/ CAPÍTULO 16 /

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CAP. 16:

- SEU IDIOTA! COVARDE! - Gritava Gabriel, a expressão de Theo agora era séria. Ele puxou algo no bolso, eram chaves, ele abriu a sela, mas não entrou nela, ele sabia que se entrasse iria se arrepender. Theo apenas me puxou para fora, eu tentei lutar mas ele era forte.

Ele me colocou na sua frente, observei seu rosto de pele clara e cabelo loiro escuro. Ele levantou a mão para tocar em meu rosto, mas não deixei, ele abriu um sorriso e falou:

- Ah Laura, tão linda, imagino o estrago que os outros soldados fariam com esse seu rostinho. Trabalho pesado? Experimentos? Hmm... Não sei talvez algo pior.

Meu corpo se encheu de fúria, sinto meu rosto enrrubecer, eu não deixaria ninguém tocar um dedo em mim.

E em minha defesa, cheguei mais próxima dele e chutei suas partes de baixos com todo a força que pude.

Ele rapidamente se abaixa de dor e ouso algumas pessoas da sala rirem, mas permaneço seria.

Depois de um tempo, ele se recompõe e me joga na cela com muita força que me faz cair. Gabriel me ajuda a levantar.

Vocês vão sofrer as consequências, imbecis. - Theo grita com muita raiva.

***

Ficamos por quase uma semana isolados do mundo. Só restaram 15 de nós, alguns morreram tentando lutar ou foram levados pelos soldados mas sem sabermos seus destinos. Ágata não apareceu até agora, estou preocupada.
Tédio habitava aquela cela, apesar disso todo dia tínhamos duas refeiçoes o que foi indispensável pois estávamos morrendo de fome.

Nessa manhã, acordei como qualquer outro dia só vendo o metal que nos rodeia e nos impede de sair.

Mas hoje foi diferente. Vejo cinco terroristas em direção ao nosso "aposento" com grandes armas apontadas para o chão, sinto um arrepio.

Sera que vão nos levar embora? Por que não nos mataram ainda?

- Levantem!!! - Um dos soldados diz e todos rapidamente ficam de pé.

- O que aconteceu? - Jonas pergunta.

- Nada de perguntas, nos sigam, rápido. - Responde um dos terroristas.

Somos todos algemados e tirados da sela, ficamos em fila indiana e somos guiados a vários corredores, os corredores tem paredes brancas e algumas com o símbolo da FRM. Atravessamos uma enorme porta de ferro, e dentro tem 3 celas maiores, também brancas, algumas já prisioneiros dentro delas.

Olho para o chão tem algo escrito nele "FRM, arquitetos do mundo".

- Entrem e fiquem quietos - Ordena um soldado. - Daqui a pouco vocês receberão sua refeição.

Entramos na cela que é bem maior.
Ao nosso lado há outras pessoas presas, me arrisco a falar com uma delas quando não tem mais soldados nós vigiando.

- Oi, você sabe dizer porque estamos aqui? E porque essa sela é diferente?

- Bem, meu nome é Helena e não... não faço ideia porque vocês estão aqui. Nem porque a cela é diferente. - Fala a garota com um olhar perdido em seus olhos verdes.

- Ah... Meu nome é Laura, vocês vieram de onde?

- Nós somos um grupo de amigos que conseguiu se esconder dos terroristas mas acabamos sendo pegos por esses desgraçados filhos da mãe. - Ela responde - E vocês?

- Ficamos numa escola que por sorte não foi destruída, eramos 24, mas agora somos 15. São só vocês cinco aqui? - Olho para o resto da sala e vejo aqueles rostos desconhecidos nos olhando.

- Éramos dez mas eles os mataram... Na nossa frente. - Helena suspira - Bem, essa é Gabriele e Thaysa - Ela aponta para elas, as mesmas assentem - E esses são Felipe e Rodrigo. - Eles confirmam.

Vocês planejam sair daqui? - Pergunto.

- O mais rápido possível.

CONFINADOS - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora