/ CAPÍTULO 23 /

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CAP. 23:

O homem de uma semelhança absurda a de Gabriel corre para abraça-lo, mas ele não faz nada apenas parado em choque. O resto do grupo apenas observa tudo, alguns já conheciam o pai dele e até ficaram surpresos, eu não conhecia a família então fazia ideia do que estava acontecendo.

- Meu Deus, e-eu, como assim? Pai? - Diz Gabriel incrédulo.

- Oi filho, calma, tá tudo bem eu vou te explicar tudo - Anuncia com uma voz serena.

Vamos todos para o antigo abrigo, o colégio está mais destruído, porém dá para ficar lá. Colocamos todas as nossas coisas no chão e o pai de Gabriel - descobri que ele se chama Antônio - começa a dizer:

- Eu tenho que ser breve, então vou falar logo. Quem não sabe, eu sou o pai de Gabriel, trabalhava em uma impresa de tecnologia famosa e em um dia eu ouvi boatos sobre um grupo terrorista que mudaria a sociedade, fiquei preocupado e então fui pesquisando mais sobre isso. Resumindo, eu consegui a confiança de um dos líderes da FRM e fingi ser aliado deles, descobri sobre esse plano de teste mental. Eu queria impedir de isso acontecer mas era apenas um membro no meio de tantos espalhados pelo mundo.

Escutamos todos em silêncio, aos poucos vou entendendo o que Antônio quer dizer, começo a prestar mais atenção nas suas palavras:

- Como vocês viram no pendrive, a FRM tem dois objetivos, um era destruir tudo no mundo e o outro era esse experimento. Logo que soube desses teste, eu falei para incluir você filho - Olha para Gabriel - Eu sei que é errado, mas se você não participasse do experimento já estaria morto e eu não podia suportar te perder. Eu tentei incluir sua mãe e irmã, mas a FRM iria suspeitar, no dia do ataque eu estava em casa e já tinha relatado tudo para a nossa família, porém era tarde demais uma bomba foi mais rápida e não deu tempo de fugirmos.

Percebo que Gabriel estava chorando, senti um dor invandir meu peito, odiava vê-lo assim.

Agora olhando para todos nosso recém aliado continua a explicação:

- Quando dei por mim, estava tudo dando errado, os soldados conseguiram invadir o colégio, depois foram presos. Então eu apenas fiquei os observando de longe, garanti para que os outros soldados não os encontrássem no supermercado e então o resto vocês já sabem.

Um silêncio de instaura no local ficamos tentando assimilar tudo isso.

- Se era tudo enganação, como que só no colégio estávamos seguros? E se tem câmeras por toda parte como ainda não fomos capturados? - Pergunto duvidosa.

- Por incrível que pareça eles sabiam que vocês estavam no colégio mas não sabiam o que vocês faziam e antes de terem pegado o pendrive eu dei um jeito de desligar as câmeras.

Antônio vai até um canto do bunker e trás praticamente 15 bolsas de plástico pretas e branca:

- Essas sacolas tem armas, munições e coisas para se protegerem - Aponta para as pretas - Isto aqui, são um tipo diferente de celular, eles vão ajudar vocês as se comunicar comigo e a saber o que aconteceu no mundo - Ele mostra os aparelhos. - Já aqui tem comida e água, querem um conselho? Treinem, lutem e se preparem pois quando a FRM souber que vocês sabem ela não ficará nem um pouquinho feliz.

***

Vou em direção ao segundo andar onde está Gabriel, quero conversar com ele sobre tudo que está acontecendo.

- Oi... - Fico em seu lado, ele está olhando fixamente para a parede, pensativo.

- Oi, Laura.

- Você está bem?

- Ele vai embora, meu pai não pode mais ficar se não a FRM vai suspeitar... Eu... Eu só queria que ele ficasse.

- Ele está fazendo o certo, vai ficar tudo bem.

Ele olha para mim e me abraça - Que bom que eu tenho você, Laura. - Nos rimos.

- Nos estamos organizando o colégio para podermos treinar e viver melhor aqui - Faço sinal de aspas com as mãos. - Você quer ir ajudar?

- Er... Não mas, você pode ficar aqui comigo, por um tempo?

- Não precisa nem pedir. - Ele deita e põe a cabeça no meu colo para poder descansar, entrelaçamos as mãos - Vai dar tudo certo Gabriel, vamos conseguir, seremos fortes e um dia tudo vai voltar ao normal - Ele apenas concorda e se eu pudesse congelaria esse momento e ficaria assim por muito, muito tempo...

CONFINADOS - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora