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x Luan x
Foi uma semana cansativa, era de casa para o hospital, do hospital para casa, ainda tinha que arrumar disposição para lidar com uma criança de dois anos e meio e dar forças a minha esposa, que só chorou durante esse tempo.
— Só mais alguns exames e vocês poderão levá-la — Ruth, a enfermeira que esteve com a gente durante todo esse tempo, sorriu solidária e saiu levando meu pacotinho de amor.
— Ela vai pra casa com a gente — A voz de Eloísa saiu baixa e um sorriso de lado brotou em seus lábios.
Abracei seu corpo e beijei o topo da sua cabeça.
— Maria Flor vai conhecer o quartinho lindo que a gente fez pra ela, amor — sorri a apertando em meus braços.
Aquilo era um alívio.
Pareceu uma eternidade, mas no relógio só se passaram meia hora, até que Ruth trouxesse nossa garotinha.
Meu coração se aqueceu quando Lolo ajeitou nossa pequena em seus braços e a cobriu com a manta clara.
Era hora de ir para casa. Graças a Deus.
Sai na frente acompanhado de Wellington, meu segurança.
Por ser uma pessoa pública, algumas pessoas pediram foto e, a pedidos da minha esposa -que prezava pela minha imagem-, as atendi rapidamente.
Eles poderiam entender que não era hora, por ser bastante cedo, e nem lugar.
Abri a porta de trás do carro e esperei que minhas meninas estivessem bem acomodadas, para me sentar ao lado de Well no banco do carona.
Maria Flor pareceu não gostar muito do passeio, tanto que chorou até que chegássemos em casa.
Lucca, no auge da curiosidade, veio conhecer um pouco mais da irmãzinha nova. Ele a tocou da cabeça aos pés e minha menininha pareceu não estranhar o toque do irmão.
Eloísa aparentava estar exausta e foi difícil convencê-la a tomar um banho enquanto eu ficava com as crianças, só consegui que ela fosse depois que minha mãe, que estava na cozinha cuidando do café da tarde, disse que estaria ali caso eu precisasse.
Maria Flor dormia serenamente em meus braços.
Ela é perfeita.
Sorri deslizando meus dedos pelo seu rostinho. Ela e Lucca são meus maiores sonhos já realizados.
Encostei meu nariz em sua pele e aspirei seu cheirinho de bebê, que se tornou o meu preferido dois, quase três, anos atrás.

Cromossomo do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora