/ CAPÍTULO 20 /

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CAP. 20:

Não sei se vamos conseguir ficar tanto tempo sem água e sem comida. Faz apenas 2 dias desde de que chegamos a esse estacionamento sem nada além das próprias roupas que estamos usando, claro que está viva já é um privilégio mas sinto que se não beber alguma coisa logo nem esse privilégio eu terei. Meu machucado ainda arde um pouco, alguém rasgou um pedaço da sua blusa para encaixar a minha ferida, era assim que tínhamos que improvisar os primeiros socorros.

O estacionamento é de um grande supermercado, nós não fomos até lá ainda procurar comida por medo de algum terroristas aparecer, porém acredito que se eles estivessem aqui já teriam nos levado.

- Chega - Digo me levantando rapidamente, sinto uma tontura rápida, estava sentada com minha cabeça encostada no ombro de Gabriel - Pensem comigo, a FRM não é de esperar, eles já teriam nos capturados se nós encontrássemos. Eu vou até a parte do supermercado, não aguento mais. - Pego um revólver e vou em direção a uma porta de vidro que dá leva até uma escada rolante.

- Ela tem razão, de qualquer forma vamos morrer se não fizemos nada. - Concorda Helena que também pega uma arma e vai comigo.

Sigo em direção às escadas, subo correndo sem olhar para trás mas escuto os passos de Helena e outras pessoas.

Antes de abrir a porta sinto Gabriel tocar em meu ombro - Eu vou primeiro. - Acinto.

Depois dele olhar alguns segundos olhando Gabriel vira - Tudo limpo, vamos.

Todos que estavam aguardando vai se dirigindo para o supermercado, nele posso ver que pouca coisa foi destruída. Não há ninguém.

- Vamos nos separar e pegar bolsas para por o máximo de comida possível - Digo.

Todos concordam e vao em direção aos corredores que ainda possuem alimentos. Vou correndo para o corredor de água, estou morrendo de sede.

Abro a garrafa rapidamente e bebo toda água muito rápido. Alívio. Solto um suspiro e pego mais garrafas e boto na bolsa de compras que peguei.

***

Após adquirir comidas, pegamos colchões infláveis e almofadas para dormimos melhor, o supermercado era grande, por sorte.

- Vamos ficar nessa parte ou no estacionamento? - Pergunta Isa segurando uma sacola em um braço e duas almofadas em outro.

- Aqui melhor, tem mais espaço e eu acho que é mais difícil para os terroristas virem aqui. - Explica Gabriel. - Vamos nos arrumar para dormir logo.

- Eu fico vigiando vocês - Se voluntária Murilo.

- Eu vou também - Anuncia Jonas.

Murilo se mostrou firme com um olhar que só eles conseguiam entender, um olhar que demonstrava segurança. Acho que eles se gostam!
Acabo dando uma risada e ninguém entende nada... Olho para Gabriel, ele também está rindo. Meu Deus que sorriso...

Jonas olha para a gente - Er... Vocês estão juntos? - Gabriel olha fixamente para mim.

- Ele é minha namoradi. - Eu digo com uma voz brincalhona porém verdadeira e sem tirar os olhos dele.

- Namorado? - Pergunta tenso e sorrindo.

- É... Namorado. - Respondo e dou um beijo na bochecha dele.

- Hmmm, então tá bom... - Ele ri - É um pedido oficial?

- É sim. - Então ele ri e me puxa para um beijo simples mas que eu adoro. Eu acho que enrubesço.

Olho para o lado, algumas pessoas estão sorrindo outras nem viram.

- Ok ok, lindo os pombinhos bora arrumar isso daqui - Anuncia Felipe sem paciência, ligamos algumas luzes mas não muito para não chamar a atenção da FRM. Depois de preparamos tudo, eu tento dormir, mas não consigo. Olho para o lado e Isa também está acordada, no mesmo colchão que Jimmi que ao contrário está dormindo profundamente.

- Oi, sem sono né - Falo bem baixo e ela assente.

- Foi tão fofo você e Gabriel hoje, tanta coisa acontecendo e vocês conseguiram ficar juntos - Confessa com um sorriso.

- Eh, igual a você e o Jimmi.

Ficamos em silêncio por um tempo, cada uma com seus pensamentos.

- Já pensou onde estaríamos se nada desses ataques estivesse acontecidos?

- Já, eu provavelmente estaria em casa com Giovana no meu pé. - Falo me lembrando da minha irmãzinha, tenho tantas saudades dela.

Meu sorriso se desmancha.
Ela pode estar morta.

- Vou indo. - Digo para Isa e lhe dou um beijo na testa. - Boa noite.

- Boa noite, Laura. - Sorri. E vira para Jimmi, dormindo de conchinha com ele.

Me dirijo para meu colchão, onde estava Gabriel, que estava acordado, olhando para o teto.

- Está com sono? - Pergunto.

- Não, namorada. - Enfatizando a última palavra e eu rio.

Chego perto dele e o mesmo me abraça, estou confortavelmente bem. Muito bem.

- Obrigada - Diz ele.

- Pelo o que?

- Por não me fazer desistir de tudo, você me deixar mais forte, você é maravilhosamente incrível e... Meu Deus! Se alguma coisa te acontecer eu não saberia o que seria de mim, seu sorriso, seus olhos, sua boca... - Uma intensa alegria invade meu corpo, esse garoto é tão incrível. Eu o interrompo e o beijo com muita intensidade.

CONFINADOS - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora