguiram conversando divertidamente sobre a viagem para casa.

- Não acredito que estou comendo puré. E um tão gostoso por sinal. Que molho é esse? Ela perguntou olhando para James, que seguia lhe dando comida na boca atenciosamente.

- É uma receita da minha mãe. Benefícios de conhecer a equipe médica. Disseram que não afetaria sua dieta. Ele deu de ombros vendo como todos ficaram em silêncio para escutar a conversa dos dois.

- Que absurdo. Johnny retrucou com uma careta. – Por que não comeu algo gostoso também quando ficou no hospital? Ele questionou escutando a risada de Guilherme.

- Porque meu pai tem uma simpatia grande por ela. Apontou para Stacy enquanto pegava o canudo e colocava-o no copo de suco. – Suquinho.

- Obrigada. Ela agradeceu segurando o copo enquanto ele tirava o prato dali e desmontava a bandeja outra vez. – Aonde passaram o Natal?

- Aqui, mas vai ter um na sua casa. Seu pai combinou... Tom falou sendo parado por Guilherme, que lhe acertou um tapa na cabeça e fez cara feia.

- Bocudo.

Fighter: Uma Luta Pela VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora