/ CAPÍTULO 17 /

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CAP. 17:

- Não tem como sair daqui, acabou, agora vamos ser só peças do joguinho desses terroristas. - Fala Jimmi ao ouvir o comentário de Helena, eles está com uma expressão de raiva misturada com tristeza.

- Não perca as esperanças, vai ver eles colocaram a gente nessa sela especial para algo melhor do que trabalho forçado. - Diz Isa se juntando a nós.

- Nada que venha da FRM é coisa boa. Eles acreditam serem superiores a qualquer pessoa que não é a favor deles, até agora não sei qual é o objetivo deles com tanta destruição. Mas eu e eles - Helena aponta para os amigos dela - iremos dar um jeito de sair daqui, e vamos nos vingar desses idiotas.

Helena era séria, ela parecia saber mais sobre a FRM do que a gente.

- Eles já fizeram alguma coisa com você? Ou com seus amigos?

- Eu, Thaysa e Rodrigo somos irmãos, tínhamos mais um no grupo, que foi morto na nossa frente por defender quando tentei fugir. Estamos aqui a duas semanas, e só fizeram perguntas a nós.

- Estou preocupada com que podem fazer com a gente... - Falo e Isa se aproxima com uma semblante de "vai dar tudo certo" e eu a abraço, ainda bem que ela está aqui comigo.

***

Se passaram alguns dias e nessa uma tarde somos pegos de surpresa, dois guardas apareceram com... Daniela. Me levanto apressadamente.

- Daniela! Ah Meu Deus - Eles a jogam na cela.

- Melhor nem tentar fazer ela falar porque ela não vai - Um terrorista fala com um sorriso no rosto.

- E Ágata onde está ela? - Pergunta Jonas. Com uma risada cínica o soldado responde:

- Aquele mulher que levou um tiro na perna? Se ela tivesse aberto a boca para falar alguma informação para a gente... Ela não facilitou, então morreu. - Diz com a maior naturalidade e vai embora. Fico desolada, mas mal da tempo de sentir luto pois preciso cuidar de Dani.

Mais pessoas se aproximam de Daniela para conseguir saber o que aconteceu com ela desde que a pegaram. Mas, ela não diz nada, nem uma palavra. Sua fisionomia é diferente, mais magra, tem olheiras enormes, seu cabelo cacheado foi cortado acima dos ombros e o horror é espalhado em todo seu corpo.

- Você ouviu eles, ela não vão falar - Fala rodrigo pela primeira vez comigo, sua voz é firme e densa - Ela provavelmente esta em estado de choque, não se sabe o que ela passou, vamos deixar ela descansar.

Eu concordo e deixo que Dani se sente na pequena cama que o local tinha.

O dia todo foi monótono, fui conversar um pouco com Gabriel mas não tínhamos assunto então só fiquei em seu lado.

***

Mais um dia como todos os outros, tédio, medo e mais um grupo de rebeldes chega a sala, eles parecem assustados. E logo então...

Eles de novo, os terroristas aparecem para comunicar algo para a gente, o que será que era?

- Viemos dar um aviso, daqui uma semana vocês serão levados para a primeira fase dos experimentos.

- Como assim? Experimentos? É por isso que estamos aqui - Pergunto.

- Não posemos dar nenhuma informação. São testes e se comportem!

Eles vão embora.

- Temos que fugir antes desses "experimentos". - Fala Helena sussurrando para mim.

- Como vamos fugir? Somos poucos e esse lugar é mais vigiado e protegido do que tudo nesse mundo.

- Não somos os únicos grupos de rebeldes, não viram aqueles que acabaram de chegar e eu tenho certeza que tem mais salas como essas por aí, precisamos de um plano e de uma forma de se comunicar com os outros grupos. - Explica Gabriele.

Falo com meus colegas da iniciativa de criar um plano para fugir, todos concordam, pois eles sabem que mesmo sendo arriscado ficar com a FRM poderia ser pior que a própria morte.

CONFINADOS - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora