P.O.V. Autora.
Com o passar das semanas, Ravena percebeu que seria impossível ignorar os problemas, mesmo que quisesse fingir que nada e ninguém estava interferindo na sua perfeita lua de mel. Perfeita sim, porém as preocupações eram inevitáveis para ela e Jasper, mesmo que os dois fizessem de tudo para nada afetar em sua relação.
Já ia fazer um mês que os desaparecimentos começaram, e mais de cinquenta pessoas já haviam desaparecido. As autoridades de Seattle não sabiam o que fazer mais para apaziguar a população que estava entrando em pânico, e Ravena sabia que nada eles poderiam fazer, afinal, não era exatamente humanos que estavam sumindo com as pessoas.
Seja lá quem estivesse transformando as pessoas, estava fazendo uma bagunça. As pessoas não eram escolhidas à dedo, apenas eram pegas aleatoriamente, fazendo com que, dentre os moradores de rua, estivem empresários, algumas outras pessoas importantes de Seattle, causando realmente um caos na população, que não entendiam o que diabos estava acontecendo na cidade.
Ravena ponderava se deveriam voltar para Forks e esperar o que, quer que fosse, para ajudarem a família a lidar e aí sim, retornariam para a viagem que estavam programando à tempos. Era a melhor decisão na sua concepção, e mesmo que Jasper estivesse relutante, por ainda achar que deveria lhe dar os melhores meses da sua vida, ainda assim, o loiro estava cogitando voltar com ela para casa.
- Eu também queria ficar aqui para sempre, só aproveitando do meu marido. - Acariciou o rosto do loiro. Estavam deitados na cama que tinha no quarto, cama essa que só era usada em raros momentos. Ambos estava de lado, frente a frente se olhando. - Mas você sabe que o melhor que podemos fazer agora, é por um fim definitivo nessa situação, para aí sim, podermos ir 'pra onde quisermos... Sem mais preocupações, huh?
- Eu sei, apenas... - Enterrou o rosto no pescoço fino e elegante de sua mulher. - Apenas queria ficar aqui mais um pouco, só eu e você!
Ravena sabia que sim, ela também queria afinal, mas querer nem sempre era poder. Ravena apenas continuou calada, enquanto fazia um carinho sutil no braço musculoso do loiro, sentindo o nariz dele roçar delicadamente a pele do seu pescoço. Se Jasper fosse humano, Ravena poderia jurar que ele estava dormindo, de tão quietinho que ele estava, e pelas fungadas fracas que ele dava.
O loiro era víciado de uma forma bem estranha e possessiva no seu cheiro, dizia que mesmo depois da sua transformação, seu cheiro de lírio de quando ainda era humana, não havia deixando sua pele. Então sempre que tinha a oportunidade, estava com o nariz enfiado em seu pescoço.
Ravena deixou o pensamento do estranho vício do seu marido de lado e de repente, sem motivos aparentes, lembrou-se que à quase um mês atrás teve uma visão com uma garotinha, garotinha essa que Ravena não tinha certeza se estava viva, mas estranhamente, uma esperança crescia bem lá no fundo, e Ravena não sabia se era certo ou do porquê se sentia assim.
Era apenas uma garotinha, claro que tinha ficado tocada com a situação dela, afinal, ela aparentava ser moradora de rua, tão novinha e já tendo que lidar com situações de possíveis riscos nas ruas. Ainda 'pra ferrar mais com sua vida, vinha um desconhecido e tirava seu direito de escolha, como tinha acontecido com Ravena de certa forma, mas ela ainda era bem mais nova, então o peso da realidade parecia maior. Mesmo que Ravena não tivesse plena certeza de que ela estava viva.
- Você está pensando nela de novo, não é!? - Sentiu seu corpo ficar um pouquinho tenso, mesmo que não tivesse motivos para tal. O loiro não tinha julgamento na voz.
- Estou.
- Darling... - Jasper levantou a cabeça minimamente para olhar nos olhos da esposa. - Você pode me falar tudo, você sabe, não é? - Teve um acenar positivo da parte da vampira. - Então me diga, você se apegou à garotinha?
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Almas condenadas
FanfictionJasper estava ao lado dos seus irmãos, enquanto esperavam o sinal tocar para entrarem na escola. Era para ser só mais um dia entediante naquela escola entediante, com alunos ainda mais entediantes. Se não fosse pela chegada dela, tão branca como a n...