CAP. 3:
A televisão é desligada e todos se calam.
Gabriel se senta em completo choque, ele fala coisas para si próprio para se acalmar mas não compreendo o que é no momento, todos conseguem ver sua dor. Quero poder abraça-lo agora, mas estou tão sem força, o que vi naquela televisão... Será que isso é o destido de todos aqui?... Os amigos mais próximos de Gabriel vão até ele, porém eu sei que não vai adiantar de nada. Depois de alguns poucos e longos e minutos Professor Marcus fala:- Gabriel, sentimos muito pelo o ocorrido, você precisa ser forte agora. Pelo visto tem algo muito fora de comum acontecendo lá fora. Temos sorte de estamos vivos ainda.
E então Gabriel que estava olhando fixamente para algum ponto aleatório se levanta e encara Marcus, seus olhos castanhos que estavam em lágrimas agora está com uma forma raivosa, quando ele fala sua voz está rouca, porém alta:
- Não venha me dizer que sou sortudo! Acabei de ver minha irmã e minha mãe morrendo na casa que eu cresci! Nem se quer tiver a chance de me despedir delas e você vem me falar que tenho sorte? - Alguém tenta acalmar ele, mas ele continua a falar, dessa vez para todos - O que vamos fazer agora hein? Eu pelo menos vi o que aconteceu com minha família e agora... - Ele para de falar e se senta novamente. Ele parece cansado, nunca o vi desse jeito, é tão estranho ver o garoto mais brincalhão da nossa antiga sala dessa maneira.
Ficamos todos em total silêncio por um longo tempo. Mas então vejo Daniela que estava junto comigo e Isa indo em direção a Marcela, ela não disfarça e fala em bom tom:
- Marcela, já que ninguém falou nada eu preciso falar. Temos que sair daqui em algum momento, não vamos ficar sem comer até que todos os barulhos vindo de fora terminem. Precisamos sair.
Marcela olha para Dani e depois para todos no abrigo:
- Você tem razão, mas antes alguém tem que...- A coordenadora é interrompida quando um som de campainha vindo do próprio colégio atinge nossos ouvidos. Ficamos sem saber o que fazer. Não pode ser alguém do grupo terrorista, eles não teriam sido tão "delicados". Quando a sala está em total bagunça e acabo tento uma ideia é um pouco arriscada mas falo:- Gente. - Ninguém me escuta, falo mais alto- GENTE!!!!- Todos me olham - Vamos olhar as câmeras de segurança do colégio, se tem alguém tocando a campainha vamos olhar quem é pela câmera. O problema é que... A sala de câmeras não fica aqui, alguém vai ter que sair.
- Eu vou Laura, sou a coordenadora, sei como funciona o sistema de segurança, mas eu preciso que mais alguém vá por proteção - Diz Marcela tentando nos acalmar.
- Eu vou, já perdi tudo mesmo - Gabriel fala, não ninguém contrária ele.
- Eu também vou, eu passo na cantina para pegar comida e água. Laura você vai comigo para eu não carregar tudo só? Entendo se tiver medo de ir.- Pergunta a merendeira.
Faço que sim com a cabeça - Eu vou.
Marcus e Paulo, outro funcionário do colégio, ficam junto com a minha turma. E então, eu e os outros subimos as escadas. Assim que chegamos na parte de cima decidimos que Gabriel vai junto com Ágata para a cantina e eu vou para a sala de segurança com Marcela. Nós despedimos e as duplas vão para cada lado.
Ao chegar na parte das câmaras, rapidamente Marcela olha a parte da porta de entrada. Ela me diz:
- Tem um garoto batendo na porta.... Não sei quem é.
Vou olhar e vejo quem eu menos esperava ver. É Jimmi, o namorado de Isa, o garoto que eu pensei que não viria para a aula. Como ele conseguiu chegar até aqui no meio de tanta confusão lá fora?
Saio em direção a porta. Quando abro ele parece cansado e ele está todo sujo, com um corte no rosto perto dos olhos.Ele não fala nada, apenas me abraça e começa a chorar perguntando pela namorada.
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CONFINADOS - 1
Teen FictionSINOPSE: "Laura Galvani era apenas uma garota normal, com sua vida de adolescente. Mas quando um grupo terrorista e cruel dominou o planeta, o mundo muda completamente. Laura e sua sala conseguiram escapar das mãos dos terroristas, vivendo confinad...