Família

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- Então ele me olhou de um jeito muito engraçado e ficou surpreso em saber que eu era a escritora! Luísa exclamou entre gargalhadas enquanto James descia as escadarias rapidamente, ele mal se lembrava da última vez que se produzira tanto para sair. Os últimos meses haviam sido baseados no estilista da banda, que dizia o que podiam ou não vestir na rua ou nos shows. Escolher algo agora, havia se tornado cada vez mais incomum, mas ao encarar um par de sapatos, calça jeans rasgada e uma jaqueta de couro, ele soube imediatamente que o velho James ainda vivia ali. A camisa da banda que Jeffrey havia mandado fazer lhe chamou atenção e os outros sorriam ao ver ele usando-a "Sou um Renegado, não vivo do passado..."

- Nossa. Joyce disparou sem perceber e ficou vermelha em seguida. – Adorei a camisa... Ela falou tentando encobrir rapidamente sua vergonha.

- Posso te arrumar uma. James sorriu e parou ao lado dela, encostando seu ombro no da garota. – Vamos?

- Claro. Tom sorriu torto colocando o braço ao redor da cintura de Luísa e os quatro saíram porta afora, caminhando em direção ao restaurante. – Então o meu príncipe mitológico resolveu sair de Asgard?

- Vá tomar banho Tom. James gargalhou baixo caminhando ao lado de Joyce, que ainda estava um tanto sem graça. – Você está muito bonita.

- Obrigada. Ela sorriu conseguindo agir mais naturalmente, enquanto Luísa e Tom caminhavam um pouco mais à frente. – Fico feliz que tenha decidido sair um pouco.

- Eu não fazia ideia que estava enclausurado. Luísa me abriu os olhos. O rapaz apontou para a mesma que parecia distraída em uma conversa com o namorado.

- Sou muito boa. Ela retrucou de repente quando chegaram à porta do restaurante. – Por isso sou uma escritora.

- A mais linda. Tom disse beijando a bochecha da garota enquanto James e Joyce faziam caretas.

- Acho que estou enjoado.

- Eu também. Joyce concordou vendo Luísa mostrar a língua e os quatro entraram rindo animadamente no restaurante.

- Então você está me dizendo para comer comida tailandesa? Luísa perguntou encarando o cardápio. – Eu nunca comi...

- É maravilhoso. Tom disse apontando para um prato que havia comido no Darin. – Vamos comer tailandesa.

- Eu apoio. James disse com um sorriso enorme no rosto e aquilo deixou os outros surpresos. – O que foi?

- Achei que você não... Joyce não completou a frase e sacudiu a cabeça em seguida. - Esquece.

- Eu me senti pior quando perdi minha mãe. Pode parecer que a causa de eu me ocupar foi apenas Stacy, mas a minha mãe ainda me faz muita falta. Comer comida tailandesa, de alguma forma me leva de volta para lá. Para quando ela estava viva e isso me deixa feliz. Ele sorriu afirmando e percebendo as expressões dos outros na mesa.

- Acho que vou te comprar comida tailandesa sempre. Tom falou rindo baixo e fez o pedido em seguida.

                               James havia se esquecido da última vez que se divertira tanto, o trabalho sempre lhe ocupava a mente, que as vezes seu único lazer era tocar violão. Luísa e Tom foram embora primeiro, porque aparentemente tinham que ir em algum lugar que Tom a prometera levar, mas James tinha entendido muito bem do que se tratava. Ele e Joyce ainda estavam na mesa, tomando um pouco de vinho quando ela sorriu para o rapaz.

- Me desculpe por hoje cedo. Eu... Sempre te admirei, mas acho que exagerei um pouco. Ela falou encarando o copo que já estava quase vazio.

- Não me importo. James sorriu e suspirou dando uma olhada no prato vazio. – Estava realmente maravilhoso. Quer dar uma volta?

Fighter: Uma Luta Pela VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora