/ CAPÍTULO 26 /

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CAP. 26:

- O que você está esperando Helena? Vamos! Atenda! - Fala Gabriel desesperado com a ligação do pai.

- Tá, vamos descer todo o grupo está lá embaixo nos esperando. - Diz ela já correndo em direção ao pátio.

Chegamos ao pátio, e Helena logo atende, a imagem do Senhor Antônio aparece, sua expressão é de pressa e medo.

- Pai, o que aconteceu?

- Eu tenho que ser rápido, não posso explicar muito mas... A FRM já começou a suspeitar de nós, eu vou precisar da...

- Ei o que você está fazendo? - Ah Meu Deus, um soldado pergunta pela chamada. Sua voz é familiar.

O celular cai no chão e escutamos um som de soco. Após um tempo, Antônio aparece novamente pela tela.

- Theo... - Diz ofegante. - Ele foi nocauteado, não sei o que fazer com ele.

- Trás ele pra cá, podemos prendê-lo. - Diz Gabriel com os olhos fixos no celular.

- Vocês não entendem, eles desconfiam de tudo. Mas se eu conseguir sair daqui, eu vou no colégio. Escutem... - Uma pausa - Vou falar rápido, acho que eles estão chegando. Vocês terão que invadir uma base da FRM, sei que é muito arriscado mas terão que conseguir, essa base tem acesso a todas as câmeras da cidade e se quisermos agir... teremos que desativá-las... Irei mandar a locali... - O celular desliga.

- Não, de novo não. Eu não aguento mais essa correria, essas lutas. - Quem fala agora é Paula, ela parecia muito neutra em toda a situação. Agora ela parece que ia surtar.

- Eu não vou de jeito nenhum - Falava repetidamente, balançando a cabeça dando movimento nos seus cabelos negros longos e lisos, iguais aos meus.

Não imaginava que Paula estava assim tão desesperada e amedrontada; eu não era muito próxima dela. Fui em sua direção.

- Paula, se acalma. Você não vai com a gente então, relaxa, respira fundo - Falo olhando nos seus olhos - Aliás, nem todo mundo precisa ir, quanto mais pessoas mais difícil vai ser para invadir o local. Vamos esperar o pai de Gabriel chegar, ele vai explicar tudo - Dessa vez eu falo para todo o grupo.

Depois da ligação voltamos a nossa "rotina" e também a espera do Antônio.

Vou ao refeitório, com tudo o que aconteceu em relação a minha pequena briga com Gabriel, eu acabei esquecendo de comer.

Ao chegar lá, pego um pote de plástico e coloco apenas uma concha da sopa rala. Me sento em uma mesa e logo em seguida Jonas me vê e se junta a mim.

- Oi, foi tão legal você ter ajudado a Paula, ela tem tido muitos pesadelos e passado mal também. - Ele fala olhando para mim enquanto passava os dedos nos seus cabelos loiros.

Eu concordo com a cabeça. Ele olha para mim meio receoso - Então... Não era bem isso que eu queria dizer... Er....Bem...

Eu rio - Diz logo, Jonas.

- Tá bom, olha, Eu e Murilo... Estamos juntos. - Jonas diz apressadamente, esperando minha reação. Confesso que já suspeitava, mas fico tão feliz pelo meu melhor amigo.

- Isso é incrível Jonas! Eu já sabia, quer dizer... Ahhh que maravilhoso! - Falo completamente alegre, ele da um sorriso tímido.

- Obrigada, eu gosto muito dele e... Eu queria que você me ajudasse a pedir ele em namoro. Sou muito tímido e não tenho ideia do que fazer.

- Bem, vamos arrumar um local mais reservado... O telhado!!! A noite, com a lua, ah... Perfeito. Você pode fazer uma declaração e dar algo para ele, só não sei o que.

- Ok, e como que eu vou encontrar alguma coisa no meio desse caos?

- Improvisa, Murilo não parece ser do tipo que se importa com objetos e coisas chiques. Pega um barbante na sala da coordenação e faz um anel, algo do tipo. Quando pedir me avisa.

- É, pode ser, obrigada Laura, vou indo, tenho muito que preparar - Ele me abraça e vai embora.

***

À noite, um barulho de alguem batendo na porta assola nossos ouvidos. Não fomos dormir ainda.

- Deve ser seu pai, vamos logo. - Falo para Gabriel. Eu, ele e Marcela corremos em direção a porta e remove a tranca.

Antônio dispara para o colégio, ele vem trazendo Theo nas costas. E uma pequena bolsa plástica. Com a voz cansada ele fala:

- Coloquem... Esse traste... em algum canto - Ficamos parados analisando a situação.

- Não fiquem parados... logo... ele vai acordar! - Diz novamente.

Colocamos Theo na menor sala de aula, deixamos um prato de comida apenas.

- O que você  deu para ele ficar assim? - Pergunta Gabriel ao pai.

- Um sonífero, só aquele soco não ia adiantar de nada. Eu trouxe algo para o plano de invasão a base da FRM. Sei que tudo o que vocês menos querem é um confronto, mas é isso ou eles vão descobrir.

- Estamos prontos pai.

O pai de Gabriel, pede para que chamemos todo o grupo. Nos encontramos no bunker.

- Calma, eu quero a atenção  de todos. Temos que fazer um plano, e tem que dar certo ou então vai ser o fim da linha. 

CONFINADOS - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora