/ CAPÍTULO 18 /

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- Primeiro, precisamos de armas, de proteção - Thaysa explica quando estamos todos reunidos pensando em um plano para fugir desse lugar - Eu sei que eles têm uma sala só para armas, então precisamos chegar até lá, mas nunca saímos daqui.

- Podíamos sequestrar algum soldado e o obrigar a nos levar a sala das armas - Opina Felipe.

- Isso não daria certo, quem garante que o soldado vai mesmo nos levar e pior... Não temos armas, não tem como. - Diz Thaysa.

- Bem, olhem para o teto - Pede Jimmi e todos olham para cima - Essa cela tem uma ventilação, se conseguirmos uma chave ou uma faca talvez possamos passar, e chegar na área das armas, o problema são as câmeras, temos que desligar... Ou quebrar.

- Vamos fazer isso a noite, de madrugada, é mais fácil em relação às câmeras. E enquanto a pessoa estiver indo pela ventilação podíamos tentar esconde-la de alguma maneira - Me pronuncio pela primeira vez.

- Sim, pode ser, mas quem iria pegar as armas? Eu acredito que ninguém aqui saiba onde fica essa sala. - Fala Thaysa.

Eu olho para todos nós, a única coisa que sabemos sobre o lugar é que existe celas para rebeldes, celas especiais e provavelmente um lugar de tortura, que acredito que é onde Daniela esteve...

Daniela!

Ela sabe mais que todos nós, ela pode ir para a ventilação, não acho que vai ser fácil mas precisamos tentar. Dani ainda não fala nada, ela chora baixinho de vez em quando, porém não conta nada para ninguém.

- Eu tenho um grampo no cabelo, acho que consigo abrir a placa de ventilação. Mas não vou sair, precisamos de alguém que conheça o local.

- Acho que sei quem pode ir. - Digo a todos e vou até onde Dani está, em um canto da cômodo olhando para algum ponto aleatório. - Oi Dani, então eu sei que você passou por muita coisa, sofreu muito nas mãos da FRM, mas precisamos sair daqui não é? - Falo delicadamente com ela - Mas se você não se sentir a vontade de ir nós entendemos tá bom.

Espero algum tempo por uma resposta dela, mas só balança afirmando que vai.

- Obrigada, Dani. - Abraço ela.

***

Já está anoitecendo, pelo que vejo na janela.

- Vocês estão prontos? - Pergunto para Gabriel, Jimmi e Daniela que já estavam preparados para sair.

- Estamos - Jimmi responde.

- Se cuida tá bom - Eu digo para Gabriel e lhe dou um beijo rápido e nós sorrimos um para o outro.

Depois, Isa se aproxima de Jimmi o puxando pela cintura - Você vai voltar, ouviu?! - Jimmi assente com um sorriso e depois eles dão um selinho demorado. Fofos.

Eles entram um por um pela ventilação, eu não sei como vai ser para eles, só fico rezando para que tudo dê certo.

***

Já se passaram 2 horas e eles não chegaram... Estou ficando preocupada. Será que estão bem?

Algumas pessoas conseguiram dormir, mas eu não vou, de jeito nenhum.

A placa de ventilação abre. Eles estão aqui. Me levanto rapidamente.

Eles saem, ofegantes.
Vou em direção a eles - Conseguiram? - Se sentam e afirmam com a cabeça.

Mostram a bolsa que conseguiram, cheia de pistolas, facas e granadas.
Sinto um alívio.

- Temos pouco tempo, os guardas logo vai chegar - Fala Gabriel - Encontramos uma saída pelo tubo de ventilação - Ele agora fala para todos - Acordem! Temos pouco tempo!

Todos levantam e entendem a situação, logo todos se levantam e fazem uma fila.
Tudo está muito movimentado, ouço alarmes e barulhos dos soldados se aproximando.

Nós vamos sair daqui.






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