A borboleta voou em direção ao santuário, e as meninas a seguiram, não havia nenhuma muralha ou qualquer coisa que separasse ele do restante da floresta, então, segundos depois ela sumiu entre as árvores.
As garotas continuaram a caminhar, até ouvirem um barulho de água corrente, elas seguiram o som, então a frente delas havia uma linda cachoeira, que seguia por uma corrente de águas límpidas, cercada por pedras de vários tamanhos e formatos.
Havia muitas árvores frutíferas, de diversas qualidades, ao redor de todo o lugar.
Catarina correu e se pôs a tomar água, pois estava com muita sede, em seguida Aurora fez o mesmo.
Após se saciarem, direcionaram-se as árvores, para deliciarem com as apetitosas frutas.
Uma borboleta azul surgiu entre as árvores, em seguida outra voava sob a correnteza da água, perto da queda d'agua três delas brincavam uma com as outras.
Alguns segundos depois, incontáveis borboletas voavam sob o local, encantando os olhos de quem via.
A beleza era tamanha que durante minutos, as meninas conseguiam apenas admira-las, hipnotizadas.
O festival azul continuava ao longo da floresta, as garotas seguiam pelo caminho fascinadas, até as borboletas irem diminuindo de número, até ficarem para trás, e as últimas árvores proporcionarem uma brisa fria, que aos poucos foi se transformando em gélidas.
Todo o encanto também ficou para trás, doando espaço para o medo.
- Então é aqui que você volta para casa Aurora? – Catarina indagou, suspirando, querendo disfarçar o medo e fingindo confiança.
- Não! Irei continuar com você!
Quando Catarina abriu a boca para argumentar para com a desobediência da pequena, com a rainha de Cristal, avistaram ao longe cerca de uma dúzia de homenzinhos de gelo, que pareciam estar inspecionando o local, naquele momento ela teve certeza, estava na propriedade de sua inimiga, e quem sabe, o ser que daria fim a sua vida.
A medida que davam passos para frente, a temperatura caia cada vez mais, seus pés agora afundavam em meio a geada, dificultando o caminho, as poucas coníferas que ali haviam, estavam cobertas por grossas camadas de gelo.
Catarina já buscava em todas as direções, o luxuoso e sombrio castelo, digno da rainha de gelo, mas, ainda não havia nem sinal dele.
A lua estava enorme e brilhante, iluminado todo o ambiente.
A poucos metros de distância Catarina avistou um pequeno chalé de madeira, quase encoberto pelo gelo, mas, apesar disso aparentava ser muito lindo, havia algumas coníferas ao redor dele, e os galhos de algumas deixavam cair gelo sob o telhado, juntando-se ao resto da geada.
As meninas se aproximaram mais um pouco, e puderam perceber que lá também havia um poste com um lampião aceso, e outros pequenos lampiões, cada um com uma cor diferente, pendurados nos galhos de algumas árvores.
- Que lindo lugar! – Exclamou Catarina encantada. – Quem será que mora lá?
- É apenas a rainha Lílih.
- O que? Mas e o castelo que eu tanto imaginei em encontrar? Onde fica?
- Não existe! È lá que a rainha de gelo reside... Ela nunca quis um castelo, creio que ela é o próprio.
Catarina ainda olhava incrédula, nunca imaginaria isso.
- Onde estão os exércitos de pequenos seres que também imaginei em encontrar fazendo a guarda da rainha?
- Estão espalhados por ai... Aparecem ao menor sinal de Lílih! Eles ficam em seus vilarejos, enquanto ela prefere a solidão.
- Essa tal Lilith está sempre me surpreendendo!
- Então o fato que ela já sabe da nossa presença aqui não irá te surpreender correto?
- Ela já sabe? Como você tem essa certeza? – Catarina perguntou assustada.
- Vossa Majestade?... Mil perdões pela nossa invasão. – Aurora disse, sem graça, fazendo reverência, para a mulher que se encontrava um pouco atrás da jovem.
Catarina então, sentiu de certa forma, borboletas no estômago...
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Conte-me Como É Andar Em Uma Montanha-russa
FantasíaQuando uma jovem por um incidente recebe a missão de salvar um reino, pois só assim conseguirá retornar para seu mundo. Mas será que conseguirá vencer os desafios e limites entre as fronteiras, sendo apenas uma simples humana? Magia, mistérios e...