/ CAPÍTULO 28 /

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CAP. 28:

Jimmi pega Isa nos braços, sem esforço algum. Corremos muito na direção da saída.

- Corram, eu vou ficar - Diz Antônio rapidamente. Nós continuamos e conseguimos sair da base. Escuto apenas as vozes de alguns soldados.

***

- Achamos que ela quebrou a perna - Digo, Isa parece estar sofrendo muito, gritando entre dentes. Jimmi tenta acalma-la, ele a põe em um banco acolchoado.

- Amor, olha pra mim. - Ele diz e ela olha com olhos marejados.

- Doi muito, Jimmi.

- Vai passar, eu estou aqui - Jimmi alisa o cabelo de Isa a acalmando.

Vou em direção aos dois - Vou ver se alguém consegue ajudar.

Começo a perguntar para todos quem consegue por uma perna no lugar até que Helena vem a minha direção.
- Laura, Thaysa é formada em primeiros socorros, ela pode ajudar, vem!

Helena me leva até Thaysa, nunca que eu iria imaginar que ela já tinha feito faculdade, Thaysa tinha uma aparência tão jovem; seus olhos eram pequenos, o cabelo era na altura do ombro com um ondulado bem leve. A garota estava conversando com Felipe.

- Thaysa a gente precisa muito de você. Isabela torceu o tornozelo! - Fala Helena desesperada.

- Ah Meu Deus. Estou indo agora, Laura vocês tem kit de primeiro socorros aqui? - Ela pergunta para mim.

- Não tenho certeza, vou ver na sala da coordenação.

- Tá enquanto isso o Felipe vai pegar panos com água morna. - Thaysa diz para Felipe que não demora para disparar em direção ao refeitório.

Enquanto Helena e Thaysa ia ao encontro de Isa, eu abria a porta da sala da coordenação que estava em completa desordem. Abro as gavetas, vejo as prateleiras mas nada que possa ajudar no tornozelo da minha amiga. Quando puxo uma caixa de plástico encontro um pequeno frasco de remédio para dor e ataduras.

Corro em direção a Isa e posso ver que Thaysa já está com ela.

- Laura, pegue dois comprimidos e água. Vai ser tudo muito rápido, eu ponho no lugar e você logo dá os comprimidos à ela, certo? - Ela diz e todos assentem.

Já com a garrafa aberta e os dois comprimidos em mãos. Como um raio, Thaysa move a perna de Isa, encaixando o osso no lugar. Isa solta um grito fino, apertando forte a mão de Jimmi que está ao seu lado.

- Laura! - Thaysa me desperta e faço o que ela disse. Boto os comprimidos na sua boca e dispensando a água, Isa os engole rapidamente.

- Bebe Isa. - Ela respira e toma quase toda garrafa de água.

Thaysa continuando seu trabalho, logo põe os panos com água quente em cima da perna, antes deslocada de Isa, para que alivie a dor. - Jimmi, leve Isa para um lugar arejado, depois de uma hora você pode tirar os panos e me chamar para botar as ataduras.

- Certo, obrigada. - Agradece Jimmi.

Ele a pega em seus braços e vai para as salas que possuem várias janelas, lá é super arejado e fresco. Não os sigo, imagino que Isa vá dormir e não quero incomodá-la.

***

Estou na sala do quinto ano, junto com quase todos, estamos tentando resolver o que fazer com Theo.

- Precisamos fazer ele falar, certeza que naquela mente suja tem alguma coisa... Algum plano. - Diz Dani.

- Poderíamos... - Sei que isso é muito errado mas é nossa última escolha - Torturá-lo.

Todos olham para mim com uma expressão de surpresa.

- É nossa última chance, ele nunca vai dizer nada, não precisamos cortá-lo nem nada... - Afirmo.

- O que então? - Questiona Murilo.

Gabriel se levanta e vai em direção a Felipe sussurra algo, vejo que ele tem uma ideia - Peguem um balde com água quente, eu sei o que fazer.

Entramos na sala escura onde Theo está sentado e amarrado atrás da cadeira. Ligam a luz que parece afetar seus olhos.

- Theo... Precisamos saber... O plano da FRM. - Convoca Gabriel com um tom irônico.

Theo ri e nega com a cabeça - Eu nunca falarei nada.

- Você não se toca? - Pergunto  - Você é nosso colega! O que você ganha estando do lado deles?!

- Vocês não entendem! - Grita Theo.

- Cara, é sua última chance... - Explica Gabriel.

- Eu não vou dizer!!! - Berra Theo e Gabriel assente.

- Felipe, chegou sua vez.

Felipe entra com um sorriso, pronto para acabar com o de Theo.

Logo, fecha o punho direito e acerta em cheio o rosto dele. Que mesmo com sangue escorrendo pela boca, dá uma risada.

Vai ser um longo dia.


CONFINADOS - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora