Transformação.

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N/a: Ravena na capa, toda linda e glamorosa como Vampira. Ai cara, não sei manter os dedos parados! Gente essa foto é real dela mesmo. Uma princesa né...Boa leitura.

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P.O.V. Jasper


Durante todos os meus anos de vida, desde a minha vida ainda humana, para minha vida como um imortal. Eu nunca tinha sentido a sensação de um buraco negro, se abrindo no centro do meu coração morto. Nunca em meus 174 anos de vida eu havia sentido tamanho medo. Eu era Jasper Whitlock, Jasper Hale. Eu não sentia medo, eu não hesitava, eu não deixava levar pelo sentimento de desespero. Eu não sentia, eu não hesitava, eu não me deixava...antes, no passado. Agora eu sinto, agora eu hesito, agora eu me dava ao luxo de me desesperar. Porque eu tinha razão para isso, porque eu tinha alguém que me deixava vulnerável a todos os sentimentos e sensações antes desconhecidas. E esse alguém era Ravena.

Minha doce e amável Ravena. Minha companheira, minha alma gêmea. Como poderia eu, não se sentir afetado por aquele anjo? Meu anjo! 

Não havia como, era uma resposta simples. 

Eu sabia no momento em que corria com meu pai e com meu irmão, que eu deveria ter voltado para os braços dela, no primeiro sinal de hesitação que eu senti. Eu sabia, eu deveria! Mas não, eu dei as costas para isso, dei as costas para os instintos. E agora, me sentia mais morto, do que me senti em séculos. Eu merecia certo?! Eu merecia! Por vê-la sofrendo, por um erro meu.

Ninguém era culpado, eu não culpava meus irmãos. Eu estava chateado, é claro. Por terem a deixado sozinha. Magoado. Mas jamais os culparia, aquele doente nos enganou direitinho, e mesmo eu, depois de ter passado anos no exército, lidando com todos os tipos de pessoas e vampiros, ainda fui enganado. O único culpado era eu, por ter deixado minha companheira, minha garota...minha mulher, aos cuidados de outros. Quando eu deveria ter cuidado dela, eu.

Hoje fazia exatamente um dia em que tudo tinha acontecido. Quando Ravena desfaleceu em meus braços eu só não sucumbi ao pânico porque ainda conseguia ouvir seu coração batendo, fraquinho mas estava batendo. No momento era a única coisa que importava para mim, eu me sentia impotente sabendo que ela estava sofrendo em silêncio, que mesmo estando apagada em meus braços, ainda sentia dor. Porque a transformação causava dor, causava agonia, queimava. Mas ao mesmo tempo, eu preferia vê-la "dormindo", do que ouvir seus gritos sôfregos. Eu não aguentaria. Eu não conseguiria me manter forte, não vendo seu sofrimento!

Eu confesso que surtei um pouco, com razão. Eu não culpava ninguém, mas só fui dar ouvidos à razão depois de ter partido para cima dos meus irmãos. Naquele momento confesso que não pensei direito, eu estava transtornado, e mesmo sabendo que quem merecia minha fúria estava morto-com satisfação, pelas minhas mãos-, eu ainda precisava descontrolar a raiva. Não me orgulho de dizer que parti 'pra cima de minha própria família. Mal conseguia olhar nos olhos do meu irmão Liam. Mas ele aparentemente não havia levado para o lado pessoal, ele tinha vindo me dizer para não me preocupar, porque no meu lugar, se fosse Alice no lugar de Ravena, ele também teria ficado louco. Me senti imensamente aliviado depois de suas palavras.

Eu me encontrava no meu quarto, e em cima da minha cama, Ravena minha doce companheira, que estava no fim de sua transformação, repousava. Não saí de perto dela em nenhum momento, eu precisava estar em sua presença. Era isso ou enlouquecer. 

Minha garota já estava quase no final de sua transformação, suas feridas superficiais haviam se curado. Sua mordida, aquela marca grotesca que aquele doente tinha deixado, já havia sarado. Deixando apenas uma cicatriz aonde antes, era uma mordida. Alice e Rose haviam trocado sua roupa, deixando minha garota em uma simples calça jeans preta, com uma blusa curta que deixava a sua pele de sua barriga minimamente aparecendo, também preta. Eu só consigo admirá-la. Suas vestimentas escuras, faziam contraste com sua pele de seda. Tão linda!

Almas condenadasOnde histórias criam vida. Descubra agora