CONFINADOS - 1

/ CAPÍTULO 12 /

CAP. 12:

O medo toma conta de mim novamente, e vejo que ocorre o mesmo com Gabriel.

- Meu Deus, como assim? Como eles sabem? Como isso é possível? - Digo indignada.

- Acho que não foi difícil, já que o colégio praticamente é o único edifício que não explodiu com as bombas. - Gabriel fala, realmente isso nunca passou pela minha cabeça. - E na verdade acho até estranho o colégio ter um sistema de segurança tão bom, mas para quer reclamar.

- Vamos mostrar para o pessoal. - Eu e ele saímos da quadra e vamos em direção a Marcela, pedimos que ela chame todos para uma reunião urgente.

- Então, o que vocês tem que falar com a gente? - Pergunta a ex-coodenadora.

- Eu e Gabriel estávamos na quadra, conversando... e um tijolo vindo de fora foi arremessado para cá, ele estava junto com essa mensagem. - Entrego o papel para ela, que lê em voz alta. E claro a reação de todos é de medo e espanto.

- O que vamos fazer agora? Não temos para onde ir! - Fala Isa, que estava com a aparência mais pálida do que ela já era.

- Deveríamos ficar no bunker todas as noites, como um toque de recolher... A escola não é mais segura. - Marcos diz.

- Certo, as 18:00 todos vao para o bunker já que é o local mais protegido e se entrarem... Não sei o que faremos, só possuímos 2 armas com poucas balas... - A ex-coordenadora fala e todos assentimos, olho para Jonas que estava do lado de Murilo, os dois parecem pensativos.

- Deveríamos deixar 2 pessoas de guarda no lado de fora do bunker, com uma das armas e um alktalk para avisar qualquer coisa, podemos reversar e... - Digo mas sou interrompida por Murilo.

- Ninguém vai querer ficar do lado de fora, é muito arriscado.

Ele está certo, quem ficar do lado de fora provavelmente vai morrer primeiro, porém, seríamos avisados quando chegarem... Mas, como sairiamos? Só há uma saída só bunker e...

- A janela do banheiro!!! - Grito - Podemos ser avisados e escapar pela janela, ela é grande, com certeza podemos passar por ela!

- Isso, podemos sair... mas... para onde iríamos? - Pergunta Jonas.

- É provável que toda a ação deles estão ligadas para o colégio já que é o único lugar que não foi destruído, vale a pena tentar... - Digo.

- Laura está certa, não temos nada a perder. - Gabriel finalmente diz algo.

****

Nos preparamos desde a reunião, colocamos o máximo de água e comida que conseguimos nas nossas bolsas, mas também que fique fácil de fugir e correr.

Na verdade, faz 3 dias que recebemos a mensagem e a tensão não diminui. Eu e Gabriel continuamos juntos, mas não falamos nada para ninguém, não sei o motivo porém concordamos em manter em segredo até as coisas se acalmarem.

Estamos no abrigo e está chovendo muito forte. Isa está abraçada com o Jimmi, Dani dormindo e eu... Com aquelas mesmas sensações que tive antes dos primeiros ataques acontecerem. Acho que vai ser hoje e não quero dormir e nem vou.

O medo não me permite.

***

Depois de umas duas horas... Um estrondo e rapidamente a polícia liga.

- A polícia ligou, eles estão agindo - Marcela fala desesperada. Todos ficam inquietos e preocupados.

Não estou pronta.