Capítulo 1: Que seja

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Pov Camila Cabello

- Vamos, Mila! Deixa de ser chata. Levanta essa bunda dai! Você precisa transar. A quanto tempo não ver um corpo nu que não seja o seu ou meu? Pelos o amor de deus, mulher, volte a viver para a vida de verdade.

Essa era minha, nada compreensiva, melhor amiga Normani Kordei. Uma negra linda, de uma beleza estonteante, corpo magnífico e claro: charmosa e cobiçada. Normani é o tipo de mulher que ama uma balada, uma aventura a cada noite. O tipo de mulher que odeia qualquer ser vivente que a proponha algo mais romântico, ou pior... mais sério. E isso ela leva a sério.

- Você sabe ser chata, Mani! - Reclamei a olhando de relance e a vi dar de ombros despreocupadamente.

Estávamos em um sábado, ao final da tarde. E para a nossa nada surpresa, ela estava a me envolver em sua conversa sobre ir com ela em uma de suas noitadas. Uma das muitas que ela já teve na vida. E eu mais do que ninguém, sabia com detalhes os tipos de prática que ela tinha nos dias de sábado à noite. Aos domingo, logo pela manhã, sempre era uma nova narração de suas aventuras. Ela amava a vida que levava e eu a respeitava, enquanto ela... bem, ela não vinha tendo o mesmo pensamento comigo a algum tempo.

Ela era uma uma ótima ouvinte, uma maravilhosa conselheira amorosa mas não era a melhor quando o assunto era me estimular a levava uma vida leviana como a que levava. Obviamente, o deprimente círculo que andava minha vida era seu maior aval. E isso tudo graças a Mathew Russey, meu ex namorado... quase noivo.

Maldito seja.

Ele costumava ser meu pensamento de: "o cara ideal para se casar e formar uma família". Ele, seu sorriso, seus idéias e claro: seu charme de bom moço, me fizeram acreditar por muito tempo em minha própria e fracassada teoria. Acredito eu que, se não o tivesse visto com meus próprios olhos, não acreditaria em uma só palavra se outra pessoa o tivesse visto em seu ato e viesse a me contar.

Tinha bem vivido em minha memória, a imagem do desgraçado com a secretária, que sempre acreditei ser alguém descente, tranzando em cima do equipamento de trabalho do setor jurídico do prédio em que trabalha. Bem, as cópias da bunda da meliante devem esta em algum lixão da cidade até agora. Elas eram a prova menos valorizadas quando eu já tinha visto a ação em si com os próprios olhos.

Ordinário.

Entre Mathew e eu não exista qualquer chance de voltarmos a sermos um casal. E isso era algo que tinha mais do que certeza. E mesmo deixando isso claro e fazendo de tudo para que Normani acreditasse em minhas palavras, ela acreditava que era só uma questão dele vim atrás de mim com um buquê de flores para eu aceitá-lo de volta.

Tolice.

- Você precisa ver gente. Gente de verdade. Não os engravatados cheios de si que John te obriga a ter que lidar todos os dias. - Ela se curvou sobre minha cama e me observou com serenidade. - Vamos... só essa noite?!

Suspirei e mudei minha posição sobre a cama.

- Essa vida de balada não foi feita para mim, Normani. Eu deixo isso pra você - Puxei o lençol sobre o meu corpo e observei a TV que havia em meu quarto. - Já disse que não vou e não vou.

- E eu já disse que hoje não saio daqui sem levá-la comigo. Vamos, Mila! Você precisa disso. Precisa esquecer aquele ordinário e seguir em frente.

Suspirei e revirei os olhos.

- Eu já esqueci dele. Disso eu tenho certeza. O que eu não esqueço é a ceninha que o encontrei. Isso sim é difícil de esquecer. Fui enganada todo o tempo e sequer imaginava que era uma idiota chifruda.

Uma Mãe Para O Meu Bebê (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora