/ CAPÍTULO 24 /

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CAP. 24:

Acordo no meio da noite com meu próprio grito,tive um pesadelo. Minha mãe e irmã estavam sendo capturadas, eu gritava em plenos pulmões mas não conseguia me mover.

Abro e fecho os olhos várias vezes para saber ter certeza que aquilo não era real. Ainda bem que ninguém acorda, todos estão cansados depois das revelações de ontem.

Desço as escadas, vou até a área do refeitório, quem sabe beber uma água ou comer um pedaço de pão. Ligo apenas uma luz, mas olho que no final da cantina já tem uma ligada.

Caminho até essa luz, é Helena, ela está sentada uma mesa olhando para um pedaço de papel, seu cabelo castanho de mechas loiras está bagunçado. Vou em direção a ela.

- Helena?

- Ah, oi Laura... - Ela parece cansada, tira os olhos de mim e se volta para o papel que segura. É uma foto com duas pessoas que não reconheço.

- O que você está fazendo?

- Vendo umas fotos que eu carrego desde do dia em que perdi meu irmão... Esse é ele. - Ela me mostra a foto, vejo um rapaz de pele super clara, cabelo curto e olhos bonitos. Respondo apenas com um "hm".

- Sinto falta dele... Da minha mãe, do meu pai... Todos. - Vejo uma lágrima escorrer por sua bochecha.

- Eu entendo. Também tinha uma irmã, ela era mais nova, eu a amava tanto - D3igo, toco no braço de Helena e iniciamos um abraço confortante.

- A cada dia que passa eu odeio cada vez mais esses terroristas, como é que eles acham que podem melhorar o mundo com guerra? Isso é ridículo. Colocam o nome de Força de Restruturação Mundial, mas são idiotas em achar que vão "reformar" o planeta - Ela fala com raiva na sua voz, compreendo sua fúria.

- Eles não vão vencer Helena, somos a prova viva disso.

- É, mas quando eles descobrirem tudo, o que vai acontecer? Vamos morrer apenas com uma bomba - Fito seus olhos marejados.

- Quando eles descobrirem estaremos prontas, Antônio trouxe armas ótimas. Tive uma ideia, que tal a partir de amanhã começamos a treinar de verdade, todos nós do grupo podemos praticar o uso das armas, lutar também. Ficaremos mais fortes - Falo com um entusiasmo que nem sabia que possuía.

- Gosto da maneira que pensa Laura - Diz com esperança.

Ficamos lá por uns minutos até o sono voltar e irmos para o segundo andar, dormir, finalmente.

Deito novamente ao lado de Gabriel que estava dormindo comigo desde que chegamos.

- L-Laura? - Ele se desperta quando me deito. - O que aconteceu?

- Nada não. - Passo os braços em sua cintura e me aconchego em suas costas - Vamos dormir, amanhã será um grande dia.

- Boa noite, Laura. - Dormimos.

***

- Laura, Gabriel, levantem agora. - Diz Isa nos sacudindo, saio dos braços de Gabriel e me sento no colchão.

- O que aconteceu? - Pergunto bocejando.

- Olha quem está aqui! - Isa fala alegre, ela estende os dois braços e mostra uma coisa peluda e cinza, olho melhor, é a Moon! Ela está viva! Quando a FRM nos pegou não pudemos levar ela.

- Meu Deus, como isso é possível? - Pergunto pegando a gata em meus braços iniciando carinhos em sua cabeça. Ela é tão linda! - Ahh, Moon, senti saudades.

Todos sorriem, é muito bom ter ela de volta, estou com um bom pressentimento para hoje.

Após um tempo, vamos para a área do nosso "antigo recreio" que era uma área maior para podermos treinar.

Abro as bolsas pretas cheias de equipamentos, pistolas, granadas e pequenas lanças...

Pego uma lança, acho melhor que uma pistola, já que posso ter mais controle. Boto uma garrafa vazia encima de uma mesa, me afasto e lanço o objeto.

NA MIRA!

CONFINADOS - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora