Pedras no caminho.

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N/a: Hoje eu só quis colocar essa foto mesmo, pra gente ficar apreciando.

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P.O.V. Autora.

Seattle

A vampira caminhava calmamente pelo galpão abandonado, avaliando se o lugar seria bom para o que viria a seguir. Focou o olhar no vampiro Jovem e recém criado a sua frente, o mesmo era alto, mais alto que ela, moreno e de porte médio, com a aparência de um universitário, se não fosse pela postura selvagem que mantinha, mesmo que calada. Tinha muitos planos em mente para ele, seria sua peça chave, apenas um peão no meio do jogo sujo.

- Por quê estamos aqui? - O vampiro indagou desconfiado, ainda que seu olhar fosse de fascínio para a outra.

- Eu já lhe contei que sofri muito nessa vida? - Respondeu com outra pergunta. O garoto negou confuso. - Existem vampiros que já me feriram muito, vampiros que eu tenho medo.

- Não pode matá-los? - Perguntou inocentemente. 

A vampira em questão quis ri, com o quanto seu cervo podia ser ingênuo. Precisava ensinar muita coisa ainda para ele, manipulá-lo direitinho.

- Infelizmente, querido... - Falou falsamente doce. - Eu não posso... Não sozinha.

O garoto assentiu calado, parecendo pensar nas possibilidades. Focou os olhos na mais velha, ela era realmente muito linda. Estava encantado, sentia que faria de tudo para ela. De tudo para tirar aquele olhar triste que sua expressão carregava no momento.

- Eu posso fazer algo? Posso ajudar de alguma forma? - Perguntou afoito.

A vampira tentou esconder o sorriso de satisfação que queria sair, ele estava caminhando para o ponto certo. Apenas sua paixonite sendo o suficiente para deixá-lo em suas mãos.

- Eu não sei, querido. - Fingiu preocupação. - Não sei se apenas nós dois daríamos conta, eles são muitos... Acho que, não, esquece...

Virou de costas com a expressão transformando-se em maldosa em instantes. Sentiu ele chegar mais perto. Ela sentia que com as simples palavras ditas, ele seria capaz de chegar onde ela queria, desesperado para provar-se bom o bastante para ela. Patético.

- O quê? Pode falar! - Tocou delicadamente em seu braço, ansiando por qualquer que fosse mais contato. Quando viu que ela não falaria nada, ele mesmo deu uma ideia. - Nós dois não conseguimos, mas e se... E se tivéssemos mais pessoas ao nosso lado?

Virou-se de frente para ele, que agora estava mais perto. Fez sua melhor cara de confusão, enquanto por dentro sentia-se satisfeita com o rumo do raciocínio do rapaz, bom, pelo menos ele também não era tão burro como imaginou.

- Como assim?

- Podemos transformar pessoas, assim, teríamos mais vampiros do nosso lado. - Sorriu entusiasmado com sua própria ideia, no fundo ansiando apenas agradar sua amada. - Eu posso fazer isso!

- Você faria isso por mim? - Forçou sua voz sair com gratidão.

- É claro que sim!

- Por quê?

- Porque eu... - Ficou sem graça ao admitir. - Porque eu te amo, e faria tudo por você.

sorriu amplamente satisfeita. Tolinho.

- Você tem certeza disso? - Sua voz demonstrava indecisão. Tentava não pensar em nada concreto, fazendo de tudo para que os planos e decisões partissem dele, se não, tudo daria errado. - Isso pode ser perigoso, eu não quero que se machuque.

Almas condenadasOnde histórias criam vida. Descubra agora