A chegada em Forks

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P.O.V. Ravena

Eu olhava para a paisagem lá fora através da janela do carro. O clima era frio e eu simplesmente amava. Minha mãe cantarolava uma música qualquer no banco da frente enquanto dirigia. Eramos apenas nós duas. 

Estávamos indo morar em Forks, uma cidadizinha chuvosa no interior de Washington. Poucos Habitantes, florestas ao redor, perfeito para a minha condição. Eu tinha a pele tão branca como a neve por ser albina. Além de ter crises de ansiedade, algo que desenvolvi depois da morte do meu pai. Eu geralmente ficava nervosa se estivesse em um ambiente com super lotação, ou quando estou em ambiente com barulhos agudos. Isso desencadeava minhas crises, eu começava a tremer e ficava com falta de ar.

Também explica o por quê eu fumo, na minha antiga escola no Canadá, era consideravelmente normal vê alunos para lá, e  para cá fumando. Apesar disso, eu fumo por recomendação clínica. Ao menos um cigarro à cada dois dias. Ajuda a desestressar.

Estava tão perdida em pensamentos que só notei que tínhamos chegado na casa nova quando minha mãe me chamou. Desci do carro e olhei em volta, era rodeado de árvores. A casa tinha um estilo moderno e rústico, era tudo tão lindo.

- Você gostou querida?- Olhei para minha mãe, ela esperava com expectativa minha resposta

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- Você gostou querida?- Olhei para minha mãe, ela esperava com expectativa minha resposta. Minha mãe era um doce.

- É tudo tão lindo.

Minha mãe soltou o ar aliviada e sorriu para mim, me chamando para entrar com ela. Nossas coisas já haviam chegado à uma semana. Deixando apenas nossas malas de roupa para trazermos. 

Enquanto subia o pequeno degrau, lembrei do meu Jipe, meu bebê que ganhei de aniversário de 17 anos da minha mãe, segundo ela, estava na hora de ser um pouco independente. Não que eu tivesse odiado. Muito pelo contrário, eu tinha amado. 

- Mãe? - Ela me olhou. - Meu jipe já está aqui? - Perguntei em voz baixa. Era bem habitual eu usar aquele tom baixo. Minha mãe já havia se acostumado.

- Sim querida, já foi entregue. Está na garagem, amanha você poderá ir com ele para a escola! 

Ela respondeu enquanto entravamos em casa. Olhei ao redor e gostei do estilo que a casa tinha por dentro. Era uma mistura de rústico moderno. Minha mãe indicou o meu quarto no andar de cima e eu subi com calma para vê melhor e descansar um pouco. Cheguei no corredor de cima e encontrei cinco portas. Segundo a minha mãe, quatro portas eram quartos incluindo os nossos, e a outra era seu escritório. Segui em direção à última porta do corredor enquanto minha mãe entrava na primeira, parei em frente a porta e respirei fundo antes de abri-la. Ofeguei com a visão. Era tão encantador, minha mãe tinha acertado na escolha do designer.

Deixei minhas malas perto da cama, e caminhei até a janela dupla que dava de frente para a floresta

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Deixei minhas malas perto da cama, e caminhei até a janela dupla que dava de frente para a floresta. Puxei as cortinas que estavam abertas e deixei o quarto mais escuro, voltei para perto da cama e me joguei nela relaxando logo em seguida. Pensei em como seria no dia seguinte que eu começaria as aulas, quer dizer, todos já haviam começado as aulas desde o começo do ano, eu seria a única diferentona que entraria no meio do ano.

Eu me sentia nervosa, é claro, como todo ser humano normal. Mais ao mesmo tempo, conseguia me sentir vazia. Eu não era uma garota que tinha muitos amigos, sempre fui na minha e nunca dei muitas brechas para amizades. Acho que por isso as pessoas desistiam de tentar chegar perto. Tinha também o fato de eu ser albina, isso atraía as pessoas, mas também as afastava. Eu era sempre " a garota albina", que todos sentiam curiosidades mas também reprimiam como se ter nascido com albinismo fosse culpa minha. Por esse motivo, eu estava sempre sem expressão, e com humor apático a tudo. No começo eu agia assim apenas para afastar as pessoas, mas com o tempo, eu me tornei assim. Uma pessoa indiferente a tudo. Nada parecia me surpreender nesse mundo, e eu espero que sinceramente, todos me ignorem nessa escola amanhã. Mesmo eu sabendo que isso é simplesmente impossível.

Minha mãe me chamou para jantar e eu desci em direção a cozinha. Sentei na mesa e comecei a comer, meu prato já servido. Conversei com a minha mãe e logo eu subi para dormi e acordar cedo para o primeiro dia de aula. Minha mãe também começaria no emprego novo, eramos bem de vida, meu pai quando morreu deixou uma herança bem grande para nós duas. Mas ainda assim, minha mãe gostava de trabalhar, segundo ela, ajudava para não ficar pensando muito no papai. Eu concordava, minha mãe seria a mais nova arquiteta de Forks, ela era formada e amava o trabalho dela. E eu amava saber que ela estava bem, ao menos uma de nós tinha que estar.

Amanhã seria um novo dia, um novo dia na minha vida. Eu sentia isso, só não sabia explicar se era uma sensação boa ou ruim.






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Olá, é minha primeira história aqui no Wattpad. Não sei se tem alguém lendo mas se tiver, bem vindo<3 Espero que você possa se divertir.



Almas condenadasOnde histórias criam vida. Descubra agora